tag:blogger.com,1999:blog-48803806259460423402024-02-19T16:19:01.038+00:00Por aqui passei euUnknownnoreply@blogger.comBlogger5775125tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-32127613064585455042018-12-01T09:36:00.002+00:002018-12-01T09:40:24.668+00:00do SER mãe<div style="text-align: justify;">
Gosto de banhos longos. Gosto de unhas pintadas. Gosto de pequenos almoços demorados. Gosto de silêncio. Gosto de trabalhar nas minhas coisas. Gosto de casas arrumadas. Gosto de ler. Gosto de jantar fora quando me apetece. Gosto de estar com os amigos muitas vezes. Gosto de ficar deitada no sofá. Gosto de massagens. Gosto de brincos compridos. Gosto de sair de casa. Gosto de não me preocupar. Gosto de ficar em casa a fazer coisa nenhuma. Gosto de ver filmes até ao fim. Gosto de acompanhar séries. Gosto de ter o cabelo esticadinho. Gosto de me maquilhar de vez em quando. Gosto de jantar porcarias ao domingo. Gosto de dormir a sesta ao sábado. Gosto de óculos limpinhos. Gosto de fazer compras no Natal. Gosto de receber. Gosto de tomar café com dois dedos de conversa. Gosto de visitar. Gosto de falar ao telefone com uma amiga durante uma hora. Gosto de depilação em dia. Gosto de ter preguiça. Gosto de viajar. Gosto de escolher roupa com calma. Gosto de ter horários. Gosto de fugir da rotina. Gosto de saber que, se quiser, também posso ter rotina. Gosto de ir à casa de banho quando tenho vontade. Gosto de distinguir os dias da semana dos outros. Gosto de ir ao supermercado a vagar. Gosto de arejar a casa quando está frio. Gosto de dormir. Gosto muito, muito, muito de dormir. Gosto que me digam: agora descansa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou mãe.</div>
<div style="text-align: justify;">
O F. faz 20 meses terça feira. A M. faz 2 na semana seguinte. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não sou ama, não sou educadora, não sou avó, não sou amiga, não sou tia, não sou uma ajuda. Nem sequer sou pai. Sou mãe. O melhor do Mundo e aquelas faltas todas no mesmo dia. Todos os dias. E é isto.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-63855070644965621692018-10-26T12:03:00.000+01:002018-10-26T12:03:37.286+01:0013/10/2018Só podia ser Maria!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-33133215887528505462018-09-17T13:37:00.000+01:002018-09-17T13:40:12.006+01:00Malas prontas<div style="text-align: justify;">
Estamos de malas prontas. A torcer para que não sejam precisas pelo menos nas próximas três (vá, quatro) semanas. Ainda não tirámos as fotografias da praxe, grávidas e com o filho a dar beijinho na barriga e coisas dessas. Não sabemos quando teremos oportunidade de o fazer. Temos tido contrações. A dor ciática voltou. Andamos a passo e a gemer. Tudo nos custa, até dormir. Começamos amanhã uma maratona de aulas (em que damos as que era suposto e antecipamos algumas por conta da licença de maternidade) e arguições de mestrados. Vamos passar a dormir fora uma vez por semana, sozinhas, a cento e alguns quilómetros de casa. Haverá aulas ao sábado, também. Temos a nossa Lúcia de férias até ao final de Setembro. As camas, no entanto, não se fazem sozinhas, o chão não se limpa, a louça não se arruma, as casas de banho não se lavam, enfim... Pequeno F. começou a andar. Ainda não passou dia nenhum, desde essa altura, sem cair. Pede colo. E está pesado. Há muitas, mesmo muitas, ocasiões em que o único colo por perto é o nosso. Não há mais ninguém em casa. Tenho dias em que me sinto a super mulher. Noutros acho só que devo pouco à inteligência. </div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-62422200808352168362018-09-07T23:39:00.000+01:002018-09-07T23:40:41.825+01:00Etiqueta da visita<div style="text-align: justify;">
