segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sugestões

De 16 a 19 de Maio.
Cascais, Estoril, Lisboa, arredores.
Descansar, assistir possivelmente a um novo espectáculo da Vórtice, fazer umas recolhas de bibliografia na sexta, descansar e... descansar, já disse?!
Nada que me arruine a conta bancária.

Step

Descobri ontem um sucedâneo caseiro e infalível de step. A avaliar pelas dores que hoje trago nas pernas (e braços, mas pronto, para o post não interessa tanto), aquilo é mesmo bom. De manhã fui ao yoga e parecia que tinha levado uma tareia sempre que o exercício metia esforço de pernas. A saber: Combinam com a vossa mãe um dia para pôr apresentável uma divisão de casa dela que parecia o Texas e tenciona receber gente daqui a dias. Essa divisão tem a área total da casa, uma vez que é um dos andares da mesma, praticamente amplo. Nessa divisão há uma garrafeira feita em madeira que ocupa uma parede e mais um bocadinho de outra, com mais buraquinhos que eu sei lá. A empregada dos vossos pais é uma pessoa que não aprecia minudências. Vocês têm um ataque de nervos quando vão arrumar uma garrafa desasada que encontram e reparam que o sítio livre para a dita é um hino ao pó. Convencem o vosso pai que aquela zona da casa precisa de ser arrumada a preceito e que só ele pode ajudar-vos a fazê-lo. Têm pancas de arrumações, pelo que querem as garrafas organizadas por tipo de vinho, dentro disto por marca e dentro desta por colheita (eu tenho problemas, já sei!). O vosso pai afirma "A. (o meu pai chama-me assim), é por estas e por outras que sempre que tu dizes que vais fazer umas arrumações o meu coração dispara e eu tremo por todos os lados!". Vocês vão buscar-lhe uma cadeira e garantem-lhe que ele só tem de mandar, porque vocês fazem tudo, mas percebem tanto de vinhos e licores e cenas de beber como de polo aquático. Vão buscar um escadote, um frasco de Pronto e vários panos de pó. Arregaçam as mangas. Tiram a primeira fila de garrafas, uma a uma, subindo ao escadote e descendo para as pousar na bancada. Limpam quadradinho por quadradinho, com minuciosa paciência. Repetem a operação mais três vezes. Consideram que podem começar a arrumar algumas garrafas, que já não há banca disponível. Limpam uma por uma as garrafas, pedem opinião, o vosso pai manda bitaites e vocês fazem quilómetros acima e abaixo no escadote. Passada uma horita, o vosso pai, ciente de que já não devem sentir as pernas e os braços e não vão ainda a uma décima parte da empreitada, levanta-se e começa a limpar ele as garrafas. O vosso step, porém, permanece. E os halteres também. Acabam horas depois e percebem que o bar corresponde aí a um oitavo do que têm para organizar. Continuam, que são pessoas determinadas. No dia seguinte, enfim, sem pagarem nada, têm dores nas pernas correspondentes a várias horas de ginásio. É assim. Fácil assim. Vão por mim. Ah... tudo tem muito mais piada se a pessoa que sobe ao escadote tem vertigens e pânico de alturas. É um exercício de superação sublime. Uma tarde inteira.

36

Não visto 36. Mesmo. O vestido é 36. Assim sendo, a conclusão só pode ser uma: as pessoas não engordaram assim tanto como nos querem fazer acreditar, eles é que encolheram estupidamente as roupas. 

Já disse que a camisa branca que mais uso é tamanho 16, não já?! E que foi comprada quando eu tinha... 16 anos, não já?! 

Eu e esta coisa de gostar de aproveitar tudo, de só comprar aquilo por que me apaixono, de preferir ter uma peça, por mais cara que seja, mas que eu sei que vai durar anos, do que vinte, em que posso variar muito, mas aquilo não passa de uma tripa mal amanhada. Pronto. Vem-me da mãe. O vestido tem 31 anos e está impecável.

