quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Devo dizer-vos

que os olhos de luz da nave espacial só estiveram acesos durante o dia. À noite, tudo escuro como breu. Vá lá a gente entender estas manias de quem vem de fora.

Nunca mais ganho juízo!


Pediram-me para preparar um módulo para um curso de formação contínua para profissionais que prestam aconselhamento jurídico e que pretendem reciclar-se. Demorei a decidir o que achava mais importante. Pensei muito. Fui fazendo. Quando cheguei ao fim, tinha três módulos, sobre três matérias completamente diferentes. Porque não consigo optar. Acho que é bom que tenham umas luzes sobre o que existe nos três temas. Portanto... como não me decido, dedico três dias da minha vida a trabalhar só porque sim. Fora o resto. E não, não é remunerado. Digamos que faz parte das provas de fidelidade a uma casa. Nunca mais ganho juízo!

Gosto tanto...


Gosto de quase tudo o que esta mulher canta!

Da austeridade - explicada aos mais pequenos

Cala-te ...

Cala-te, voz que duvida
e me adormece
a dizer-me que a vida
nunca vale o sonho que se esquece.

Cala-te, voz que assevera
e insinua
que a primavera
a pintar-se de lua
nos telhados,
só é bela
quando se inventa
de olhos fechados
nas noites de chuva e de tormenta.

Cala-te, sedução
desta voz que me diz
que as flores são imaginação
sem raiz.

Cala-te, voz maldita
que me grita
que o sol, a luz e o vento
são apenas o meu pensamento
enlouquecido….

(E sem a minha sombra
o chão tem lá sentido!)

Mas canta tu, voz desesperada
que me excede.
E ilumina o Nada
Com a minha sede.


José Gomes Ferreira

Das alianças de namoro

Não gosto!


Das de casamento

só gosto daquelas mais básicas de todas. Cá floreados, ou riscos, ou ouros baços, ou brilhantes, ou zircónias, ou pérolas, ou corações pendurados, ou, ou... não gosto! A aliança não tem que desviar a atenção do essencial: é uma aliança. Olha... casou!!! O resto fica para os anéis. Mas pronto... também não é coisa que use muito. Ah... e só uso se andar com as unhas por pintar, só com brilho ou pintadas de branco. Anéis com unhas às cores... não gosto. Parece uma árvore de natal. Ficamos ali baralhados. Sem saber se havemos de olhar para o verniz ou para o anel. É como brincos compridos e colares. Não gosto. Ou uma coisa, ou outra. Tudo, parece a montra de uma ourivesaria.

Da austeridade - troca de galhardetes dos manos

Primeiro, até dançavam o tango juntos... Agora, um diz que não vira a cara à luta e o outro, preocupado com o amigo, vem dizer que o pobre é inimputável politicamente...

A sério... procurem um veterinário, porque um médico já não resolve o vosso problema!

Clic off

Gente com avaria no botão "pause" e sem o "stop" disponível!

Clic que se me deu

Passo a tentar explicar. Não me detive muito em grandes considerações durante a depilação, momento em que toda a minha energia é canalizada para evitar gritar. A bem dizer, também não foi durante a massagem que o clic se deu porque, com as ganas que andava por uma coisinha daquelas, deitei-me e já só me lembro dos borrifos com a água floral. Depois, acho que emigrei para uma dimensão lá longe. Portanto, o clic deu-se algures entre uma coisa e outra... no corredor com as velinhas de cheiro e a média luz. Tenho para mim... e faz sentido, que a pressa, a lágrima fácil, o amuo sem razão, a vontade mais que muita de nos adivinharem a fome de mimo, a voz meia sumida de quem, tentando armar-se em forte, está mais frágil que uma folha ao vento, isso tudo, meus amores, tem um nome. Não é doença, é fase. Diz quem sabe que nela andamos com as hormonas aos berros umas com as outras, que nos apetece pouco mais que ouvir "gosto de ti" e chorar baba e ranho durante horas só porque sim. Não tem cura. E, nas fases agudas, faz-nos ouvir em loop coisas assim!!!

Então, é assim...

Acordei convencida de uma grande verdade: ando com a pressa. Ora, não faz bem nenhum aos corações andar com pressa. Portanto, fiz um chazinho de camomila, pus uma musica baixinho, inspirei e expirei devagarinho, mas profundamente, uma meia dúzia de vezes e repeti em frente ao espelho, depois de lavar os dentes, "vamos ter calminha, sim?!". Voltei à cozinha, peguei no chá, entrei na sala, abri a janela e estava uma nave espacial com olhos de luz, viradinha a mim, no meio do estádio. Não percebi o teu sinal, céu. Mesmo. Desassossegada pela dúvida, nem o trabalho me está a render. Posto isto, e porque a calma, dizem, vem de dentro para fora, mas não custa nada buscá-la fora para a fazer morar cá dentro, vou voltar à massagenzinha do mês. Pode ser que se me faça o clic.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Wishlist

Love, da inexcedível Chloé.

Verdades e assim assim

Um dia, pensei que nunca mais me apeteceria dizer "gosto de ti todos os dias" e, pior que isso, que nunca mais faria sentido um sussurar quase mudo, mas que é um grito, e que diz assim: "não desistas de mim". Um dia, foi isso que eu pensei.

Da austeridade - IVA a 23% e outras pérolas

O que vos vale... mesmo... é eu ser uma pessoa que gosta de se dar uns sapatos, uns vestidos, umas carteiras, muitos livros, umas massagens, brincos que nunca mais acabam e assim, mas que, apesar disso, foi aprendendo a ser feliz com menos coisas, desde que com melhores pessoas. O que vos vale é isso e... como diria alguém que eu (des)conheço, também ajuda eu ter nascido boa pessoa. Porque, se assim não fosse, pois, estaria agora a escrever um post em que vos chamava filhos de uma senhora dada a andar na rua a altas horas e com saias muito curtas. E maridos de dóceis cabras. E rapazes que vivem à custa do que rende o corpo de outrem. E coisas dessas...

