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sábado, 1 de dezembro de 2018

do SER mãe

Gosto de banhos longos. Gosto de unhas pintadas. Gosto de pequenos almoços demorados. Gosto de silêncio. Gosto de trabalhar nas minhas coisas. Gosto de casas arrumadas. Gosto de ler. Gosto de jantar fora quando me apetece. Gosto de estar com os amigos muitas vezes. Gosto de ficar deitada no sofá. Gosto de massagens. Gosto de brincos compridos. Gosto de sair de casa. Gosto de não me preocupar. Gosto de ficar em casa a fazer coisa nenhuma. Gosto de ver filmes até ao fim. Gosto de acompanhar séries. Gosto de ter o cabelo esticadinho. Gosto de me maquilhar de vez em quando. Gosto de jantar porcarias ao domingo. Gosto de dormir a sesta ao sábado. Gosto de óculos limpinhos. Gosto de fazer compras no Natal. Gosto de receber. Gosto de tomar café com dois dedos de conversa. Gosto de visitar. Gosto de falar ao telefone com uma amiga durante uma hora. Gosto de depilação em dia. Gosto de ter preguiça. Gosto de viajar. Gosto de escolher roupa com calma. Gosto de ter horários. Gosto de fugir da rotina. Gosto de saber que, se quiser, também posso ter rotina. Gosto de ir à casa de banho quando tenho vontade. Gosto de distinguir os dias da semana dos outros. Gosto de ir ao supermercado a vagar. Gosto de arejar a casa quando está frio. Gosto de dormir. Gosto muito, muito, muito de dormir. Gosto que me digam: agora descansa.

Sou mãe.
O F. faz 20 meses terça feira. A M. faz 2 na semana seguinte. 
Não sou ama, não sou educadora, não sou avó, não sou amiga, não sou tia, não sou uma ajuda. Nem sequer sou pai. Sou mãe. O melhor do Mundo e aquelas faltas todas no mesmo dia. Todos os dias.  E é isto.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

13/10/2018

Só podia ser Maria!

terça-feira, 10 de julho de 2018

Andamos a viver a vida fora daqui... mas ainda por aqui passamos: a novidade!


A Maria deverá nascer em Outubro. Exactamente 18 meses depois do irmão. Eu mantenho dois empregos. Durante alguns meses, três. O pai continua a ter escritório a 100 km de casa. Não dormimos uma noite decente desde que fomos pais. Quando o nosso filho acorda três vezes numa noite, para nós, isso é uma noite boa! Dizem que é loucura. A verdade é que, pelo menos de manhã, mantemos o plano de ir ao 3.º em breve. À noite, às vezes, questionamos o plano. 

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Maio


Gosto mesmo de Francisco. Já o vi ao vivo em Roma e acredito que não é por acaso que pede sempre que rezemos por ele. Escolheu um nome que me diz muito e que também escolhi para o meu filho. Por isso, ter Francisco em Fátima só pode ter sido, para quem lá esteve, um momento tão único como os momentos mágicos, de tão raros, que há na vida.
Gosto muito da música "Amar pelos dois" e muito antes de eu ouvir falar no Salvador já o meu filho adormecia ao som da voz da Luísa Sobral quando canta o Senhor Vinho. Há um qualquer fascínio do meu filho pela voz da Luísa e, especialmente, por esta música.
Maio estava a ser um mês generoso.
Depois o meu filho adoeceu pela primeira vez. Disseram-me que tinha de ser internado imediatamente, picaram-lhe os bracinhos pequeninos e enfiaram-lhe um cateter na mãozinha que só estava habituada a beijos e mimos. O meu filho esteve enfiado num tubo para fazer um exame e ficou com uma nódoa negra no pescoço porque tiveram de lhe tirar sangue da jugular. Vi tudo. Vimos tudo. Eu e o pai. Segurei-o para o aspirarem e passei horas a garantir que a máscara do oxigénio estava no sítio. Dormi uma semana sentada num cadeirão do Pediátrico. Conheci mães que vivem no hospital, que vão a casa a cada três ou quatro ou seis meses. Não fiz amigos, mas o meu coração ficou um bocadinho com cada um dos miúdos que conheci e que, caramba, estava tão pior que o meu filho... quando o meu filho, com seis semanas, já não estava nada bem. Pedi aos amigos que rezassem e que, se não soubessem rezar, se pusessem a torcer por nós. Vi a nossa família mobilizada porque o seu mainovo estava ali. Contei, mais uma vez, com um marido que, teimoso, me mandou dormir uma noite, tomar um banho decente e ganhar, assim, força para mais uns dias. Nunca tinha estado internada. Passei uma semana na maternidade porque tive o meu filho e passei uma semana no Pediátrico a acompanhar o meu filho. Ter um filho está a fazer de mim muitas coisas. Uma delas é esta - SER mãe. Antes e acima de qualquer outra coisa. Maio foi, apesar de tudo, um mês bom. Estamos em casa. Estamos bem. Estamos todos. 

