E então perguntaram se queria vê-lo. E eu, ingenuamente, disse que sim. E, quando o vi, caíram-me as lágrimas pela cara abaixo. E depois eu consegui limpá-las com as costas das mãos e pedir desculpa e passar ao ponto seguinte. E elas disseram que apetece a todos levá-lo para casa. E eu sussurrei que não, que não era isso. Mas não disse o que era.
Cheguei há pouco. Tomei um banho tão longo que achei que o que tinha chorado se tinha esgotado na confusão das águas e tinha ido pelo ralo. Mas agora sentei-me para começar a pôr o caso em ordem e tenho de te confessar que sim... que apetece trazê-lo para casa, fazer-lhe uma festinha, dar-lhe um beijo na testa, acender-lhe uma luz de presença e jurar que a partir de agora vai mesmo correr tudo bem...
Querido diário,
o tic-tac de que te tenho falado está cada vez mais forte. Sinto-o como se fosse eu toda a fazê-lo, mas sei que é o meu coração que está a avisar-me dele.
E, querido diário,
hoje, como em outro sítios de que já te falei, tornei de um lugar onde deixei um bocadinho de mim e que me acrescentou uma urgência na alma. Esta, do tic-tac.
Serei eu capaz de o encontrar, de o reconhecer, de o conquistar, de o aconchegar... ao tal?! Não posso sequer ponderar errar a pensá-los, concebê-los e amá-los com alguém que os queira menos que eu...
Penso que é impossível subscrever um sentimento... no entanto pelo menos (como tu bem sabes) subscrevo a ideia do Tic Tac...
ResponderEliminar:) Eu sei!
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