E vai-se a ver e...

Há noites felizes! Em que se dorme com o coração quentinho!

Sou uma pessoa friorenta

Hoje, quando saí da aula da noite, passou-me pela cabeça começar já a usar collants. E sim... ainda está calor. Mas eu sou uma pessoa friorenta. Ah... e gosto de inverno. E da roupa de inverno. E de quase tudo no inverno. Mais, mais, do fumo que sai da boca quando falamos... e de luvas e cachecóis... e de abracinhos para aquecer. Gosto, pronto... O que é que se há-de fazer?!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Verdades e assim assim

Nem sei que diga.

Mas a vida é de uma ironia... tão grande, tão grande, tão grande. Imaginem um caminho. Ao fundo, uma ravina. Toda a gente a gritar que "tu vais cair, olha que tu vais cair" e vocês a seguirem, de costas, sem medo. "Eu sei, aquilo lá em baixo é algodão. Aterra-se bem e feliz...". E caem. E são pedras. E partem-se todos. Vem uma onda, leva-vos. Buscam noites e dias. Nada. Quase descrença. Já se chora o fim. Para sempre. E, lá longe, numa gruta meio perdida, a vida toma um rumo novo. Umas escoriações, aposta-se até numa costela partida, quem sabe um pequeno traumatismo. E tempo. Mesinhas de índio. Falinhas mansas. E tempo. Lá longe. Sem ninguém saber. A vida.

Sem palavras

Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.

Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.

E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.


António Gedeão, in “Poesias Completas”

Poupas :)

*

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Da pílula dos gajos

Ouvi hoje, ou ontem, já nem me lembro bem quando ou onde, que um tal de israelita ou desses países árabes, cientista rodeado de cabecinhas pensadoras, descobriu... tcharam... uma pílula para os gajos. Parece que aquilo se toma e os espermatozóides ficam meio chonés, incapazes de dar com o óvulo para afinarem a brincadeira. O efeito da esterilidade passageira pode durar entre um e três meses, acho que era isso. Ora bem... salvo melhor opinião... estamos todos a assistir à nova revolução sexual. A coisa ainda vai durar uns anos a aparecer no mercado, pelo que, esta latada, tenham lá paciência, ainda vão ter de contar com os bons ofícios das moças. Depois... allez! Digamos que me faz uma certa espécie. Andar ali uma pessoa a pedir "por amor da Santa deixa-te disso que já temos idade para ter meninos" é coisa que me deixa um bocado preocupada. Bem se sabe que a galderice não escolhe género. Vai com qualquer um. Mas há toda uma aura de mistério que se perde. Essa coisa quase totoloto que os deve fazer penar durante um tempo se, às duas por três, as meninas se lembram de os atormentar com um "não sou certinha a tomar comprimidos". E a história do filho em cada porto dos embarcadiços. Perde-se. Chegam com os espermatozóides chonés e não há hipótese de pequenos marinheirinhos surgirem daí a uns tempos. Isto, para já não falar do desuso em que cairá o famoso golpe da barriga em que não mais os sogros terão de andar de caçadeira atrás de quem lhes desgraça as inocentes. É um mundo em transformação...

Minha música essencial #10

Verdades e assim assim

É nestes dias que eu penso que o trabalho compensa!!!

Começamos a colher os frutos de uns benditos relatórios de Abril. Alteraram-se práticas, reconheceram-se erros, estudou-se melhor cada problema e cada solução. E talvez tenhamos ajudado uma pessoínha pequenina a ter direito a viver como gente... feliz... Mais que o direito da família, gosto quando discuto o direito a uma família. Estamos completamente embevecidos. E não, não precisámos de ninguém para nos dizer que tinha corrido bem. Desta vez, não havia margem para qualquer dúvida!

Ai, ai...

Acho que vou começar a agendar instalações de Meo todas as semanas.
Este menino faz um bem à vista...
Fez ali um furo na parede que quase dá para eu lá me guardar em época de guerra civil... mas tirando isso... é irrepreensível...

Verdades e assim assim

O pós laboral ajuda-me a perceber se dou aulas para ganhar dinheiro (?) ou para ser um bocadinho mais feliz no trabalho. Amanhã começam as noitadas. Às segundas e terças à noite, se eu andasse com uma vida social muito intensa... tinha de deixar de andar! Se não adormecer ninguém enquanto explico quem é o pai do filho, por que razão não podemos trocar as motas dos maridos por vespas cor de rosa ou quem terá interesse em dar-nos pequenas porções de veneno para ficar com a nossa colecção de brincos da Pedra Dura... já fico contente!

Vou dormir!

domingo, 26 de setembro de 2010

Truth

e quando não consigo apertar o botão de trás da minha camisola branca da tintoretto.
e quando tenho vontade de me rir com companhia.
e quando quero muito que me façam cafuné.
e quando já estou na banheira e me esqueci da toalha no estendal, na varanda.
e quando a lua se vê da minha janela.
e quando o meu telefone não toca.
e quando começo a pensar em destinos de férias.
e quando me apetece dar um passeio, a pé, à noite.
e quando dava tudo por um abraço.
e quando o silêncio não me basta, porque bom era se fosse partilhado.
e quando tinha sentido dar mimo.
e quando há uma novidade boa.
e quando se funde uma lâmpada.
e quando não consigo optar na cor do verniz.
e quando não me lembro de quem canta aquela música.
e quando preciso de um conselho para resolver um problema grande.
e quando o importante é mostrarem-me que o problema só é um bocadinho grande.
e quando tenho aulas à noite e deixo o carro longe da porta e não anda ninguém na rua.
e quando já não me apetece mais gelado mas acho pecado estragar-se.
e quando preciso de uma festinha nas pestanas.
e quando dormia bem melhor com um "boa noite".
e quando...