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Hoje mais do que ontem e menos do que amanhã

Ninguém nos diz que o amor pelos filhos, aquele assim que é maior que o peito e não cabe cá dentro, não nasce no parto. Quando um filho nos nasce, há muito que nos nasceram já expectativas. Uma delas é a do "amor de mãe". Também eu a tinha, convicta desde o início que esse "amor de mãe" não seria maior, nunca por nunca ser, que o amor que tenho ao meu irmão. Tenho um irmão mais novo onze anos e dedico-lhe, desde que nasceu, o meu amor mais profundo e genuíno. Aquele amor desinteressado e que se espanta com o seu agigantar, esse amor, esse eu já o experimentava há 25 anos. Capaz de dar a vida por algumas pessoas, punha a cabeça na linha do comboio pelo meu irmão e sem hesitar. Criei com ele uma cumplicidade que ultrapassa as arrelias e que supera os silêncios. Somos, mais que irmãos, apaixonados um pelo outro. Acreditava, pois, que nada superaria isto. Que amores imensos eu conhecia já outros, pelos pais, pelo marido, enfim, mas que este "amor de mãe" era o que eu dava ao meu irmão e ponto final. Sucede que o meu filho nasceu e eu só o amei. Era capaz de por a cabeça na linha do comboio por ele, passei a primeira noite em claro a decorar-lhe as feições e descobri nele um perfume que transborda doçura, mas eu só o amava. O meu "amor de mãe" não era ainda um espanto a acontecer. Só os dias, a calma da vida a retomar o seu curso com um filho na bagagem, a paz do encontro que acontece sempre que ele acorda e reconhece o som da minha voz, só isso, assim, a vagar, me mostrou que o "amor de mãe" não nasce no parto. O "amor de mãe" não é nem maior, nem menor que os amores que eu já senti, assim desses que nos enchem a alma. O meu "amor de mãe", pelo menos o meu, é tão simplesmente uma coisa toda diferente. É amar na continuidade do amor que nos temos, como ritual de renovada esperança a cada momento. O meu "amor de mãe" sou eu e está fora de mim, transforma o que eu era e adivinha o que eu ainda não sou. O meu "amor de mãe" só faz amansar-me os dias e adoçar-me a vida. Hoje mais do que ontem e menos do que amanhã, o meu "amor de mãe" é um caminho à minha frente. O meu. Só nosso.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Pequeno F. de sua mãe

está enorme e saudável e mexido que se farta. Há momentos em que a minha barriga ganha formas tão complexas que temos dificuldade em perceber a posição em que o rapaz está. Temos uma dor ciática fininha quando passamos dias inteiros a corrigir exames e um peso maluco sempre que demoramos mais de uma hora nos intervalos dos chichis, mas, de resto, estamos finos. Já temos de usar vestidos de grávida e calças com encaixe, mas o resto continua a servir. Pequeno F. delira com dias de provas orais. Ainda não percebi se gosta de ouvir os meus alunos dissertar (mal) sobre penal ou se dá tantas voltas aqui dentro na esperança que eu entenda que só me quer dizer "Mãe, tira-me daqui...". É isto. Gostamos dos beijinhos do pai e do quentinho da mão grande que ele põe na nossa barriga sempre que quer sentir-nos. Besuntamo-nos com cremes, mas temos verdadeiras auto-estradas a ser construídas no meu tronco de mamã. É a vida. Estamos bem. Temos um bocado de sono, também, mas ainda temos muito que fazer antes de podermos ficar uns meses a namorar. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Baby Love #2


Baby Love


Alexandra Vieira, obrigada pelo mail tão simpático :) É isto mesmo. Derreto-me toda.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Do amor


Eu e o meu homem, pela talentosa Milla Camilla :)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ser tia