Desde que fui mãe, a minha regra de ouro é NUNCA visitar uma grávida em fim de tempo ou uma recém mamã sem ser convidada. Deixei de visitar as pessoas no primeiro mês de vida dos filhos. Passou a ser uma falta de educação para mim. Abro uma excepção, lá está, se a mãe me convidar. A mãe. Não é o pai, nem a sogra, nem a prima, nem o piriquito, que sabem tanto de como se sente a mãe como eu sei sobre o fim do mundo. Se a mãe não me chama, eu não vou. Se a mãe for muito, mas muito, mas muito, mesmo muito, muito íntima, visito-a na maternidade. Se não, envio uma mensagem "Amiga, estou à distância de um telefonema. Dispõe para o que precisares. Sei que os primeiros tempos não são fáceis e precisam todos de se adaptar, aí em casa, ao bebé. Beijinhos grandes. Custa um bocado, mas vais ver que é o melhor do Mundo."</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-3118082646488917742018-09-07T23:04:00.001+01:002018-09-07T23:04:25.392+01:00Amor é<div style="text-align: justify;">
organizar a roupa de uma pessoa. Pensar nas calças que ficam melhor com aquela camisa ou se é melhor manga curta ou comprida. Tirando a minha mãe, e só quando era mais pequena, nunca tive ninguém que me fizesse isso. Nem quero. Mas se isto é o tipo de coisa que as mães fazem, como é que alguém pode duvidar que seja amor?!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-11268571723134000612018-09-07T13:24:00.001+01:002018-09-07T23:02:02.515+01:00Desabafos<div style="text-align: justify;">
Hei-de criar um blog absolutamente anónimo, penso para mim tantas e tantas vezes. Um daqueles em que quem escreve não é (re)conhecido por ninguém que lê. Um daqueles em que se pode dizer tudo e mais um par de botas sem delicadezas. Um daqueles em que até os desabafos mais insuspeitos têm lugar. Se já me calo por meia dúzia de pessoas, imagino quem tem blogs públicos. Aquilo há-de cumprir, que cumpre, uma missão importante de entretenimento, quer para quem escreve, quer para quem lê, mas, quanto mais público, menos fiel ao que se passa no dia a dia das pessoas. Parece-me a mim. Não vão aborrecer os seguidores e assustar as marcas com desabafos cinzentos, às vezes negros, dos dias piores, daqueles em que já não se pode ver ninguém e a vontade é mandar meio mundo à merda. Há dias desses. No meu caso, tenho alguns. Ando numa fase em que são frequentes. Estou cansada que me perguntem pela barriga e se esqueçam que tenho um filho que também é bebé. Estou cansada que opinem sobre a retenção de líquidos que faz os meus pés incharem e parecerem balões. Estou cansada que se imponham, em presença, numa fase em que quero é paz e sossego. Estou saturada de gente que acha que estar grávida é igual a ter um ligeiro desconforto. Fico tristíssima quando a ideia parte de quem tinha obrigação de saber que estar grávida dói. Que estar grávida no verão e a pegar num filho de 12 quilos dói mesmo para caralho (nunca escrevi esta palavra, mas aqui assenta que nem uma luva), que virar na cama implica sentir que a anca se vai desconjuntar a qualquer momento e que calçar sapatos, enfiar as cuecas, lavar a cabeça ou apertar os fechos de trás de vestidos são tarefas que implicam algum suor para serem executadas. Estou mesmo cansada de quem não ajuda. De quem pede compreensão e se esquece que está a falar para uma pessoa a semanas (quem sabe dias) de parir. Estou tão triste com quem pede doçura e não é doce. </div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-6171098422108455402018-07-10T15:34:00.000+01:002018-07-10T15:37:12.546+01:00Andamos a viver a vida fora daqui... mas ainda por aqui passamos: a novidade!