Send me the moon

Das ambiguidades de ser menina

Depois da despedida quase com direito a lágrimas e farta em xis e beijinhos, barrela geral à mini casa, que esta semana não se anuncia nada folgada, seguida do exercício próprio de quem é bem filhinha de mãe e não consegue não lavar as peças de roupa mais delicadas à mão, para, logo depois, com o cabelo ainda molhado, embrulhado numa toalha cor de rosa, se besuntar com creme e dedicar uma meia hora bem contada a, como diria a minha avó, pôr corante nas unhas. No caso, e para que conste, o recentemente adquirido rose confidentiel da Chanel, que me faz olhar de dois em dois minutos para pés e mãos e apreciar como estão tão lindinhos. Nos entretantos, apurou-se o chazinho. E agora é só retomar os trabalhos com livros e fotocópias e computador e assim... Até me dar o sono, que isto de dormir de luz acesa não é coisa que me convença.

Já não me lembrava

desta coisa de, às sete da manhã de um domingo, querer dormir só mais dois minutos e haver uma voz insistente a martelar aos ouvidos "Mas e já podemos conversar? Já? Olha... ouve-me. Olha para mim. Olha...já passaram dois minutos. Tu disseste dois minutos. Tu tens sono? Então deixa-me pentear-te. Olha, espera, mas tens de estar sentada. Posso acender a luz? Posso ligar a televisão no Disney? Posso só contar-te uma coisa que ontem me esqueci. Posso? Posso? Posso? Olha... posso ou não posso?"

OOOOOKKK!!! Vamos levantar, fazer chichi, lavar os dentes e a cara até saírem todas as remelas, tomar o pequeno almoço e depois sou toda tua.

Tic tac?! Sim... mantém-se. Mas porque as crianças hão-de ter pai... que por Deus deve gostar pouco de dormir. Diz que os opostos se atraem... e eu gosto muito :)


Nota explicativa: Fim de semana passado com as kikas afilhadas!

P.S. Houve acampamento cigano. Consegui que abdicassem da tenda, mas mantiveram-se os colchões e sacos cama no chão. Ah... e uma luz acesa... toda a santa noitinha. E não, eu não podia dormir noutro sítio. Afinal, abdicaram da tenda porque fazconta que o quarto era a tenda. E eu não posso dormir na tenda de outras pessoas... ou na rua...

sábado, 25 de setembro de 2010

Efeito Morangos ou... no que esta gente pensa...

Afilhada com 7 anos: R..inha, sabes que eu e o Dinis já namorámos uma vez esta semana como a fazer amor?
Eu (Em choque): O quê?! Como?!
Afilhada com 7 anos: Não, mas foi com roupa!
Eu (Engolindo 3 vezes em seco... Eu não tinha imaginado sequer que ponderassem não ser... ): Mas conta-me como foi...
Afilhada com 7 anos: Tu não sabes como é?! (Ar de profunda desilusão... A minha madrinha é uma tótó... Oh valha-me o Criador...)
Eu: É só para saber se é como eu penso...
Afilhada com 7 anos: Então, encostas-te muito ao rapaz que tu gostas, mas assim mesmo muito, até ficarem com calor. É assim.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do amor

Tenho de saber quem não amo. Tenho de saber quem amo. Se já amo. Se ainda amo. Se amo. Mas também tenho de saber quem não me ama. E quem me ama. Se já me ama. Se ainda me ama. Se me ama. Da maneira mais simples possível, sem ser necessário falar ou ouvir, sentir que, com alguma arte, outra tanta sorte e uma pitada de loucura, amamos ao mesmo tempo. Só assim, certinha disso, é que posso ser feliz.

*

Smiles are golden

Verdades e assim assim

Está uma lua tão bonita.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As sugestões

Estado líquido maki hotsushi (tão bom...)
Ussuzukuri (para mim, sem ovas)
Sushi to sashimi premium (o tradicional)
Mousse de chocolate negro com bacardi (ai... ainda estou sem palavras)
Sakerinha de maracujá (só provei... mas um dia perco a cabeça...)

E pronto...


Ao atendimento, ao espaço, à bebida, a toda a comida (excepção feita às ovas... mas é a velha questão... e estas eram de não sei o quê voador... o que piorou um tudo-nada o cenário), à sobremesa, a tuditudi...

Acho que vamos repetir... mais umas quantas vezes...
Já estou quase perita nos pausinhos... é uma questão de treino...

Verdades e assim assim

Gosto de Lisboa! Da luz... principalmente da luz!
Esta Rosa...

Gosto dela, pronto!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Boa nova!!!

O Billy vai ser pai. Eu e a Xana vamos ser tias.

P.S. Recebemos a fotografia que tirámos com ele, todo engalanado, de noivo... E estou para aqui a babar de como somos lindos e estávamos com um ar tão feliz, tão feliz, tão feliz...

*

Icanread, como sempre!

E pró Natal eu quero

Não a minha agenda, mas o Nubrella: o guarda-chuva "mãos-livres"!!!

Isto dá medo... TANTO medo

Programa Novas Oportunidades pode ser usado como 'via verde' para facilitar entrada no ensino superior

Olha a grande novidade!

A Elsa Raposo está noiva!

E desta é que é. Todas as outras 1586 não deram certo porque havia uma conspiração de todo o cosmos a torcer por este amor tão verdadeiro. E sim, é possível. Tenho uns tios que se conheceram, namoraram, casaram e emigraram também em 2 meses. Têm dois filhos e estão casados há 35 anos. Ainda hoje se chamam um ao outro "ma douce moitié". Ah... mas têm juízo. Pois... E isso é capaz de fazer diferença.

Ai, ai...


Vou mudar o meu nome para Pequena R..inha de Calcutá!