Inesperadamente

Ontem, em franco desenvolvimento de uma lide inesgotável em casa dos meus pais, encontrámos, por acaso, o vestido que a minha mãe comprou para usar no meu baptizado. Vesti-o. Serve-me.  Ficou para lavar e passar. Um dia destes, saio à rua com um vestido com 31 anos. E com esta história. Emocionei o meu pai, imaginem.

sábado, 27 de abril de 2013

sexta-feira, 26 de abril de 2013

vhm

Embora ele odeie barrigas e eu seja muito afeiçoada a elas. Apesar de ele odiar dormir sozinho e eu achar que dormir sozinha é uma das grandes vantagens de se estar solteira. Há quem o ache pretensioso. Eu sei que precisei de o ler de uma assentada. E que há livros dele com páginas inteiras em forma de hino à emoção maior quando se é leitor. É o vhm. Aqui.

Kikis

Tenho-os aqui ao lado, sentados no sofá, cada um de bolacha Maria (a que tiveram direito (4 cada um) depois de uma peça de fruta e um iogurte, que não quero que os pais digam que eu educo mal as crianças) em riste, hipnotizados pela história que está a dar no Panda. Fui buscar a I.. Cheguei à escola e, enquanto a funcionária verificava que o meu nome consta, desde o início do ano, no elenco de quem pode ir buscá-la, ela dizia "Olha... ela é a minha tia. A sério. Eu posso ir.". Fez confusão à Senhora eu não ser tia, tia, tia, mas enfim, o nome estava lá, a miúda já estava de mão dada comigo e não devo ter cara de raptora de crianças, pelo que lá viemos, com varinhas mágicas a cair da mochila e a creche do irmão como destino seguinte. Pelo caminho, e porque à sexta ao fim da tarde pare a galega nas ruas de cá e sai tudo à rua e uma pessoa conhece por um bocado o conceito de hora de ponta, dá-se esta pérola:

I. (6 anos): Oh tia, tu tens alguma coisa em casa para eu e o Kique brincarmos?
Eu: Não, pipoca. Mas jogamos qualquer coisa ou vemos o Panda.
I: Olha, e quando tu tiveres filhos como é que vais fazer? Eles têm que ter brinquedos.
Eu: Então, nessa altura peço os teus e os do Kique emprestados, que vocês já não vão precisar deles.
Silêncio
I.: Olha... sabes... nós não podemos emprestar os nossos. Eu tenho a certeza que quando tu tiveres filhos eu o Kique ainda vamos ser crianças. Temos de pensar noutra maneira de os teus filhos terem brinquedos na casa deles.
Eu: Oh... eu a contar com os vossos e tu agora dizes-me uma coisa dessas. Ai, meu Deus... Como é que eu hei-de, então, fazer?! Terei de comprar tudo?! Pode ser que vocês já sejam crescidos...
I.: Não. Vamos ser crianças. Mas se tu pedires aos tios todos para comprarem um brinquedo aos teus filhos eles já vão ter muitos e tu não tens de gastar o teu dinheiro todo. Nós podemos dar alguns dos nossos. Todos não, porque então o Kique ainda vai ser mesmo criança e eu mesmo que já seja um pouco adulta vai ser pouco e ainda vou brincar. Mas eu digo à mãe e ao pai e eles dão um brinquedo aos teus filhos, está bem?
Eu: Está bem. E vou fazer o que tu sugeres. Vou pedir aos tios. Ora vai-te lembrando aí. A quem posso pedir?
I.: Fácil. Podes pedir ao tio M. e à tia C., podes podes pedir ao tio N. e podes pedir à tia C. 
Silêncio
I.: Pelo menos! Mas se eu me lembrar de mais pessoas que podem ser tios dos teus filhos, eu aviso-te, está bem?!
Eu: Combinado!

E é isto. 

