quarta-feira, 31 de março de 2010


Ao som de outro "ponto de luz"

terça-feira, 30 de março de 2010

Dá-me luz

Vila Galé Coimbra

A menina quer, a menina quer.
E estás aí tão pertinho... E a menina quer. Tantooo...

Tui Na

Quando vos passar pela cabecinha experimentar uma massagem chamada Tui Na, mordam a língua, torçam um pezinho de propósito ou mandem-se até contra qualquer coisa que vos maltrate.

Levantei-me cedo e foi cedo que me pus no Spa, na esperança de ser mais uma coisa bem boazinha, que só faz pôr-nos a pensar que isto de uma pessoa se dar uns mimos é do melhor que pode haver para o ego. Ela avisou-me que tentaríamos umas acrobacias, mas eu não liguei. Até que começou a dor. Muita. E depois umas palmadas e depois uma espécie de murros. Para compor, torceu-me toda, sendo que toda eu estalei, até em partes que juraria a pés juntos não estalarem. Quando acabou, não me doía muito, ou então era a vontade de correr dali para fora. Disse-me que amanhã me ia sentir pisada, mas era normal. Neste momento já me custa encostar as costas ao sofá e tenho uma pisadura em cada ombro e uma aqui na perna.

Posso ter vindo com as energias todas alinhadas (ela garante que sim), mas estou capaz de jurar que antes um curto circuito!!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mamã

Ela: E já compraste os presentes para os teus afilhados todos?
Eu: Ainda não, mas amanhã trato disso. De qualquer modo, desta vez vou corrê-los todos a um livrinho e depois só lhes aceno com um trapinho mais básico. Nada de jogos de playstation e barbies!!!
Ela: Fazes bem!
Eu: Mas vou empenhar-me nas escolhas. Dos livros e dos trapos. Sabes bem que tenho este trauma de ninguém me ligar nenhuma na páscoa. Esforço-me por ser uma madrinha das mesmo boas.
Ela: Sim... e eles adoram-te.
Eu: Sobretudo porque não lhes falto, mais do que pelo que lhes dou. E é assim que eu acho que tem de ser. Os meus padrinhos sempre me deram os mais espectaculares presentes mas nunca souberam uma única nota de um teste meu, nunca me foram ver a uma festa da música ou da dança, nunca me telefonaram só para saber se eu estava bem. É disso que eu tenho mesmo muita pena.
Ela: Pronto... Isso nunca te há-de passar... Vá... mas, como sempre, escolhe lá uma coisa que queiras receber na páscoa. Eu dou-te. E se quiseres até mandamos embrulhar e só desembrulhas domingo.
Eu: Podemos ir à Romeu?! Podemos? Podemos?
Ela: Não tens emenda!!!

Ao fim de 3 anos

deixou de ser impossível para ser muito difícil!

Dai mais tempo a quem precisa!!!

Faz de conta

que um viaja e parece que os dois morrem de saudades. Faz de conta que há só uma rua a separá-los e eles se calam estupidamente. Faz de conta que o outro viaja e os dois morrem mesmo de saudades. E faz de conta que depois voltam ambos àquela rua e fica cada um na sua. Faz de conta que é mesmo assim. Faz de conta que isto é só faz de conta.

e um olhar perdido é tão difícil de encontar
como o é congregar ventos dispersos pelo mar