U2 só para ti #8


Para a RC, recente seguidora bem kika aqui do estaminé :)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pois... acontece!

Desde que acabei de escrever o post para a Xana que ando pela casa, interrompo as leituras e acompanho as mais pequenas tarefas, sempre, com as várias adaptações que fizemos a essa grande música que soava assim

(Nome) (Nome),
(Nome) de Jesus
Não sei se cê me ama
Prá quê cê me seduz?!

Era lindo... quando nos dava para aí :)

U2 só para ti #7


Para a Xana.
Ontem, na recepção aos caloiros feita na minha faculdade, um dos veteranos dizia que da faculdade não se levava só um diploma e de Coimbra não se levavam apenas conhecimentos. Nada mais verdadeiro. Ganham-se pessoas, acrescentam-se emoções, descobrem-se caminhos, arriscam-se sensações, vive-se... Quem por cá tiver passado e não lhe tiver sabido a pouco, quem nunca se tenha questionado o absurdo daquele tempo ter de ter um fim... não viveu isto como deve ser. Pelo menos, como eu acho que deve ser.
Para ti, que me esperavas à porta do 37 quando eu me atrasava a descer, que estavas lá na noite em que (shiuuu) achámos que era boa ideia atravessar a Sereia, que sabias quando eu precisava de acabar a noite a deitar conversa fora numa paragem de autocarro, que me curavas as gripes com doces, que aturavas as minhas neuras em véspera de exame, que me bateste à porta do n.º 11, da Via Maffi, que partilhaste quarto comigo nos últimos seis meses, que me pedias conselhos quando o grande programa era ires com uma certa pessoa tomar café ao Girassolum... Para ti, que me acompanhavas nas serenatas que fazíamos na Padre António Vieira, em frente à casa do Billy, que alinhaste quando eu achei que a minha vida podia mudar se batessemos à porta do João Marcos a meio da noite, que me puxavas para as noites de fado, que me mandavas postais nas férias e sms nas vésperas das melhorias, a dizer que eu só tinha de provar ao professor que o petróleo subia por minha causa. Para ti, que estavas comigo no dia em que o meu carro quase explodiu na Ladeira do Seminário, que ficaste ao meu lado em todos os bailes de gala e não me abandonaste, apesar do ar de Maria Antonieta, em todos os Chás Dançantes. Para ti, que esperavas comigo até de manhã, nos Saraus, para ver a Pitagórica, que nem discutias quando suspiravamos ambas pelo mesmo gajo da Estudantina. Para ti, que compreendeste sempre a minha incapacidade para me arranjar para ir para o DD, porque sempre achei que não valia a pena arranjar-me para entrar num antro de fumo e perdição. Para ti, que acedeste a dar meia volta quando eu sufoquei e achei que quinava se não me tirassem da Via. Para ti, que todas as Latadas repetias "é desta", comigo, em cima da Ponte, a olhar a Cabra, que cantavas ao som do Quim até de manhã, que não deixaste de gostar de mim quando perdi o Trivial porque não sabia de que olho era cego o Camões. Para ti, que quando vias que eu não ia às aulas, percebias logo que tinha torcido um pé, que ias comigo à sessão da meia noite do Avenida, na noite dos namorados, que me acompanhavas aos teatros das companhias vindas do cu do Mundo, só porque podia ser que até fosse giro, que nunca te furtaste a uma Magna ou a uma tosta mista das amarelas. Para ti, que me mandavas ter juízo quando me dava para emprestar apontamentos a gente que me tratava tão malzinho que é uma pena...
Para ti, que houve um tempo em que pareceu que tinhas ido para mais longe e depois, afinal, foi só uma impressão, ou uma fase má, vá. Porque eu não poderia imaginar perder a pessoa que me traçou a capa pela primeira vez, me fez um laço no cabelo com o grelo, soltou as fitas comigo, me bateu na cartola com mais vigor, me acompanhou desde as sete da manhã, na escada da Via Latina, à espera da última serenata e me viu chorar até os olhos darem ares de eu me meter na ganza com força.
Podia ficar mais uns três meses a escrever coisas que me viste fazer, me adivinhaste sentir e me obrigaste a esquecer... mas acho que isto já dá uma ideia. És uma das minhas pessoas. Nunca te esqueças. E pronto... se fosses gajo e não houvesse um N. na tua vida, a esta hora estavas a ver como é que me pedias em casamento, não é?!

U2 só para ti #6


Para a Guillim, que é uma pessoa que vale tanto a pena que a guardamos no coração como um presente para a vida...

Verdades e assim assim

Estou com uns riscos vermelhos nos olhos.
Decidi pintar as unhas a condizer.

As histórias

As histórias também se perdem. Ou, simplesmente, não acontecem. É natural. Mas às vezes penso se não haverá histórias que se perdem apenas por uma palavra que não se disse, um convite que se declinou, um gesto que se reprimiu, um gosto que evitou partilhar-se, uma conversa que se adiou, um encontro que não se agendou, um sorriso que não se devolveu... E tenho medo de um dia olhar para trás e perceber que também eu perdi uma história por isso... ou por coisa semelhante... É que deve doer... muito...

...

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu

Pode ser mais, mas sabe menos do que eu

Porque a vida só se dá para quem se deu
Para quem amou, para quem chorou, para quem sofreu

Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não

Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Para quê somar se a gente pode dividir

Eu francamente já não quero nem saber

De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão

Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não


Vinícius de Moraes

HoJe


É Dia da Pessoa com Alzheimer...
Mas... não o são todos os dias?!

U2 só para ti #5


Para o P., primeira amizade blogosférica transposta para a vida de carne e osso :)

Plamordasanta


Há muita gente tola neste mundo e eu, não sei por que razão, atraio a grande maioria...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Verdades e assim assim

A minha voz não corresponde.