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGc-s1qz-sawlb9XiDW77iBVN6MMWsLDAus9KPD4-EKs1om5FgqWBcgN4nlXtKEBQzv4EYU2HKjwFVh2a8aFaR24FeIfo19PKogMnyMyQGvQRvSXIdcyJqzsK_6owS0ddnBXVxtisQ65o/s1600/36416122_1648358045261375_4656449915637989376_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGc-s1qz-sawlb9XiDW77iBVN6MMWsLDAus9KPD4-EKs1om5FgqWBcgN4nlXtKEBQzv4EYU2HKjwFVh2a8aFaR24FeIfo19PKogMnyMyQGvQRvSXIdcyJqzsK_6owS0ddnBXVxtisQ65o/s640/36416122_1648358045261375_4656449915637989376_n.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
A Maria deverá nascer em Outubro. Exactamente 18 meses depois do irmão. Eu mantenho dois empregos. Durante alguns meses, três. O pai continua a ter escritório a 100 km de casa. Não dormimos uma noite decente desde que fomos pais. Quando o nosso filho acorda três vezes numa noite, para nós, isso é uma noite boa! Dizem que é loucura. A verdade é que, pelo menos de manhã, mantemos o plano de ir ao 3.º em breve. À noite, às vezes, questionamos o plano. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-26149426936042477622018-06-19T22:37:00.000+01:002018-06-19T22:37:08.347+01:00É isto!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCqtzFzT1dkWR34D_-f8_7F4brqnJgcFlKT-weilI17iSxS_IW3-N0Z5l2Hk5v4hj5zMLtJRBaYFhARDEpdJG7LiTkJl04-wi5PIS9o1kyGRK0reh84XQ5pvGT05Pceeb3IYNsmfqfvVk/s1600/35686839_10216136490625695_1111837689994280960_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCqtzFzT1dkWR34D_-f8_7F4brqnJgcFlKT-weilI17iSxS_IW3-N0Z5l2Hk5v4hj5zMLtJRBaYFhARDEpdJG7LiTkJl04-wi5PIS9o1kyGRK0reh84XQ5pvGT05Pceeb3IYNsmfqfvVk/s320/35686839_10216136490625695_1111837689994280960_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-65013410988670665982018-06-15T11:59:00.004+01:002018-06-15T11:59:38.437+01:00Acreditem se puderemEstou a vigiar uma prova numa das mais conceituadas universidades do país. Um aluno acaba de se dirigir à minha secretária e proferir exactamente estas palavras: "Eu preciso de mijar! Como é que faço?"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-6129535989460966292018-02-19T15:28:00.001+00:002018-02-19T15:28:09.945+00:00Riocom Fraga?!<div>
<br /></div>
<div>
Não alcanço!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-35749572076666036602018-02-19T15:25:00.001+00:002018-02-19T15:26:36.241+00:00XAU<div style="text-align: justify;">
O meu filho aprendeu a dizer adeus. Para abanar, dengoso, a mão direita, basta que lhe digam "Diz xau". É tão automático que a palavra "xau" desencadeia nele uma reacção imediata. O pai adora o facto de se perceber que o F. está cada vez mais comunicativo, já percebe o que lhe dizemos e procura agradar. No outro dia, ao jantar, comentava comigo como ficava embevecido quando o pequenino acenava o x-a-u. E disse assim, letra por letra e baixinho. Eu, em piloto automático depois de dois meses de exames e orais em três empregos diferentes, não percebi. x-a-u? O que é isso? E ele: junta as letras, mulher. Eu: ah, xau. E foi ver o meu filho numa sessão de adeus enquanto, boquiaberto, não via ninguém sair. Não se pode dizer xau. Só x-a-u. A bem das articulações da minha cria.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-28056428756202947892018-02-19T15:18:00.000+00:002018-02-19T15:18:12.196+00:00Lá por casa #1<div style="text-align: justify;">