Verso: Ruy Belo. Imagem: Icanread

domingo, 28 de março de 2010

Uma história

A e B casaram em novos. Vizinhos de povoação, cresceram nos amores sem desviar muito os olhares. A normalidade impôs-lhes que na curva das duas décadas subissem ao altar com uma boda a preceito. Não viajaram, não leram, não sonharam muito longe. Foram vivendo um dia de cada vez e trazendo à sua vida tudo o que se espera das vidas sem montanhas russas. Tiveram um filho. A A encarregou-se sempre de tudo, desde o jantar, à muda da cama, às vacinas do petiz. Do B sempre se exigiu apenas que trabalhasse, que pusesse dinheiro em casa, que não desatasse à pancada em ninguém da família ainda que a vida lhe corresse pior. Cada um cumpriu bem o seu papel. Deixaram de namorar no dia em que casaram. Estancaram a volúpia daquela primeira idade e renderam-se a mais do mesmo todos os dias, uns a seguir aos outros. Continuaram a não viajar, a não ler, a não sonhar. Pior, deixaram de se falar mais que as coisas que nunca chegam a pedir um "amo-te" ou "gosto de ti". Um dia, a A diz que quer ter outro filho. O B diz-lhe que não tem idade e paciência para putos a berrar toda a noite e mudas de fraldas borradas. Ao silêncio de alguns anos, numa espécie de má memória de uma tentativa de falar de coisas sérias, seguiu-se outra decisão. Adoptavam uma criança que já fosse mais crescida, mais autónoma. Um filho novo, mas pré-feito. Se o B se entusiasmou? Disse que o que a A decidisse estava bem, como se uma resposta destas não fosse pior que um "vai dar uma curva". Basicamente, como até aí, ela que decidisse. Se corresse bem, ainda bem que ele tinha aderido. Se corresse mal, uma mão na cabeça muito próxima do "eu avisei" que nem em pequenos gostamos de ouvir. Num casal que nunca fora mais que um e um, sempre, até quando saberia a vitória serem um só, a resposta dada uma vez vale para que não se arrelie o silêncio com mais perguntas. Como se isto de ter filhos fosse uma coisa que se pudesse conceber por aderência, sem um mergulho de sentir inteiro desde a primeira hora, o C. chegou àquela casa. Conheceu a A e o B num dia de nevoeiro. Chamou-lhes mãe e pai assim que os viu e mudou de vida um dia depois. Mudou de casa, mudou de terra, mudou de ser. E foi feliz. E mergulhou de sentir inteiro desde o primeiro dia... ao último. Ao fim de um mês, um mês, A verbaliza que sozinha não tem braços que abracem esse desafio chamado C. E o B, o B diz-lhe "O que tu decidires, por mim está bem!". Dois dias depois, C entra pela segunda vez na vida num avião. Está contente, embora preferisse que o pai e o mano também fossem com eles na viagem. É devolvido no aeroporto.

Dois anos depois, o C conta que uma vez teve uma família, mas a mãe era um bocadinho pequena e não devia poder tomar conta de dois filhos e então ficou com o filho que chegou primeiro.

Dois anos depois, quando lhes disseram se aceitariam participar num determinado estudo, o B disse à A que o que ela decidisse, por ele estava bem...

O B deixou a A no sítio do nosso encontro e foi marcar a revisão do carro. E nunca apareceu durante aquele dia. A A não consegue identificar-me datas, nem nomes, nem nada. Diz duas palavras e enxuga três lágrimas. Deixei de poder contar as vezes em que me disse "lembro-me tanto dele". E, desta vez, não me apeteceu bater em ninguém que estava à minha frente. Nela, não! Porque ainda hoje acredita que decidiu mal. Só ela. Meu Deus, queria tanto fazer tudo bem e fez tudo mal. Se pudesse voltar atrás... Sabe, é como quando é pegar ou largar e larga e depois dava tudo para nunca ter largado. E tudo culpa minha, tudo. Porque por ele estava tudo bem. Sou má.

A solidão, minha senhora, come a força e a determinação, suga a vontade. Desistiu com medo. E o medo é o namorado da solidão.

Finalmente, olhou para mim e, como nunca, pude ver como é a face da tristeza mais profunda, da dor mais corrosiva, da culpa mais inultrapassável, da mágoa mais indescritível.

Se a desculpamos? Limitamo-nos a não lhe recordar, também nós, que não tem desculpa.



P.S. Não vos conto onde está o C, mas posso dizer-vos que, desde que soube, não sei se tenho mais vontade de espancar o B ou um determinado juiz. Mas acho que, não podendo aviar os dois, me dedicava a maltratar mesmo o juiz!

Já agora

Beeenfiiiiicaaaaaa!!!

Ódios de estimação X

Depois de atravessar, com aquele mar e aquele tempo, da Horta para a Madalena, reconsiderei a minha lista de meios de transporte odiados. Desde então que disputam o primeiro lugar o barco e o avião!!!

No hotel

Como sempre, combinamos a hora de acordar. O que o fizer primeiro liga ao outro. Quem se despachar primeiro bate no quarto do outro. Descemos juntos. Eu sento-me, enquanto o G. ainda anda a recolher mantimentos e...