U2 só para ti #4


Para a minha O., que compreende coisas minhas que mais ninguém pode entender...

:(

U2 só para ti #3


Para o CPS, que eu tenho a sorte de ter encontrado num acaso desta vida e a sorte maior de ter como amigo...

Irresistível


Roubado à Kitty Fane!

Melhor que isto, só mesmo este post!

U2 só para ti #2


Para a minha C., que é a melhor amiga que se pode ter!

E isto

Sim, se eu agora decidir chegar ao pé de um tipo e lhe disser "ando louca por ter um filho contigo" e ele responder "fazer-to, até faço, mas depois vou à minha vida" e eu concordar e nem dermos tempo de ir para a cama e nos enrolarmos aí num descampado qualquer e daqui a nove meses eu der à luz e o gajo já estiver a rodar mundo porque aderiu ao surf de ondas altas e afinal eu já não achar grande piada ao puto, aquilo foi fogo de vista que o pai até era kiko, mas agora tenho mais em que pensar e o garoto chora toda a noite e então me decidir a dar o consentimento para a adopção, pois... não... ninguém me vai fazer testes para ver se posso ou não posso dá-lo. E se um de vós for candidato e quiser adoptar o petiz, sim, vai ter de esperar, abrir as portas de casa, mostrar que não dá porrada na mulher, que não quer ter filhos só porque não sabe a quem deixar os 50.000 euros que tem em certificados de aforro, mais a mota e a casa do Piódão e o monte em Beja, ou porque a nova colecção da Petit Patapon é uma perdição, ou porque no jantar da empresa perguntam sempre "Então e vocês? Quando é que pensam em meninos?"... Vai, pois vai. Mas isso facilmente se compreende. Não há qualquer incoerência ou injustiça. É que o Estado não é pai de todos... embora seja ama de quem fica sem mais ninguém. É por isto. Mais ou menos.

Só mais isto...

Não se procuram filhos que realizem os sonhos de pais... Antes se encontram pais que concretizam os sonhos de filhos...

É mudar o eixo. Mudando o eixo, pode ser que cheguem lá... Se não, parecerá sempre que falamos línguas desconhecidas, procuramos moradas desencontradas, oferecemos colo a esperanças gastas, damos murros em pontas de facas.

Sem palavras

A pergunta: Desde o momento em que declara ao Estado que quer adoptar, quanto tempo é que é aceitável que um casal esteja à espera?

A resposta: Quando temos um sonho, devemos realizá-lo em tempo útil!

Ora bem... no dia em que eu decidir discutir física quântica, migração de andorinhas ou doses de anestesia para cirurgias ao coração, por favor, mandem-me calar. Não sejam tão cobardes como eu... que acabo de ouvir isto, transmitido em directo num programa de uma televisão privada generalista, e ainda não consegui pegar no telefone e dizer nada. Não vou, de todo, explicar o absurdo da pergunta, porque isso obrigar-me-ia a discorrer sobre o lirismo balofo da resposta. E este é um assunto demasiado sério para que eu tenha a pretensão de o pôr a limpo num post de um blog. Mas se há alguma coisa do que o Carlos Cruz tem dito e que eu não ponho, mesmo, mesmo, em causa, é esta enorme evidência de que a opinião pública facilmente se contamina!

Do tanto que as aparências iludem

Estou a ficar com herpes labial!

U2 só para ti #1


Para a minha Cátia Oliveira, seguidora tão kika e atenta que dá vontade de dar beijinhos :)

domingo, 19 de setembro de 2010

*

Eram de longe.
Do mar traziam
o que é do mar: doçura
e ardor nos olhos fatigados.

Eugénio de Andrade

Eles vêm aí!


Desafio: Qual a tua música preferida dos U2?

sábado, 18 de setembro de 2010

Estás linda, estás...

Pus a soar músicas de Natal.

Até depois

Vou pensar na vida.
Já fiz o chá.
Já vesti um casaco e calcei umas meias.
Não é sexy.
Vou para a varanda.
Está frio.
Mas vê-se a lua.
E eu preciso de ficar a sós com ela.

Sem pedir...


Como é que se sugere um momento sem tempo? Como é que se justifica a aparente negligência com a liberdade? Como é que se começa? Como é que se pede um abraço... sem pedir? Como é que se diz para ficar... sem dizer? Como é que se responde... ao silêncio de uma pergunta? Como é que...

Duas regras básicas da minha existência

1. Os pais não tratam os filhos por você, assim como, preferencialmente, os filhos também não tratam os pais por você, pelo menos se os pais tiverem a minha idade.

2. Os namorados, casados, amantes, amigados, as metades de um flirt, de um caso, and so on, não se tratam por você. É quase tão mau como o inenarrável "môr".

Sou só eu

que não consigo manter as boas maneiras a comer esparguete?!

Gosto tanto...

Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te directamente, sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

Pablo Neruda

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

*

Smiles are golden :)

Coisas que me passam pela cabeça*

Eu: Mas o meu blog não sou eu.
Ela: Pois não.
Eu: Lá está. Podem estar a achar piada ao blog e depois vai-se a ver e... tcharam... eu não sou o meu blog!
Ela: Não estou a perceber.
Eu: Então... é aquela coisa.... Tenho sempre um bocadinho de medo que as pessoas do blog, quando me conheçam, se desiludam, pior, se sintam engrupidas...
Ela: Ora bem: mas tu és muito do que está no blog...
Eu: Espera aí. Tem lá paciência. Sistematizemos: eu sou mais que o blog, mas... podemos dizer que quem me conhece pelo blog e depois me quer conhecer não vem totalmente ao engano?!
Ela: Siiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmm.
Eu: Ah... tá!
Ela: Era o que eu estava a tentar dizer.
Eu: Então... se gostam de mim no blog, em princípio, não me hão-de achar insuportável quando me encontram a mim mesmo mim, mimzinha.
Ela: Não. Pareces tola.
Eu: Pois é.