Eu: Arranjas a torneira da cozinha? </div>
<div style="text-align: justify;">
Ele: Hoje não. É domingo, dia de descanso (fartamo-nos de trabalhar a domingos, mas não lhe veio mais nada à cabeça!).</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu: Então quando?</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele: Amanhã?</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu: Já na semana passada disseste isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele: É para tu veres que eu não sou uma pessoa que um dia diz uma coisa e outro dia diz outra.</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-31095202981089158982018-01-22T22:35:00.001+00:002018-01-22T22:35:25.750+00:009 anos de bloge a secreta esperança de uma avassaladora vontade de voltar em breve.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-34221120713500759092017-10-17T23:30:00.001+01:002017-10-17T23:30:16.353+01:00Marcelo<div style="text-align: justify;">
deu um murro na mesa e deixou claro que está tão cansado disto como nós. Vamos ver se a força que o cargo lhe confere e a legitimidade de uma eleição sem espinhas lhe custam medidas tão urgentes como polémicas. Aguardo.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-67161236811185190692017-10-17T12:28:00.001+01:002017-10-17T12:28:18.718+01:00Nunca mais<div style="text-align: justify;">
dormiu um noite inteira. Como quem carrega uma parte do peso do Mundo. Não lhe era possível morrer, ou fugir. Era um castigo ficar. E tinha de ser. Sabia pouco e de quase nada. Dava ares de estúpido, mas acenava. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-70888135998413074832017-10-17T12:21:00.001+01:002017-10-17T12:21:18.131+01:00Do negro<div style="text-align: justify;">
As terças são os meus dias de Porto. Saio cedo, deixo o meu filho na creche e rumo ao Norte. Faço sempre o mesmo caminho e demoro sempre mais ou menos uma hora. Menos hoje. Hoje vim devagar, quase parando, na faixa dos camiões e ultrapassada por eles. Esmagada por quilómetros sem fim de um fumo denso e as silhuetas negras de árvores que ladeiam o meu caminho. Não há, para quem segue pela A1, na zona de Aveiro, um palmo de verde que se aviste. É tudo fim. É tudo passado. Há rescaldos feitos à pressa e fábricas no chão como um baralho de cartas que é tomado pelo vento. Inteirinhas. Dos Armazéns Reis, compradores sobejamente conhecidos da marca Moviflor, resta a memória e um entulho que ainda não houve tempo de apanhar. Não sobra nada a não ser um caminho para a frente, a sós, resilientes como nos mandam. Não há desculpa. Não quero saber quem sai ou quem entra porque, por mim, podem todos morrer longe enquanto nos gozarem com a lata displicente de quem se sente acima do abismo. Vão à merda com os relatórios e os estudos e as Comissões e os independentes e o raio que vos parta. É estrutural, porra. É de fundo, estúpidos. Falha sempre tudo, inevitavelmente, quando o adversário se chama incêndio. Não vale a pena arranjar desculpas. Há escolhas a fazer: queremos uma indústria que factura à custa disto ou queremos uma floresta? Escolham: o lobby das celuloses ou a vida das pessoas? Decidam, antas. Mas não nos continuem a enganar. É o lobby das celuloses? É? Muito bem. Assim faz sentido mandarem-nos ser resilientes e proactivos, cagarem de alto nos números de área ardida e nas lesões respiratórias provocadas por um ar carregado de cinza, passarem por cima da quantidade de cadáveres que vos deviam pesar na consciência e preocuparem-se com as férias. Pronto. É assim, não é? Muito bem. Mas, então, não esperem nada mais de nós senão ódio visceral, revolta de entranhas e uma mensagem pública de que somos governados por anedotas travestidas de gente. Tenho vergonha alheia por cada um de vós, gente pequenina. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-40893168240270318572017-10-08T01:36:00.002+01:002017-10-08T01:36:42.343+01:00CrecheChorei baba e ranho da primeira vez que o lá deixei.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-63230029510409462142017-09-20T19:33:00.003+01:002017-09-20T19:34:33.021+01:00A parte chata do trabalhoVoltar a lidar com cabras que não são do monte!Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-79990785757028294792017-09-19T17:26:00.001+01:002017-09-19T17:26:08.230+01:00Apetece-me, sei lá!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdmqNbqeRFrmfsHwViklnGDziUgaoyaEMgz2TOGfI2j57YG0o1_q98pRTPX2YDacBq10W4ATPQT7BpGEHXUSlpCGdilDR42VrA4RqRHVUfKAHHsYct80Uv3Y8-RgYXw883dYkWTv8409Y/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="357" data-original-width="500" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdmqNbqeRFrmfsHwViklnGDziUgaoyaEMgz2TOGfI2j57YG0o1_q98pRTPX2YDacBq10W4ATPQT7BpGEHXUSlpCGdilDR42VrA4RqRHVUfKAHHsYct80Uv3Y8-RgYXw883dYkWTv8409Y/s640/large.jpg" width="640" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-13535565914383418872017-09-19T17:10:00.000+01:002017-09-19T17:10:19.151+01:00Regresso agora<div style="text-align: justify;">
Regresso agora, com um filho com menos de seis meses e três empregos. Não hesitei muito. As ofertas eram boas e era tudo gente decente. O meu marido e os meus pais garantiram que seguravam as pontas e toda eu reclamava por voltar ao trabalho. Adorei poder ver a primeira gargalhada do meu filho, conhecer-lhe de cor as curvinhas do pescoço ou antecipar o olhar maroto de quem acha o cabelo da mãe o mais atractivo dos brinquedos. Foi e é delicioso vê-lo acordar SEMPRE bem disposto depois de noites cada vez melhor dormidas ou chapinhar no banho porque encara aquilo como um spa para bebés. Mas a minha vida, mais tempo, reduzida a fraldas, leitinhos, consultas, sestas e uma horrível sensação de que o mundo está a correr lá fora e eu já nem sei qual é a notícia de abertura do telejornal, estava a dar comigo em doida. Há-de ser difícil para os pais sair todos os dias. O meu marido havia dias em que jurava que o nosso filho mudava de feições de manhã até à noite. Mas não deixa de custar ficar. Ver toda a gente chegar, até ajudar, mas depois ir. E sermos sempre, SEMPRE, nós a ficar. Ir trabalhar não deixa de ser um momento de gente grande, em que se pode tomar um café sem a preocupação de não fazer barulho porque a birra pode voltar, agora que, ao fim de três horas, conseguimos adormecer o pequenito. Ir trabalhar significa poder fazer uma viagem sem ninguém em esforço para sair do ovo, aos pontapés aos brinquedos. Ir trabalhar significa poder usar a hora de almoço para responder a mails, ir ao supermercado ou até, pasmem, ver montras. Até ver, não me sinto nada culpada por sentir tudo isto. Nada disto diminui o amor que tenho pelo meu filho. Mas é uma mãe equilibrista a que lhe está destinada. Preciso de saber que o meu filho está bem entregue. E sei que está. A partir daí, deixai-me ir. Estou cansada de só ver gente a sair e de eu ter SEMPRE de ficar. Sei que não vai ser fácil, mas quero muito que corra bem. São três empregos e um filho. É uma vontade grande de lhe dar irmãos não tarda. E um futuro todo à nossa frente. Escreva-se. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-85954998744338598862017-07-03T15:44:00.000+01:002017-07-03T15:45:10.304+01:00Três meses de filho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTlFMhP_7j_8C8H3bkIO5thbAxrlT4gXu95LrdK29Cv-bEdhhOQn1A24j-I7GTWqZ1mlCAm-nN-r8pFAD7JmY23lCpd9Z5l3DuM150AnQe9QNgkV5uORBiHIOv4KMlfUdNnhJnO-_iKhY/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="522" data-original-width="400" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTlFMhP_7j_8C8H3bkIO5thbAxrlT4gXu95LrdK29Cv-bEdhhOQn1A24j-I7GTWqZ1mlCAm-nN-r8pFAD7JmY23lCpd9Z5l3DuM150AnQe9QNgkV5uORBiHIOv4KMlfUdNnhJnO-_iKhY/s640/large.jpg" width="490" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><span style="color: #073763;"><b>E o coração a agigantar-se em amor todos os dias.</b></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-89274669616341372782017-06-20T17:14:00.001+01:002017-06-20T17:14:21.056+01:00Do horror<div style="text-align: justify;">
Escolho não usar nenhuma das muitas imagens que já todos gravámos na memória e na retina. Escolho também não falar dos números que já todos tememos, tantas vezes, não estarem fechados. Escolho ainda não apelar à ajuda que cabe à consciência de cada um ponderar. Escolho, finalmente, não apontar o dedo a ninguém. Sobra-me uma palavra sobre uma Ministra que não arredou pé, um Secretário de Estado exausto e um sem número de operacionais, essencialmente bombeiros, que dão o peito às balas por um país e um povo. Força. E outra, a última, para o que resta dos vivos desta tragédia de Pedrógão Grande e arredores. Há que enterrar os mortos e seguir em frente, dizem. Não sei como, nem quando, nem onde. Sei que terá de ser assim. E que é tão injusto que parece mentira.</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-62752163714419627632017-05-31T20:23:00.000+01:002017-05-31T20:23:40.594+01:00Maio<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3wDwNzsAuLpjbSyh_IOPv1438ZzrlgfPsjncUEnr3-J7lOYXbkGfOqgrQd5_r4zkjbJH1F9jcmXjXp2hA2NJEBgyVvLbmPrc_1afoIfTTX_abfUZHW_Kcrenr32KkaT-19jLrZMosC7g/s1600/IMG_4057.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3wDwNzsAuLpjbSyh_IOPv1438ZzrlgfPsjncUEnr3-J7lOYXbkGfOqgrQd5_r4zkjbJH1F9jcmXjXp2hA2NJEBgyVvLbmPrc_1afoIfTTX_abfUZHW_Kcrenr32KkaT-19jLrZMosC7g/s640/IMG_4057.jpg" width="480" /></a></div>
<br />
Gosto mesmo de Francisco. Já o vi ao vivo em Roma e acredito que não é por acaso que pede sempre que rezemos por ele. Escolheu um nome que me diz muito e que também escolhi para o meu filho. Por isso, ter Francisco em Fátima só pode ter sido, para quem lá esteve, um momento tão único como os momentos mágicos, de tão raros, que há na vida.<br />
Gosto muito da música "Amar pelos dois" e muito antes de eu ouvir falar no Salvador já o meu filho adormecia ao som da voz da Luísa Sobral quando canta o Senhor Vinho. Há um qualquer fascínio do meu filho pela voz da Luísa e, especialmente, por esta música.<br />
Maio estava a ser um mês generoso.<br />