Senhora da excursão da INATEL, com sotaque quase imperceptível: Tás de lua de mel?
Eu: Sim, sim, estou cá no hotel.
Senhora: De lua de mel?
Eu: Como?
Senhora: Vêm muito para este hotel!
Eu: Ah!!!
Senhora: E tá a correr bem? Tás feliz?
Eu (só percebi o feliz): Estou a gostar. Vim em trabalho, mas hoje tenho dia livre, vou dar mais uma voltinha.
Senhora: Na lua de mel?!
Eu (finalmente percebendo a deixa): Ah... não. Somos colegas!
Senhora: E vêm para o Hotel?
G. (acabado de chegar): Viva!
Senhora: Tás de luz de mel?
G.: Sim, sim, estamos cá no hotel!

Eu (desato a rir-me como se estivessem debaixo da mesa a fazer-me cócegas nos pés, caem-me lágrimas pela cara abaixo.)
Senhora (vai à vida dela, meia amuada)
G. (sem perceber nada): Escapou-me alguma coisa?!

E ainda deram mais um arzinho da sua graça...

E lá no México é que vocês iam ver paisagens virgens (?)!!! Se gostam disto, iam adorar aquilo. Um gajo anda na praia e sua, sua, sua (!!!) e depois manda-se para umas grutas que eles lá têm, de água gelada! Brutal. Com luzes a reflectir, que eles metem os geradores a dar luz para a gruta!!! Brutal!!!


Eu: Pois. Desculpem lá, tenho de ir à casa de banho.
G.: Eu vou ali ver uma coisa.

Os dois a correr. Paramos ao virar da esquina. Olhamos uma para o outro e... ahahahahahahahahahahahahahahahahah paisagens virgens, um gajo sua, que bom, suar, e depois tem grutas com geradores.... buuuuuuuuu, o barulho do gerador e das ondas em simbiose...ahahahahahahahahahahahah...

Gostos não se discutem

Ele: Estou farto de aqui estar. Uma pessoa sai do hotel e tropeça logo numa vaca. Uma pasmaceira. Meia dúzia de bares. Só uma discoteca. Arre.
Eu: Pois. Isto ou se ama ou se detesta. Eu, por acaso, amo. Onde é que no teu dia a dia tens ânimo para te levantar às 7h, dares um passeio numa marina, tomares um banho, apreciar calmamente um bom pequeno almoço, dar mais um passeio, sentares-te num café a ler um livro. Conversar, rir, dormir, caminhar, caminhar, caminhar, fotografar?! Não tens.
G.: Este ano, enfim, está um tempo um bocado manhoso, mas tens de te deixar levar pelo espírito. Relaxa. Inspira. Descansa.
Ela: Ai, eu dou-me muito mal com o nevoeiro. Fico de neura. E uma pessoa nem pode ir para a piscina. O que me tem valido têm sido os banhos turcos.
Eu: Lá está, são gostos. Bem... nós vamos agora ao Museu. Querem vir?
Todos: Ohhh, não. Que seca. Andar a ver museus da terra a explodir.
Ele: Até é fixe aquela parte dos Capelinhos. Tipo espaço lunar. Mas isto não compensa na análise custo benefício. Por este preço tinha ido ao México. Via iguanas em vez de vacas, pá!
G.: Pronto, então até logo.

Eu e G. (dentro do carro): Que gente mais estranha!!!

Eu e G. (depois da visita ao Centro de Interpretação dos Capelinhos): Muitooo booommm!!!
Eu (a cantar): Mostra-me o teu, teu lado lunar!!!
G.: És terrível!
Eu (a cantar): Nem eu, nem tu, fugimos à regra...
G.: O direito, kika!
Eu: Quê?
G.: O direito é que é para ti, amiga! Esquece a música!
Os dois (a cantar): Moooooooooooooooooooooooostra-me o teu laaado luuuuuunaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrr!!!

Verdades e assim assim

Ilhas conhecidas dos Açores: São Miguel, Terceira, Faial e Pico.
Maior nóia por não ter conseguido ir a São Jorge.
Quero ir às Flores, quero, quero, quero.
Cidade preferida: Angra do Heroísmo.
Paisagens de deslumbramento: São Miguel.
Caminhos mais inexplorados, cenário mais fantástico, sentir mais ilhéu: Pico.
Melhor café, com os melhores crepes e bolo de chocolate: Peter.