Dia de


E o que eu gosto destes dias. Quase sempre me fazem falta para outras actividades, intelectualmente mais produtivas. Mas a verdade é que estes dias são a terapia fundamental para andar para a frente. Cada tolo com a sua mania. Eu adoro limpezas.

25 de Abril

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ir

E assim de repente torna-se um verbo que faz doer.

Traduza-se o sonho

Sonho quase sempre com a mesma pessoa. Estamos nas mais variadas situações possíveis de uma vida do mais normal que há, mas juntos. Hoje estávamos em Salamanca (?!?!?!?!?!), a pedir um papel numa repartição pública (?!?!?!?!?!). Estamos sempre juntos no sonho. Estamos sempre abraçados ou de mão dada. Costuma dar-me beijinhos no cabelo, porque sou pequena e, abraçados, é o que lhe fica ali mais "à mão", acho. E é isto.

Tem dias :)

Das duas, uma

Estou indecisa. Não sei se o cansaço me torna mais exigente e intolerante, credora maior de atenções e mimos e reclamadora oficial do reino, com vontade de amuar e mimimi quando não acontece... ou se... o cansaço me deixa tão pouco capaz de dourar as pílulas que as falhas dos outros me custam a engolir como remédios maus e amargosos mas que só podem fazer o bem danado de me curar por uns tempos. Estou mesmo indecisa.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dos dias

Há dias que parece que nunca mais acabam. Hoje é um desses dias. Ainda falta tanto. E já estou tão cheia de vontade de baixar os braços...

E a noite também :)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Frases célebres

"Estás assim... hummm... apaixonável, tãããooo apaixonável, homem!"

By me, aqui há dias. 


Adenda: Eu pedi. Ele não queria. E dizia que eu estava doida. E teimava que não. Pedi muito.  E pedi mais ainda. Ele fez o que eu pedi.  Se alguém lhe pergunta porque o fez, garanto-vos, responde, invariavelmente, "Olhem, lembrei-me!" . Ai, paciência... Paciência, por esmolinha.

Wishlist

Está-me a dar uma coisinha...

X.?! A.?! T.?! 

Aaaaaiiiii!!! Vamos?!

Um misto de prazer e agonia

Estive em Espanha sob a orientação de uma pessoa doutorada na área em que estou a fazer a tese (em que vou fazer, pronto, um dia, no futuro, assim haja vida e saúde, como se costuma dizer). A pessoa nunca me tinha visto na vida. Foi incansável. Hoje, assim sem quê nem porquê, abro o mail e tenho catorze documentos que ela acha importantes e que se lembrou de me enviar (artigos com quase cem páginas, jurisprudência controvertida, reflexões críticas ainda embrionárias, eu sei lá). Gente assim na nossa vida, na nossa vida profissional, dá-nos a certeza de que isto ainda não virou completamente uma selva. Não anda longe, mas ainda vai tendo momentos de solidariedade impressionantes. Por outro lado, deposita-nos sobre os ombros ainda mais um bocadinho de responsabilidade por não desiludir, por fazer bem, por fazer o melhor possível. E eu, que ando muito em maré de me pôr em causa e duvidar se algum dia a dita obra dará à costa, fico a um tempo embevecida e por uma temporada valente com uma angústia indescritível. 

Recuso-me, completamente, a hipotecar a minha vida por causa de uma tese. Não é para mim. Não pode ser. Recuso-me. É um exercício diário de resistência. Preciso de gente, muito mais que de papéis. Preciso de mimos, muito mais que de títulos. Quero fazer isto. Quero acabar isto. Mas não quero, de todo, que isto acabe comigo tal como sou. No fundo, acho que é isso. E que tão difícil é continuar sem perder o rumo, sem inverter os essenciais, sem me deixar ir. 

domingo, 21 de abril de 2013

Wishlist

sábado, 20 de abril de 2013

:)

Verdades e assim assim

Hoje à tarde apanhei a meio o filme, velhinho, "O casamento do meu melhor amigo". Já o tinha visto e não é sequer um dos meus filmes. É uma coisa levezinha, própria de um sábado à tarde. Mas hoje, inesperadamente, vi a última cena, a última mesmo, a última frase do filme e... desatei a chorar desalmadamente. Já passou. Mas foi um momento do mais absoluto descontrolo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Private joke

Uma batedeira... Uma batedeira?! Uma... b-a-t-e-d-e-i-r-a?!