* Ou... "Não gostava mesmo de vos estar a enganar (assim muito)!"

Sentimentês

Se sou fraquinha a línguas em geral, não causará grande mossa nas vossas mais remotas expectativas de que ainda se aproveite alguma coisa no convívio comigo descobrirem que estou muito longe de ser brilhante também nessa magna língua que é o sentimentês. O sentimentês, vocábulo à pressa inventado por moi même, à falta de outro melhor e imaginação para mais, é a língua dos sentimentos, aquela com que devemos expressar os batimentos cardíacos, a velocidade a que as borboletas voam na nossa barriga e a temperatura macabra a que correm suores pela nossa testa abaixo. Pois bem... fique assente que sou um bocado limitada em sentimentês. Digo-o com um desgosto quase tão grande como o que ponho nas declarações de "Eu já nem durmo, só de pensar que tenho esse congresso... Permita o Sócrates que não haja financiamento para tanto.". Mas a verdade, verdadinha, que não estou aqui para enganar ninguém, é que, como nas outras línguas em que temos a mania que até mandamos uns bitaites, também em sentimentês eu sistematizo tudo na minha cabeça, organizo as ideias, encadeio os raciocínios, escolho as melhores palavras, treino a dicção enquanto me penteio e até faço jeitinhos com os lábios a ver se devo abrir ou fechar mais as vogais... para depois... parecer uma recém chegada de Marte a tentar perceber qual a senha que me compete tirar na Secretaria Geral. É que, chega a hora da verdade e nada de mais oportuno que o tempo me ocorre comentar. Como quando nos perguntam como é que se vai para a Sé Velha e só nos sai downstairs, tal qual não houvesse toda uma alta da cidade com ruas e cruzamentos e encruzilhadas... Sentimentês, minha gente, é língua tramada de aprender. Não tem declinações, mas facilmente nos faz cair em tentação. Pode viver muito bem sem verbos, mas parece que nos obriga a calar o presente, angustiados pelo passado e crentes que o futuro, sozinho, há-de encontrar o caminho, que não é burro nenhum. Sentimentês nem deve viver de grandes figuras de estilo e, ainda assim, não passa sem nos fazer sentir, com eufemismos, a caganeta do cão zarolho e coxo. Sentimentês não é para todos. Embora, lá está, linguagem gestual, tenho para mim, seja cadeira de precedência. Sentimentês, se calhar, nem é língua que se diga, mas só emoção que se sinta. É tramado, sentimentês. Digo-vos eu. E mais não sei.

É como se...

Nem mais, nem menos. É como se tivesse o sonho de ser florista e me dissessem no Centro de Emprego que tinha um POC na minha área, eu aceitasse toda contente e me metessem a embalar montinhos de dez unidades numa fábrica de fazer sacos para bolbos. Não dá... É como se eu começasse a namorar, o que implicava estar crente que era o homem da minha vida, estivessemos a jogar um jogo de definições com um grupo de amigos, calhasse ao meu mais que tudo uma carta que lhe pedisse uma descrição o mais rigorosa possível do que ele gostava em mim e ele dissesse, com ar de quem tinha descoberto a alternativa à roda e de que eu devia, depois disso, beijar o chão que ele pisasse "acho-a querida". Ora, querida é definição que a minha avó pode ter para mim. Dele, lamento, espera-se algo mais, melhor, diferente. É como quando a nossa melhor amiga compra uns sapatos, um vestido, sei lá, nos mostra, orgulhosa, pede opinião, e nós dizemos "É giro, mas eu não usava". O que seria do azul se todos gostássemos só de amarelo. Percebem?! Em suma: está relacionado? Bem... não se pode negar que sim. Isso chega? Lamento... mas não!

Desabafo

Se eu podia ter lá ficado à hora de almoço? Podia. Mas não era a mesma coisa. E precisava de paz de espírito... e silêncio... e fechar os olhos cinco minutos, sentada à chinês aqui no sofá, a pensar que "é preciso é ter calma... respira"...

Já vou. Não me apressem. Já volto.

Sou uma rapariga das pessoas. Muito. Não tenho vocação para a estratosfera...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

:)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aligeiremos*

Parece que a Ministra da Saúde foi ao Programa da Júlia Pinheiro.
Vendo-a como a comprei.
Está tudo tolo, parece-me.

Ah... pelos vistos eram amigas do cabeleireiro!


*Fim de intervalo. Voltemos à questão da revogação das confianças.

Das responsabilidades

Quando ali em baixo me refiro à maior de todas, é nisto que estou a pensar...

Ai meu Deus, meu tudo...

Esta miúda parece eu... Mais uma vez... Outra...

*

Digam-me que é uma brincadeira!!!

A sério... Digam-me que o Paulo Bento NÃO É o novo seleccionador nacional... People... nós precisamos de muita coisa, mesmo muita coisa. Não me parece que a malta chegue aos campeonatos só a viver de tranquilidade!

Pois é...

É por estas e por outras que continuo a achar que uma das maiores obras do ser humano é escolher bem a pessoa com quem quer ter filhos...

Gosto tanto...

E não,

não é porque me tenha dedicado às supostas três línguas do futuro para juristas: mandarim, árabe e o clássico alemão! É mesmo porque sou fraquinha. E quem diz a verdade não merece castigo.