Daqui a menos de um mês já volto às caminhadas à beira-mar e, com sorte, queimo nelas as calorias de umas quantas queijadas de Vila Franca.

Foi muito bom. Soube muito bem.

domingo, 21 de março de 2010

Faial

Não o cão... mas este:
Até sábado!
Não correu mal!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Estou

um bocado aflita!

Dia do pai

Já falei com o meu. Já lhe mandei um beijinho e já lhe desejei um dia muito feliz.

R.: Booom diiiaaa!!!
Pai: Olha a minha piolhita!
R.: Feliz dia do pai!
Pai: Ooohhh...
...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Verdades e assim assim

Só porque um dia gostei muito de verde,
nada me impede de amanhã amar azul.

Ah

Parece que ganhámos!

Muito embora tenha cometido a heresia de me ter esquecido que estávamos a jogar, já me chegou aos ouvidos que somos os maiores!

Ai...

Se me correr bem a aula de sábado, compro-me umas sandálias ou uma carteira da nova colecção da Hoss. Ainda estou indecisa. Gosto de tudo. Basicamente, de tudo! E acho justo oferecer-me qualquer coisinha. Estou aqui que nem posso. Até estou a gostar de estudar isto, mas era escusado ser para uma avaliação a sério. Podia ser só para a cóltura da pessoa. É o stress...

Descobri

uma maneira de ganhar umas massas. Quem andar sem saber o que fazer à vidinha, ponha-se a escrever umas lições de processo penal e vai ver a corrida que se fará às livrarias. A sério. Não tivesse eu uma tese de doutoramento para fazer ou não tivesse a dita cuja de ser sobre a dogmática e já estava em telefonemas a desafiar amigos para essa empreitada. É que nem precisavam de ser fabulosas. Bastava existirem.

Era uma casa...

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos.
Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronómica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Para quê televisão? Para quê rua? Para quê droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!.. – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anónimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Para que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!


José António Oliveira de Resende


Também eu me lembro de muitas visitas, de uma festa a cada visita. Lembro-me disso e de como é por aí o caminho de uma felicidade que não tem medida. Por isso é que ainda hoje gosto de casa cheia, de lanches, de jantares, de almoçaradas, de som de risos e gargalhadas, de arrumações viradas do avesso, de limpezas maculadas por migalhas. Por isso é que ainda hoje gosto de aparecer. Gosto de receber. Amo aguardar. Por isso é que há casas onde me sinto como em casa. São aquelas que têm vida, que carregam história, que soltam cheiro de gente e de ar...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Faz de conta que vou ser eu a vê-los

Gosto muito deste


e ainda mais deste


mas é este o que eu prefiro de entre todos.



Magritte

terça-feira, 16 de março de 2010

É tudo muito lindo, correu tudo muito bem, gosto cada vez mais deste trabalho, sinto-me cada vez mais útil a fazer isto, conhecer gente e casos reais, cada vez mais gente e cada vez mais casos reais, dá-me a noção de que não estou só a pensar numa coisa que li num livro, tal e tal... foi mais uma viagem absolutamente cheia de cumplicidades faladas e por falar com o G., mas... oito horas a levar com o sol que batia no vidro, a ir e a vir, deixaram-me como se tivesse ido a Beja angariar ranho e lá tivesse topado com uma promoção que ainda dava febre de graça!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Trabalho, a quanto obrigas

Como amanhã o trabalho me leva até Beja e a minha reunião é às 10h, o que me leva a ter de sair daqui às 6h e, portanto, a levantar-me às 5h30m, gostava muito de vos dizer mais qualquer coisinha, ou até de me instruir mais um bocadinho sobre esse grande assunto de debate nacional que é o segredo de justiça (quem é que escolhe ser avaliada num seminário de doutoramento pelas pérolas que produzir sobre segredo de justiça?! melhor, melhor, só se me tivesse dado para falar de escutas e imunidades, tudo misturado!!!), mas não pode ser porque tenho de dormir...
Beijos e abraços

E, olhem, gosto desta, vejam lá!!!

Sei que me vês
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito

Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais

Do parceiro de quedas, Fazer o que ainda não foi feito

Não!