Do que esta gente se lembra...

A posição

Ao almoço, contei o episódio do yoga. Enfim... o almoço foi particularmente intenso em tópicos, vá, sensíveis. Dos três rapazes e duas mocinhas que reunimos à beira rio penso que todos tínhamos embaraços para relatar. Ainda assim, a grande preocupação dos meus amigos não foi a vergonha a que fui sujeita, mas que tipo de posição tinha aquele efeito. 

Assim sendo, e porque também não quero que vos falte nada:

pousam os joelhos no chão, esticam uma perna para trás, o máximo possível, como se estivessem a querer fazer a espargata com essa perna. Permanecem sentados sobre o calcanhar do pé da perna que está dobrada. Sem rodarem a bacia, levantam o pé que está esticado e agarram-no com ambas as mãos. Curvam-se para trás, num movimento ideal em que, um dia, a ponta do pé toca a vossa cabeça. Repetem o processo, mas para a outra perna. E é isto.

Vergonhas

Sentes necessidade de escavar um buraco com as tuas próprias mãos e te enfiar lá dentro quando, na aula de yoga, a professora diz "agora vamos fazer um exercício para avaliar e melhorar a flexibilidade dos músculos pélvicos" e, quando toda a sala está em silêncio, compenetrada no referido exercício, a senhora acrescenta: 

"Muito bem, R. Vejam, o objectivo é fazerem exactamente o que a R. está a fazer. É uma questão de treino."

É um pedido

Se um dia, não sei, um dia, um dia no futuro, eu me doutorar* e, de repente, passar a tratar toda a gente por você, as minhas piadas se tornarem demasiado ácidas para não serem tomadas por uma ironia mais parva que inteligente, tudo, mas tudo, mas tudo mesmo o que for simples me enfadar e desatar a dar palmadinhas nas costas e a dizer "Foi um gosto encontrá-lo!" ou "É sempre inexcedível revê-la!" a pessoas que me ajudaram, que estiveram lá para mim, que não me regatearam o tempo imenso que perderam comigo, que foram, no fundo, minhas amigas...

por favor:

Primeiro) Mandem-me dois estalos. Mas dois estalos assim mesmo bem assentes. Daqueles de deixar marca, estão a ver?!
Segundo) Mandem-me calar. Mas aos berros. Aliás, podem mesmo desatar a asneirar e mandar-me  f%#&r.
Terceiro) Tenham pena de mim. É uma infelicidade uma pessoa dar para estúpida.

Grata.

* Há quem continue a achar o título escrito por extenso a última coca cola do deserto...

Sou só eu que

pinto as unhas de coral e fico logo muito mais contente?!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Miss u

