Ou melhor, no caso, só do choque!
Ao que parece, o acórdão mais mediático dos últimos tempos não pôde ser entregue por uma incapacidade do sistema para eliminar as alterações e comentários sucessivamente introduzidos no documento. Aqui há meses, tive a ingrata tarefa de partilhar a correcção de um texto com alguém que nunca ouvira falar na função "introduzir alterações" e que, à custa disso, me enviava intermináveis e-mails onde podia ler-se:
na pág. x, parágrafo y, linha z, penso que seria melhor trocar instaura por propõe;
na pág. m, parágrafo s, linha p, falta um acento;
na pág. h, parágrafo k, linha b, eu tirava a terceira vírgula;
and so on...
Ora, pessoas, foram noitadas a introduzir as preciosas dicas. E sim, da primeira vez que me chegou um e-mail à conta, eu telefonei e expliquei... Mas não resolveu. Argumento: questão de hábito!!! E, portanto, desde esse dia que eu tenho pavor de gente que imprime os documentos para os corrigir e faz listas de tarefas dirigidas a terceiros em vez de introduzir cada proposta directamente no sítio. Mas agora, com isto do acórdão de que se fala, já nem sei o que diga... E se, às vezes, não era melhor a máquina de escrever e a letra branca que apagava o erro. Ou as letras decalcáveis. Ou as daquelas réguas amarelas que tinham furos com os desenhos das letras, dos números e dos símbolos. Ou, simplesmente, o belo de um manuscrito. Mas não... nem isso. Não sou uma fanática da informática. Aliás, sou uma infoexcluída quase integral. Ainda assim, quanto a este episódio particular, nada de mais certeiro me ocorre ventilar que o famoso ditado de que "pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita"! Tenho dito. E sou livre.
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