Já disse

que sou má a inglês? Má, não é o termo! Sou péssima! Em geral... sou péssima a línguas... Era jeitosa a francês na escolinha, mas a falta de treino leva-me a acreditar que hoje sei perguntar o nome aos tipos e pouco mais. Não me safei mal em Itália... mas parece que só quando lá estou é que destravo a língua... Inglês, lamento... nunca me deu para gostar... e nunca me deu para saber assim por aí além. Ora, e acabo de descobrir que espanhol também é um problema. Leio tudo, ouço e percebo tudo, há até a famosa tradução pela qual recebi os mais valiosos elogios, mas eu é que sei... Estou há meia hora no tradutor do google para decifrar como é que hei-de escrever

"Exmos. Senhores,
segue, em anexo, abstract e biografia resumida da autora para o Congresso XYZ.
Com os melhores cumprimentos,
R. Maria"

Já seguiu. Posso bem não ser seleccionada por ter escolhido mal alguma opção da tradução...

E pensar que um terço da produção do people devia começar a ser em estrangeiro... Valha-me o Criador!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

...

Dói-me a cabeça.
Não é totalmente mau.
Tenho cabeça.

Minha música essencial #9

Embora, essencial, mesmo, seja a versão da Anabela e do Carlos Guilherme...

Talvez seja mesmo isso...

Imprescindível Icanread.

A sério...

E não se lembrarem de uma coisa destas para quem usa mini saia no traje. Ou argolas. Ou ténis. Ou óculos de sol nos jantares, a servirem de painel solar. A sério... isto é que era financiamento garantido para as Universidades...


Ah... Está a chegar aquela altura em que quase verto uma lágrima por me ter rasgado... Aquelas caloiras de saltos... ai... os tratos judeus que eu lhes dava...

Verdades e assim assim

Mudei o fundo do ambiente de trabalho e desde então que passo a vida a minimizar as janelas...

Sabem quando

algo aparentemente banal acontece na vossa vida e de repente isso vos parece o melhor do Mundo e arredores?!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

:)

Ódio de estimação XVI

Especialistas feitos à pressa.
É isso e mestres do novo regime "Ai vai ser tão bom. Não foi?".

*


A Sara foi-me apresentada pela Rosa...
Estou um bocadinho fã...

Paps

Eu: Então tu ficas doente e não me dizes nada?!
Ele: Mas eu disse mais ou menos...
Eu: Quando?
Ele: Na terça feira, quando ligaste, perguntaste se estava tudo bem e eu disse "Cinco estrelas"... Era para ver se tu desconfiavas... Não viste logo que eram estrelas a mais?!
Eu: Só tu! Não voltes a repetir a gracinha, sim?!

10 minutos depois

Ele: Eu queria dizer... mas sabes como é...
Eu: Como?
Ele: A mãe disse que ias ficar aflita.
Eu: E ia...
Ele: Pronto... lá está...

Compal


Já passou tanto tempo desde o início... e eu ainda continuo a rir-me quando ela diz que "aquilo parecia um ovo estrelado de ferro"!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Wishlist

Simpatias

G: Sabes qual é o teu problema?! És muito querida para toda a gente. Depois, olha... abusam.
Eu: Ohhh... Não sou nada! Às vezes sou tinhosa e má!
G: Ai sim... imenso... muito tinhosa e muito má... Então como é que explicas que até a minha sogra goste de ti?!

Tic tac



O mais recente mimo do meu afilhado caçula!

sábado, 11 de setembro de 2010

Digamos que... já terá prescrito!

R. Mãe, podemos um dia marcar para fazer geleia?
Mãe: Sim. Pode ser...
R. Espera... gosto mais quando vem mais frio... Aquela coisa dos doces a fumegar e a chuva a cair lá fora...
Mãe: Assim que chova um sábado que cá estejas, fazemos.
R. Mas antes precisamos de ir roubar marmelos...
Mãe: Oh, não! Eu compro no Senhor Manuel.
R. Mas não é a mesma coisa... (Ar de cadela abandonada...)
Mãe: Mas não vamos agora roubar marmelos... Isso era dantes, por brincadeira, nos quintais dos amigos... Lembras-te daquela vez em que íamos todos no mesmo carro, nós os quatro, a C., a A. e o Z.? E de quando eras mais pequena e íamos com a L. e o O. e tu ias na parte de trás da carrinha com o M.?
R. Sim... e tenho saudades.
Mãe: Já viste se nos apanham?! E ninguém vai alinhar...
R. Eu tratava de angariar pessoal. Além disso, se comemorei a minha última oral de melhoria a roubar marmelos... porque não comemorar a minha recente contratação da mesma forma...
Mãe: Tu és...
R. Eu sei... Mas tenho saudades...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Verdades e assim assim

Hoje disseram-me "Eu bem tinha reparado que andavas meio levantada!"...

E eu, olhem, calei-me!!!

Vontade grande de distribuir lambada

A minha cidade foi abalada, como é raro na memória, por um crime brutal, esta semana. Houve sangue, a jorrar da jugular, tentativas várias de simulação, armas do crime guardadas em casa porque ninguém quer ficar com o faqueiro incompleto, confissões e a habitual demanda pela desejada inimputabilidade. Tudo certo. Ou melhor, nada certo. Mas é a vida. E a vida passa a vida a mostrar coisas que não estão certas. E tenho pena. Muita. Mas... enfim... Os códigos existem para ser aplicados e há que dar serventia ao de penal, que até é um semi-novo e tudo. Agora... e o que é que se faz a quem dá a notícia, falada, escrita, tudo, com a preciosa e indispensável indicação de que o principal suspeito é o filho ADOPTIVO da vítima?! Hã?! O que é que se faz?! Liga-se para as televisões e jornais e dá-se uma aula de adopção, com especial ênfase nos efeitos da adopção plena?! Tira-se o dia para explicar a toda a gente que também há filhos biológicos que matam os pais, mulheres que matam maridos, maridos que matam mulheres, irmãos que se dão tiros, enteados que se põem a degolar gente da nova família?! Não... a sério... expliquem-me o que é que se faz?! Porque eu não sei!!! Juro! Imprimem-se flyers com a menção "O adoptado é teu filho!" e afixam-se nos postes da EDP?! Expliquem-me! É que a mim só me apetece mandar um berro e distribuir lambada!!!