Borboletinhas na barriga, mãos a suarem frio, vontades indomáveis de superar a preguiça e pensar melhor naquilo com que pretendo sair à rua, se é mesmo para ir de cara lavada, se o cabelo pode mesmo parecer um ninho de ratos e se as unhas podem mesmo estar com a pintura a dar as últimas. Não é novidade que gosto de gostar, muito mais do que de não gostar. Tenho mais jeito para alimentar gostares que ódios de estimação. Esqueço-me com frequência por que é que deixei de apreciar esta ou aquela pessoa. Lembro-me, todos os dias, em compensação, do tanto que aprendo com os meus, do tanto que estes me fazem melhor pessoa. Enfim. Por tudo isto e mais um par de botas, gosto de me apaixonar. Gosto de me apaixonar por livros, por músicas, por vestidos, por sapatos, por brincos, por carteiras, por paisagens, mas sobretudo por pessoas. E, às vezes, de me apaixonar naquele limite da paixão mais óbvia, da que sustenta o bicho andarilho que parece pegar-nos o coração nas mãos e dar-lhe, ao ouvido, devagarinho, argumentos imensos para que se queira livre e a voar por aí. Gosto, enfim, de ter o peito ocupado e a mente em sintonia, os dias largos diante de mim como páginas em branco, prontas a serem recortadas em forma de coração. Gosto do momento em que acredito "desta é que é", de me determinar a fazer acontecer, de dar o peito às balas e confiar que o futuro de ali em diante me atingirá só com flores. Sinto falta disto. Sinto falta de estar apaixonada. Sinto falta de me compensar as horas enfadonhas do dia com a expectativa do porvir. Sinto falta de um nome que os meus lábios contam sem que eu lhes peça. Sinto falta do pensamento a desviar-se para um sinal do rosto, um jeito das mãos ou uma maneira suficientemente nova de dizer o meu nome que me permite ser eu e outra, toda nova, ao mesmo tempo. Sinto falta de saber exactamente o que me faz falta aqui e agora, em todos os aqui e agora. Não sinto falta nenhuma daquilo a que me reduzo quando percebo que... não deu certo. Mas sinto, neste momento, uma falta imensa de acreditar, como todas as forças, que, com aquela pessoa, exactamente aquela, seja ela qual for, vai mesmo, porque tem de ser, acontecer o para sempre.

Home, sweet home :)





quarta-feira, 17 de abril de 2013

Desinspiração

Ando desinspirada. Tentada a ir-me calando. O tempo, a passar demasiado depressa para muitas coisas, assume a forma de rolo compressor. Há-de passar. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pequena R. pede ajuda ao leitor

Com o que é que limpam o ecrã do vosso computador?!

Aqui há tempos, comprei uma coisa toda xpto. Eram uma espécie de toalhitas. Na mesma caixa, de um lado tirávamos uma toalhita húmida para limpar o computador e do outro uma toalhita seca, que não largava pêlos, para secar o computador. Pois bem, aquilo era muito bom e tal e tal, mas passado pouco tempo, mesmo com a caixa fechada, as toalhitas húmidas secaram e passar aquilo no computador fazia lembrar o ditado que reza ser pior a emenda que o soneto. Vai daí, se souberem maneiras jeitosas de pôr isto a luzir, sem estragar, fico muito agradecida, sim?!

*

Receitas boas mas boas

Fiz pizza para o almoço. Voltei ao meu adorado yoga e precisava de uma coisa simples e que não me roubasse tempo. Fiz a massa pela manhã (um ovo, leite e farinha a olho), deixei repousar até há pouco, estendi a massa num tabuleiro, pincelei-a com uma das variantes de massa de tomate do Jamie Olivier (ando fã de todas), polvilhei-a com uma mistura de quatro queijos ralados, juntei-lhe uma lata de cogumelos, uma lata de atum e duas mini cebolinhas, cortadas em fatias quase invisíveis. Rematei com mais um punhado de queijo ralado e levei ao forno. Está perfeita. Perfumou-me a casa e serviu-me de comfort food até mais logo. Sobrou. Acho que, juntamente com uma sopinha, também temos jantar. 