Se um dia olhares para uma pessoa e lhe reconheceres umas imperfeições da pele, se pensares nela e chegares à conclusão que podia ser mais alta, mais baixa, mais gorda, mais magra, mais morena, menos morena, com mais cabelo, com menos cabelo, quem sabe até mais extrovertida, ou mais perspicaz, ou menos hipocondríaca, menos irónica, talvez até mais responsável ou mais descontraída, como era bom se estudasse mais ou então se lesse menos, a festa que farias se gostasse antes de rock ou se nunca te pedisse para fazerem uma corrida... e ainda assim sentires que te faz tanta falta como a brisa no verão e o sol no inverno, então talvez devas dar-te tempo... Se preferires e puderes, opta por uma viagem, sozinho, para longe e ao centro de ti. Inspira profundamente. Não entres em histeria. Serenamente, descansa. Pensa, sente... sente muito. Quando tiveres a sensação que já pensaste tudo, simplesmente porque te dói a cabeça e achas que, quanto mais pensas, mais baralhado ficas, então volta à tua vida. E leva-a com a normalidade das vidas reais. E fica atento. E se de cada vez que a tua pessoa te falar tu tiveres vontade de sorrir, não te esqueças de o fazer. E se de cada vez que a tua pessoa deixar de te falar te der para ficar de mau humor, fica. E se de cada vez que a tua pessoa te tocar tu te sentires especial, não te esqueças que nada te diz que não podes ser mesmo especial. E se de cada vez que a tua pessoa te magoar te apetecer chorar, não evites fazê-lo. E se o tempo for passando e tu fores percebendo que a tua pessoa não é perfeita e se, ainda assim, todos os dias te fizer mais sentido viver a vida toda de mão dada com ela, então talvez sejas a pessoa perfeita para a tua pessoa. Depois? Depois é só dar-lhe tempo para perceber isso. Tempo. Ela pode precisar de tempo. Se até o tempo precisa de tempo...

R., que é muito boa moça, responde aos leitores

Tem de vir tudo perfeito para as pessoas quererem?

R. vai responder, mesmo. Mas agora tem de estudar um bocadinho de segredo de justiça. Tentará, ainda assim, responder sem passar de hoje :)

sábado, 13 de março de 2010

Se eu fosse mãe de filhos, comprava estes autocolantes...

e, se eu fosse mãe de filhas, estes...






Devem ser os azelhas contra os atados

Eu não sei que jogo está a acontecer aqui no burgo, mas deve ser dos azelhas contra os atados porque, atendendo a que da minha janela da sala vejo 3/4 do estádio e hoje quase posso por-me a contar as poucas cabecitas, aquilo não deve ser grande derby!

Promessas

Eu quero apenas amar-te lentamente
como se todo o tempo fosse nosso
como se todo o tempo fosse pouco
como se nem sequer houvesse tempo.

Joaquim Pessoa

Das conversas

Eu: Tenho de ir almoçar.
Ela: Então... então mas o que é que tu estiveste a fazer este tempo todo?!
Eu: Bem... Eu...
Ela: Companhia!!! Vai-te lá embora, anjinha!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Kikas

Cheguei há pouco do espectáculo "Branca de Neve na floresta encantada", no TAGV. Fui com as minhas kikas afilhadas. Fiquei ao lado de uma outra kika (a sala era sobretudo das crianças) e, como era de esperar, meti conversa. A M. tem 4 anos. Conversámos muito antes de o espectáculo começar. De vez em quando, ia-me perguntando se eu estava a gostar. No fim, crente na minha pessoa e certa que não sou gaja de me engalfinhar com os amores das amigas, vira-se para mim e diz: "Aquela é a minha amiga C.. Olha, ela tem um irmão que é muito giro. E sabes... ele já anda no 5.º." Um tipo que anda no 5.º é um tipo da escola dos mesmo grandes pá... é uma parada mesmo... upa, upa... Desejei-lhe boa sorte!
Não sei... mas anda aqui o tic tac a piscar-me o olho novamente :)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cá por casa #2


E pronto... sumi com 8 furos!!!
P.S. Precisei de um alicate. Fui ao vizinho. Ai... que bem que me faz faltarem-me as ferramentas!!!

Um final anunciado

Eu avisei. Deixei aqui a dica. Ninguém merece ver tocado o momento de fazer o amor com a irritabilidade de quem não acerta o ângulo, a luz, eu sei lá... Please!!!