Depois o meu filho adoeceu pela primeira vez. Disseram-me que tinha de ser internado imediatamente, picaram-lhe os bracinhos pequeninos e enfiaram-lhe um cateter na mãozinha que só estava habituada a beijos e mimos. O meu filho esteve enfiado num tubo para fazer um exame e ficou com uma nódoa negra no pescoço porque tiveram de lhe tirar sangue da jugular. Vi tudo. Vimos tudo. Eu e o pai. Segurei-o para o aspirarem e passei horas a garantir que a máscara do oxigénio estava no sítio. Dormi uma semana sentada num cadeirão do Pediátrico. Conheci mães que vivem no hospital, que vão a casa a cada três ou quatro ou seis meses. Não fiz amigos, mas o meu coração ficou um bocadinho com cada um dos miúdos que conheci e que, caramba, estava tão pior que o meu filho... quando o meu filho, com seis semanas, já não estava nada bem. Pedi aos amigos que rezassem e que, se não soubessem rezar, se pusessem a torcer por nós. Vi a nossa família mobilizada porque o seu <i>mainovo</i> estava ali. Contei, mais uma vez, com um marido que, teimoso, me mandou dormir uma noite, tomar um banho decente e ganhar, assim, força para mais uns dias. Nunca tinha estado internada. Passei uma semana na maternidade porque tive o meu filho e passei uma semana no Pediátrico a acompanhar o meu filho. Ter um filho está a fazer de mim muitas coisas. Uma delas é esta - SER mãe. Antes e acima de qualquer outra coisa. Maio foi, apesar de tudo, um mês bom. Estamos em casa. Estamos bem. Estamos todos. <span id="goog_357467629"></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-867759399172447382017-05-05T12:40:00.002+01:002017-05-05T12:41:24.525+01:00E o terço, caramba?!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwk4_M1JrcJGevI2Kj2i0aueMAGT2uf0rBE1bQzuSKmDmz4j2uBK0bMljkKuFA47599lM98nhriak3U9YxvEYHhJz5hRdcLesmHdaHU8KV4nc5i8nMMO8HC8i0NHrYkXjEzLo_6IEhaHM/s1600/IMG_4452.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwk4_M1JrcJGevI2Kj2i0aueMAGT2uf0rBE1bQzuSKmDmz4j2uBK0bMljkKuFA47599lM98nhriak3U9YxvEYHhJz5hRdcLesmHdaHU8KV4nc5i8nMMO8HC8i0NHrYkXjEzLo_6IEhaHM/s640/IMG_4452.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEC2rk_TKCdvIWDM7a-cOzrILKXcFjS8l79KU6fQBWC3uCxSBKus1S5I5ccw5LR8SOX93S9nRG-7jS9JONvHsRjxSttmuGhX43kj8mmulYwPQcjdCG9QEfAIO3JoW0gxuGm4o0J03l6CA/s1600/Convento-daPenha-1-754x394.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEC2rk_TKCdvIWDM7a-cOzrILKXcFjS8l79KU6fQBWC3uCxSBKus1S5I5ccw5LR8SOX93S9nRG-7jS9JONvHsRjxSttmuGhX43kj8mmulYwPQcjdCG9QEfAIO3JoW0gxuGm4o0J03l6CA/s640/Convento-daPenha-1-754x394.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A Joana Vasconcelos criou um terço para a comemoração do centenário das aparições. O terço é, na minha modesta opinião, uma ode ao mau gosto, suspenso ali numas coisas, a despropósito. Veio entretanto a público a notícia de que o terço gigante não seria inédito e que numa localidade brasileira o que mais se conhece são terços gigantes pendurados entre dois paus ou coisa que o valha. Caiu o Carmo e a Trindade. Entre acusações de plágio e uma defesa esfarrapada da artista, a coisa tem tudo para marcar a obra pela negativa. Ora bem, eu já fui ver coisas da Joana Vasconcelos e gostei. Lembro-me do sapato com panelas, por exemplo, do bule de ferro forjado ou do piano de meia cauda em croché e até, de certa maneira, do candelabro de tampões. Mas este terço é muito mau. E vem depois daquelas tiradas poéticas sobre o que a Joana levaria na mochila se fosse uma refugiada e em que a artista referiu as jóias e os cadernos e os lápis de cor... A Joana tem, numa linguagem que usamos cá por casa, virado um bocado à esquerda. Ultimamente, tem sido cada cavadela sua minhoca. O terço, enfim, vem por acréscimo. O discurso dela em Fátima é, então, a cereja no topo do bolo. E assim deixa de se apreciar uma artista. É uma pena. Passou-se. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4880380625946042340.post-21081155200164127992017-05-05T11:50:00.003+01:002017-05-05T11:50:26.174+01:00Le PenUma pena se ganha!Unknownnoreply@blogger.com0