Vanda

Não sou uma fã dos programas de entretenimento da nossa televisão generalista. Quase sempre, opto por ter a televisão na Fox, no AXN ou no Hollywood. De qualquer modo, já aqui disse e não é mentira: às vezes, vejo um episódio de telenovela (Sempre brasileira, que eu não tenho paciência para as portuguesas, principalmente as da TVI, que parece que nunca mais acabam e deixam passar sempre o ponto em que deviam terminar para, depois dele, se demorarem mais meio ano, cada vez mais enfadonhas e irrealistas. Até pode ser que agora já não seja assim, mas há uns dez anos que acho isto das novelas da TVI e agora não me apetece ir comprovar.) ou um ou outro programa do fim do dia. Pois bem, abro uma excepção desde que começou a primeira temporada de "A tua cara não me é estranha". Tenho os meus preferidos, mas em geral gosto do conceito. Faz-me voltar ao tempo do Chuva de Estrelas e isso, inevitavelmente, devolve-me a uma altura em que a televisão tinha coisas que eu apreciava muito (O Caderno Diário, a Rua Sésamo, a Caça ao Tesouro, o Agora Escolha e o impagável Juiz decide). Pois bem. Acabou ontem. E eu estive a ver o programa. E fiquei mesmo contente por ter ganho a Vanda Stuart. Não tenho nada contra o Francisco Menezes, mas a Vanda, para mim, merecia mesmo ganhar. Sobretudo, por aquilo que este programa pode representar para ela. Não sei se vai representar muito. Mas pode, efectivamente, representar muito. Sou uma fã assumida das produções do La Feria. À parte o seu alegado mau feitio, acho que o teatro em Portugal lhe deve muito, porque o vejo dar vida ao Politeama (e ao Tivoli, durante algum tempo) e encher meses a fio as suas salas com gente de todas as idades e condições sociais, económicas ou culturais. Vejo Juntas de Freguesia organizar excursões para ver "Uma noite na casa de Amália", vejo Agrupamentos de Escolas mobilizarem-se para mostrar aos miúdos, agora, "O Peter Pan". Que me lembre, vi todos os espectáculos dele. Tenho alguns de que gostei muito, alguns de que gostei menos, mas nenhum de que não gostei, de todo. De qualquer maneira, não posso esquecer-me da transformação física operada pela Vanda ao interpretar a Piaff ou de como me comovi com a Anabela durante o Música no Coração. A Vanda tem sido um bocadinho desconsiderada. Indevidamente desconsiderada. Seja pelo cabelo azul, seja por outra coisa qualquer. Acontece que canta daqui até à lua e voltar infinitas vezes e me parece tão frágil, nesta altura, que uma vitória só pode ajudar. E é isto. Fiquei mesmo feliz por ela. 

Deve estar a falar d' Aquilo. Só pode estar a falar d' Aquilo.

domingo, 14 de abril de 2013

Segredo

Gostava de saber o segredo para os crepes não ficarem todos esturrados de um lado e crus do outro, embora inteiros, nem igualmente dourados de ambos os lados mas a parecerem ovos mexidos. 

Fotos

Também foi hoje o dia em que, ao fim de quase dois anos, pus a funcionar a moldura digital. Está ali a passar memórias de momentos felizes sem parar.

Sol

Não contrariei a minha natureza, razão pela qual não alterei os planos que tinha só porque o sol resolveu dar as caras. A bem da verdade, diga-se que hoje não saí de casa. Sei que esteve sol porque em vez de andar de vestido de lã e collants, andei de vestido de algodão e descalça. A meio da tarde, fui até ali à varanda e inaugurei a espreguiçadeira a ler sobre estado de necessidade. E foi assim. Não fui à praia. Devo ser a única pessoa a residir em Portugal continental que hoje não foi à praia, como a chamar o Verão só porque a chuva deu uma trégua, mas não, não fui à praia. 