Ideias

Como continuo a conviver com a galeria de 14 quadros que tenho na sala, mais um furo onde pendurei a estrela que a minha S. me ofereceu e que é uma espécie de amuleto, e como não quero propriamente sentir-me na Santa Maria Adelaide, deixei de lado a ideia de tapar tudo com fotos e vou hoje (vou tentar que ainda seja hoje) procurar uns daqueles autocolantes decorativos, que se me taparem os furos de uma das paredes já podem ser eleitos os melhores amigos da decoração clean.

Clic off

Ai que desgraçado sou, ai que triste sina, ai que horrível condição!

Coisas que me tiram do sério

Passar horas às voltas na cama, cheia de sono, a querer dormir, a precisar de dormir, mas sem conseguir pregar olho. Hoje foi assim. Mais ou menos até às sete. Quase desesperada, ponderei levantar-me e ir trabalhar para a sala, mas doía-me a cabeça, as costas, tudo. E o sono sem vir. Os olhos pesados. O sono sem vir. A última vez que olhei para o relógio eram 6.22. Acordei às 9.00, que é uma hora um bocado burguesa para se acordar num dia de trabalho, mas, ainda assim, estou que parece que me passou um TIR por cima.

terça-feira, 9 de março de 2010

Mal parados

Estou a ver a reportagem da Delphi e a agradecer nunca ter conhecido esse monstro chamado desemprego...

Verdades e assim assim

Tenho tantas dores de costas que só me apetece deitar na banheira com água a ferver (nem no verão suporto menos que muitos graus) e não sair de lá tão cedo.

São Miguel

Fico mais dois dias.
Quem sabe se não volto às lagoas...
Além disso, vou estar instalada em frente ao mar... e só isso já me cheira a férias...

Sol




Pois...

Fui ver mais casas*.
Vi uma com um terraço lindo. Enorme. Maravilhoso. Mas para onde davam as varandas de todas as outras... Ou seja, a malta até podia pôr-se a bronzear ali, mas corria o risco de ver a sua carinha laroca estampada nas páginas de uma qualquer Vip ou Caras do subúrbio.
* Adorei quando me desmontou uma janela para eu ver que aquilo tinha não sei quantas folhas de isolamento. Também me ri quando sugeriu que me abraçasse a uma parede para ver a largura. Mas melhor, melhor, é quando acham que me aliciam com a conversa do "E vizinhos? Vizinhos, menina... só médicos, juízes, advogados, professores da universidade, arquitectos, engenheiros... um luxo!"

Uffa

Já passou mais um dia da gaja. Coisinha mais sem interesse.
Eu sei do significado histórico, tá?!
Mas acho uma fantochada aquilo em que transformaram o dia!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desabafo

Ainda bem que tenho inglês e me está a doer imenso o olho direito (aliás, estou a ficar aflita).
Não suportaria imaginar que podia apetecer-me ligar a TV num dos meus 4 canais e dar de caras com a Ana Vasconcelos.

Chamava-se ponte aérea. Começou há um ano. Acabou no calor de Julho.

The Oscars

O mais detestado


e o (apesar de tudo) mais gostado de todos.

A Émoi respondeu-me.
Estou a fazer contas...

Há quem diga

Por mais que pareça loucura o seu sonho, deixe o destino avaliar isso.

By Vera

domingo, 7 de março de 2010

Desencontro

Disse-me baixinho:
— Meu amor, olha-me nos olhos.
Ralhei-lhe, duramente, e disse-lhe:
— Vai-te embora.
Mas ele não foi.
Chegou ao pé de mim e agarrou-me as mãos...
Eu disse-lhe:
— Deixa-me.
Mas ele não deixou.

Encostou a cara ao meu ouvido.
Afastei-me um pouco,
fiquei a olhá-lo e disse-lhe:
— Não tens vergonha? Nem se moveu.
Os seus lábios roçaram a minha face.
Estremeci e disse-lhe:
— Como te atreves?
Mas ele não se envergonhou.

Prendeu-me uma flor no cabelo.
Eu disse-lhe:
— É inútil.
Mas ele não fez caso.
Tirou-me a grinalda do pescoço
e abalou.
Continuo a chorar,
e pergunto ao meu coração:
Porque é que ele não volta?