Fui tia. É verdade que não é meu sobrinho de sangue. É verdade que sobrinhos assim do coração já tenho outros. Mas hoje fui a tia que não conseguiu esperar para amanhã, que lhe pegou no colo quando ainda não tinha sete horas de vida, que se controlou lá, mas chorou depois, ao saber aquele bebé vestido com a roupa que lhe deu para vestir ao nascer. Sou a tia que para ali ficou a apreciar como tem umas mãos perfeitinhas, um nariz pequenino, uns olhos escuros, um queixo precioso e uma boca fofa de doer. E cabelo. Montes dele. Fui tia. É verdade que não é meu sobrinho de sangue, mas isso não me interessa nada porque desde que o conheci que estou apaixonada por ele. E se há pessoas que são como irmãs, ora então, os filhos delas só podem ser como sobrinhos. Fui tia, pessoas. T-I-A!!! Estou que nem posso.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Oh pááááá... que me dá uma coisinha!!!


Descoberto, deliciosamente, no blog da SMS.

sábado, 8 de junho de 2013

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Tic tac


Há muito tempo que não actualizo a etiqueta tic tac, mas este vídeo merece... E ontem vi roupas de praia para minuins e vocês sabem que isso é uma coisa que me mexe cá com o sistema :)))

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O meu pai

Cheguei a casa dos meus pais com a minha mãe, depois de ter estado na Festa de Natal dos alunos dela e, em cima da mesa, estava um livro daqueles de encaixes, com algarismos e adições. Perguntei o que era aquilo, uma vez que há muito que não há crianças cá por casa. A minha mãe mandou-me ler a etiqueta que o meu pai tinha escrito e colado no bendito livro. E pronto. Lê-se:


Para o meu primeiro neto.
Avô António


Explicação: o meu pai é a pessoa com cálculo mental mais rápido que eu conheço. ADORA números. E quer o bem dos netos, daí ter escolhido um livro de adições e não um de subtracções... parece-me. O meu pai quer netos. Anda ansioso por ser avô... A minha mãe tem dias em que não se atura porque quer comprar roupas de recém nascido.... 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Passou-me agora isto pela cabeça*

A casar-me, perfeito seria a 20 de Dezembro de 2014. Faria alta festa para também comemorar os 33, com sorte ainda podia gabar-me de, afinal, ter conseguido entregar uma tese a tempo, ainda estava em idade fértil, casava-me com frio e... podia ir de lua de mel para a Lapónia. 

Aceitam-me inscrições. 
É preciso querer ir de lua de mel para a Lapónia. E não ter por sonho usar um fato de tecido brilhante no casamento. 

*Tudo por causa do comentário da A. ao post de há pouco.

domingo, 11 de novembro de 2012

Essencialmente

O cheirinho dos bebés, do cabelo, da pele, das dobrinhas do pescoço e atrás das orelhas, se não é o melhor aroma do mundo... deve andar lá muito perto.

Como fazer uma tia sentir-se a caganeta de um cão zarolho e coxo

Fui a casa do melhor melhor amigo, numa corrida, entregar o livro de que precisava. Não entrei. Toquei à porta, dei um beijinho, entreguei o livro, combinei coisas para amanhã e vim embora. Estou dentro do elevador já com o dito a começar a descer e ouço o melhor melhor amigo gritar o meu nome. Chego à rua, toco à campainha novamente e pergunto-lhe porque me gritava quando estava a descer. O melhor melhor amigo avança, resoluto "O Kique perguntou quem era à porta e quando eu lhe disse que eras tu, soltou um suspiro fundo e disse "Mas a tia nem nos veio ver...". E fiquei a sentir-me a tia mais desnaturada do mundo. Pedi que me abrisse novamente a porta, chamei novamente o elevador, subi novamente os oito andares, toquei novamente à porta, entrei, dei abracinho e pedi desculpas, desculpas, desculpas. O Kique e a mana, frios como nunca. E mais xis e beijinhos e desculpas e pressas. A mãe pergunta-lhes o que têm. O Kique acrescenta que continua "um bocadinho aborrecido com a tia". Depois, a custo, lá me deu um beijinho e um xi, ambos pequenitos. A mana foi menos peremptória. Desculpou-me com outras facilidades. Fiquei que nem podia, é o que vos digo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sweeties

Uma das alunas da minha mãe, do primeiro ano, com cinco anos, tem como actividade predilecta ir à pesca com o avô, para um laguito ali perto da escola. A minha mãe perguntou-lhe o que pescavam. A E. respondeu, muito séria, "Perca". Depois, fez uma pausa e prosseguiu... "de tempo" :)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Das mães

Este texto da SMS é um rio inteiro de amor de mãe.