Do chic e do choque

Ou melhor, no caso, só do choque!

Ao que parece, o acórdão mais mediático dos últimos tempos não pôde ser entregue por uma incapacidade do sistema para eliminar as alterações e comentários sucessivamente introduzidos no documento. Aqui há meses, tive a ingrata tarefa de partilhar a correcção de um texto com alguém que nunca ouvira falar na função "introduzir alterações" e que, à custa disso, me enviava intermináveis e-mails onde podia ler-se:

na pág. x, parágrafo y, linha z, penso que seria melhor trocar instaura por propõe;
na pág. m, parágrafo s, linha p, falta um acento;
na pág. h, parágrafo k, linha b, eu tirava a terceira vírgula;
and so on...

Ora, pessoas, foram noitadas a introduzir as preciosas dicas. E sim, da primeira vez que me chegou um e-mail à conta, eu telefonei e expliquei... Mas não resolveu. Argumento: questão de hábito!!! E, portanto, desde esse dia que eu tenho pavor de gente que imprime os documentos para os corrigir e faz listas de tarefas dirigidas a terceiros em vez de introduzir cada proposta directamente no sítio. Mas agora, com isto do acórdão de que se fala, já nem sei o que diga... E se, às vezes, não era melhor a máquina de escrever e a letra branca que apagava o erro. Ou as letras decalcáveis. Ou as daquelas réguas amarelas que tinham furos com os desenhos das letras, dos números e dos símbolos. Ou, simplesmente, o belo de um manuscrito. Mas não... nem isso. Não sou uma fanática da informática. Aliás, sou uma infoexcluída quase integral. Ainda assim, quanto a este episódio particular, nada de mais certeiro me ocorre ventilar que o famoso ditado de que "pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita"! Tenho dito. E sou livre.

E, neste momento, para ti, pequena R., apenas duas palavras

ESTÚ

PIDA

Minha música essencial #8

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Verdades e assim assim

Apetecia-me ver um filme dos que lavam a alma... Ou dos outros... Ver um filme! Mas tenho mesmo de trabalhar... Portanto... azarucho!

...



Incoerência

Às vezes, contamos quase a nossa vida toda no blog. Às vezes, o melhor da nossa vida não cabe noutro lugar que não seja só em nós. Shiiiuuu. Ou então não. Só nem se sabe bem o que é que se há-de dizer. Pois. Acontece.

***

Adorei! Icanread, pois então!

Não dá mesmo mais...

Adormeço a pensar numa... sonho com uma... acordo a suspirar por uma, só uma... vá lá... Só uma não faz mal a ninguém... Mas depois a voz da razão... Que não, que é cedo por causa da operação, que não, que andas nas lonas, que não, que aquilo é bom é feito sem pressa e tu andas a mil... E, nisto, o apelo do coração... Sóóó umaaa... Vááááá lááááá... Que és boa miúda e não prevaricas assim por aí além... As multas que apanhas são sempre de velocidade, mas isso é porque gostas de dormir até à última, ou de telemóvel, mas isso é porque és uma tipa porreira e sociável... Então... tu mereces. Ao menos uma... Para bem ser, uma por dia... Uma por semana já não era mal pensado... Mas nem isso... Sempre te contentaste com uma por mês... Não reclamavas... Vinhas com a pele melhor, sumiam-se-te as dores de costas, toda tu eras sorrisos e bom astral mal chegava o dia dela... E é em memória desses velhos tempos e consciente que até me hei-de tornar uma pessoa melhor por isto... que eu não vou resistir mais... e vou voltar a marcar pelo menos uma por mês... Ah... massagenzinha do meu coração!

Cá está!

Isto podia ter sido escrito por mim!

É certo que não tenho de parir a minha este ano. Pari uma há menos de dois anos, foi uma cesariana difícil e dizem que é preciso cautela nesta coisa de parir de empreitada. De qualquer modo, convém que comece a ir aos treinos, a experimentar posições, respirações e outras coisas mais terminadas em ões e assim... Portanto, não tencionando pari-la, se a quero ver nascer perfeitinha, orgulho de pais, avós, resto da família e amigos dos que nos visitam na maternidade, tenho mesmo de pensar em começar a fazê-la... E diz que, neste caso, fazê-las não é tão agradável como noutros casos de parimento!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Tomara

Tomara

Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...


Vinícius de Moraes


P.S. Adoro este poema!

Tão kiko...

Oh ironia...

Estou a mandar bitaites sobre a vida amorosa de uma amiga. E acabo de lhe dar conselhos com mensagens com minutas de declarações e tudo. Pequena R. no seu melhor, ao estilo Frei Tomás... "Olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz"!!!

Intervalo

Não há lados especialmente maus no facto de começar a ir todos os meses, pelo menos dois dias e duas noites, para a capital. O projecto foi muito pensadinho e mais ainda desejado. Demos pulos de alegria quando disseram que estavamos por nossa conta e, para tudo, carta branca. É uma responsabilidade... mas as responsabilidades assim sabem muito bem. Além disso, e agora vem o outro lado da questão, a capital tem teatros abertos à noite e concertos e restaurantes e bares giros. Na capital moram uma série de amigos a quem devo visitas que já vão para lá das mil. Na capital... pessoas... há mais lojas. E uma pessoa não pode viver só de trabalho. Portanto... pode até acontecer que, de vez em quando, a pessoa consiga arrastá-lo para uma hora de compras. Estamos em negociações. Comprometo-me a ser eu a chamá-lo de manhã se não deixar acumular prazos que nos impeçam de laurear a pevide à noite. A bem dizer... se juntos trabalhamos bem, certo é que coboiamos muito melhor! Ah... e estão prometidas conversas e conselhos e coisas dessas que fazem tão bem quando se tem um amigo gajo.