sábado, 13 de abril de 2013

Jogo da bola

Hoje há jogo da bola no estádio aqui de frente. Estava, apesar disso, a querer fazer da minha tarde uma tarde normal. Eu sei... sou ingénua. Não sei que raio é que eles se põem ali a fazer, mas desde a hora de almoço que de hora a hora rebenta uma coisa que parece um foguete, ou assim. De caminho, fazem uma barulheira como se estivessem a protestar por ter a mãe na forca. É um griteiro que nem vos passa pela cabeça. Está solinho e eu, apesar de não ser uma fã do calor, gosto do sol ameno, assim um sol que dá mais luz que calor, não sei se me entendem. E que areja as casas e as vidas. Abri, por isso mesmo, as janelas todas da casa logo pela manhã. Fui experimentando a impaciência de não conseguir ler, não me concentrar para escrever e mais não sei o quê. Pus música. Só acrescentava barulho, era uma misturada de sons que fazia dor de cabeça a qualquer mortal. Pensei ver um filme, que era assim uma coisa que me podia saber a luxo num sábado à tarde depois da semana que tive e do tanto que está prometido para as que estão para chegar. Não vale a pena. Ou fecho as janelas, ou tenho de levar com a histeria dos adeptos. Estou para a bola como para a física quântica. Torço pela selecção, pelo benfica, quando me lembro, pela académica, quando me ocorre. Vi mais jogos até aos dez anos do que nos vinte um que se lhe juntaram depois. Isto de um pai não ter filhos rapazes impõe às meninas ónus improváveis... A última vez que fui à bola estava em Guimarães com o G. e, vai daí, não podia mesmo baldar-me. Berrei que me fartei, também, que a coisa dá-se por efeito de contágio. Mas hoje gostava muito que a minha cidade não estivesse transformada numa sangria desatada de sirenes e adeptos aos pulos. Isso e cenas a rebentarem tipo foguetes não são coisas fixes. E uma alma trabalhadora e cansada, precisa, vá, ao menos ao fim de semana, de coisas fixes. 

I... ca flor :)




Ontem recebi-a de presente. Adivinho-a cor de rosinha, que jolie. Baby Clary deu-me a flor e... um novo nome. Sou Ica. E não se fala mais nisso.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Costas

As minhas costas não têm boca. Se tivessem, tinha de ir para ilha. Aposto que estariam a gritar como se não houvesse amanhã.

E é com os olhos marejados de lágrimas

que informo que arrumei as fotocópias todas. Depois de várias noites a deitar-me às quatro da manhã e de hoje ainda não ter tirado o pijama e as minhas actividades extra fotocópias se resumirem a ter engolido um iogurte, está tudo. 

Em compensação, a lista de items para comprar/fotocopiar/digitalizar/enfim... TER CÁ EM CASA, que angariei em pesquisas várias nos últimos dias, já vai em sete páginas (outra vez). M-E-D-O!

Agora vou ver se tomo um banho e me ponho com um ar decente para sair à rua. Informam que até está solinho. Eu nem para a janela olhei, hoje, ainda. Oh... condição!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sou uma pessoa (em regra) bem mandada

Há algum tempo, há muitos meses, embora se contem ainda sobre isso pouco anos, um homem disse-me que podia bem magoar-me. Ignorei-o solenemente. E achei que fazia aquele tipo de afirmação mais por piada que por outra coisa. No fundo, pareceu-me, devia estar a ver até que ponto estava eu disposta a "pagar para ver". Correu-me mal a autoconfiança. A pessoa em causa magoou-me. Mesmo. E muito. Com a agravante de conseguir fazer-me sentir ainda mais estúpida por ter, deliberadamente, optado por dar-lhe carta branca para fazer com o meu coração o que quisesse e lhe apetecesse. Aqui há dias, outro homem disse-me, sem sonhar com esta história, que não devia conceder-lhe especiais atenções e que, no fundo, era pior que os demais. Desta vez, tomei o aviso a sério. E calei-me. E fui à minha vida. Talvez, agora, isto fosse só uma brincadeira. Ou uma maneira de avaliar até onde estava disposta a ir. Mas enfim... nunca fiando.

Ainda o mau feitio

Já passava do meio da tarde quando me liga.

Ele: Então, tão caladinha?!
Eu: Não quero perturbar os teus dias com o meu mau feitio.
Ele: Estás a ver?!
Eu: Podes desligar.
Ele: Aaaaaaahhhhh!!! (grito ligeiramente histérico) Que feitio. Que feitio, pá!

E começou a desconversar. É muito esperto...