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões

Cá por casa




Revelações

Ontem fiz sopa. Estou bastante orgulhosa de mim.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Verdades e assim assim

Gosto mais de sashimi do que de sushi.
Ainda tenho muito que treinar com os pauzinhos.
Trouxe um kit para casa para treinar nas horas vagas (quando?!).

Fama

A minha avó faz anos. Não estava nada programado. À última hora combinam juntar-se para lhe cantar os parabéns. Eu ligo porque estou em Coimbra. A tia mais nova atende e depois do "Olá querida" sai-lhe o "Quem fica a namorar não pode vir comemorar".
Eu acrescento que é só fama. Ela pede-me que empreenda mais esforços pelo proveito. Dou-me por satisfeita no "Ora toma que já almoçaste" e calo-me caladinha.
Que fique claro que me levantei, comi uma torrada e bebi um copo de leite, fiz mais um bocadinho do relatório que tenho de apresentar em Abril e depois li um bocadinho sobre cláusulas contratuais gerais, tomei banho, vesti-me, fui almoçar com uma amiga à Baixa, fui para uma reunião, saí da reunião, fui para o doutoramento, saí do doutoramento, levei uma colega à estação para ela não se molhar, fui jantar com a C. e o marido ao Japonês, vim para casa, pus roupa a lavar. Expliquem-me quando é que eu namorei?! A sério... eu não mereço!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ti C. e a modernice das famílias

"Porque sou gente que nunca abalou a lembrança para famílias que não fossem com uma mãe e um pai e mais os filhos. Às vezes, sucedia finar-se alguém, ou fugir, ou assim, mas era mais raro. Agora não. E nem me oponho, filha. Que isto é lindo é se andar toda a gente a rir. Mas tu, eu sei que tu, tu, sinto mesmo, não tens sonho de filhos de toda a raça de pai. Pareces-me assim à cata do mesmo pai para toda a espécie de garoto. Tu, filha, acho eu, ainda queres que sejam todos de um amor para sempre."

Então, é assim...

De 21 a 27 de Março - Faial, Pico, São Jorge (estreia) - Trabalho e lazer.
De 21 a 25 de Abril - São Miguel (again) - Trabalho e lazer.
De 7 a 10 de Maio - Frankfurt e Luxemburgo (estreia) - Só lazer, mesmo, mesmo.
E com isto, meus amores, fico tapadinha no doutoramento. Nem mais uma falta para contar a história. Deus me ajude!

Casas

Fui ver uma casa jolie!
Tão jolie como cara!

Falsas promessas

Hoje, ia eu na minha vida, muito bem instalada na minha viatura e ao som da Mercedes, quando um batuque assustador começa a impedir-me de gozar o meu som. O batuque era daqueles do tunning, ou lá como se chama aquilo. E ficava cada vez mais próximo, cada vez mais próximo, cada vez mais próximo. Eu quase já me aninhava debaixo de volante, sem saber se acelerava ou travava, com medo do avião, quando... a miniatura passa por mim. Tipo zundap... mas em quatro rodas. Portanto, pensei, a montanha pariu um rato. Olho para o lado enquanto dou passagem ao "gigante" e percebo que lá dentro, ao "guiador", ia um musculado exemplar da espécie dos men. E dou por mim a imaginar que, a avaliar pela promessa do carro, se me passasse pela cabecinha parar o man num semáforo, chegar-lhe ao vidro e pregar-lhe um susto com um valente "buh", o máximo que dali viria seria um gritinho histérico.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Que fique claro

Não tomo decisões por serem cómodas.
Mudava a vida amanhã.
Bastava que valesse a pena.

Verdades e assim assim

O meu amor não morre. Às vezes amua, só isso.

MMG

MMG no parlamento. E eu a ouvir na televisão. E eu sem palavras. E calo-me.

Wishlist


E esta também...

ÉMOI, modelo Êxtase.

Wishlist


Vou explicar-vos uma coisa. Eu não gosto dela. Eu amo-a. É linda!!!
ÉMOI, modelo Desejo.

terça-feira, 2 de março de 2010

É oficial!

Os scones da Almedina do Estádio conseguem ser melhores que os do Moinho Velho.
Ou então é do estado de espírito.
Ou da compota de laranja.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Verdades e assim assim

As decisões mais difíceis são as que tens de tomar sozinha quando mudava tudo se estivesses de companhia.