Música?!

Gosto desta!

À Senhora da Asneira

E tem sido isto, desde sábado. Faço o que tenho a fazer de muito, muito urgente, de imediato, de para ontem, para anteontem, enfim. Acabo lá pela meia noite. Pego então num dos montes de fotocópias e livros que brotam do chão da minha sala e ponho-me a introduzir títulos na bibliografia, a furar folhas, a separar artigos e livros, a escolher o que vale a pena mandar encadernar e o que pode ir para pastas, a ordenar os títulos por nacionalidade, depois por ordem alfabética e, quando se trata do mesmo autor, por data. São dias à Senhora da Asneira. Não leio uma linha. Não acrescento nada ao que ainda não sei. Nada. Rien de rien. Só ganho dores nos pulsos de tanto agrafo e furo, dores de costas de ir às lágrimas e a sensação estranha que um dia destes, para entrar um livro nesta casa, eu tenho de ir para a rua. 

*

Mau feitio?!

Hoje disse-me, basicamente, que tenho um feitio do piorzinho que por aí se encontra. 
Mandei-o, já que assim era, excluir-me da sua vida. E acrescentei que ambos vivemos tantos anos um sem o outro que, a bem dizer, podemos pensar seriamente na possibilidade de voltar a esse antigamente.


Tenho estado a remoer no assunto.
Contem-me tudo. 
Terei assim tão mau feitio?!

E assim me encontro

Sem tempo para dar um ai...

Não sei para que lado me hei-de virar. Literalmente. Há tantas coisas a fazer e a reclamarem a minha atenção em simultâneo, que ando com uma séria dificuldade em encontrar tempo para dormir, ir ao yoga, telefonar aos amigos, estar com eles, e etc e etc e etc. Detesto estas fases...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pai

Há pouco, ao telefone:

"Então, princesa, a mãe disse que estavas perdida entre fotocópias?!"

E é isto... e é a verdade...

Sabes que estás cansada

quando escreves na tua agenda, para sexta feira, "Jantar com o Papa.", em vez de "Jantar com a Pat.".

segunda-feira, 8 de abril de 2013

domingo, 7 de abril de 2013

Verdades e assim assim

Tenho frésias no hall e tulipas na sala. Não pode haver maneira melhor de me preparar para uma semana cheia de trabalho como esta que se avizinha. 

sábado, 6 de abril de 2013

Conquistas

que tomo tão a peito e me deixam tão orgulhosa. 

1) Pus a pessoa a dizer "Gosto de ti miúda", assim, do nada!

Ai... os homens. Tão teimosos em parecer o que não são.

Viste?! Não dói nada :)

E está!

A secretária está. Ainda não a mostro porque vai ser forradinha no tampo com um tecido lindo de morrer igual ao que vai forrar o candeeiro e por cima vai levar um vidro. Quando a obra estiver completa, dou notícias. Entretanto, inicia-se neste momento a saga peregrina por uma cadeira que não destrua a decoração de uma sala de estar, mas que seja suficientemente cómoda para uma pessoa se alapar nela a escrever uma tese horas a fio. 

E agora?!

Bem... agora vou buscar a secretária nova e empenhar-me em aparafusar aquilo tudo de maneira a não me sobrarem peças.

Cáceres em imagens


O campus.




A fotografia não lhe faz justiça, mas o zoom teve de ser máximo. Há imensas cegonhas em Cáceres.



Toda a cidade tem floreiras com as minhas duas flores preferidas: tulipas brancas e amores perfeitos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E é assim...

Depois de gastar 10 cartões de 100 fotocópias, de digitalizar mais 26 artigos, de actualizar a minha lista de must have de livros para a tese (Coimbra Editora, Almedina, Fnac, Amazon, Unilibro, anyone?! Posso pôr que a coisa se deu com o vosso mais alto patrocínio se começarem a fazer-me chegar encomendas a casa...), de ter conseguido fazer o técnico das fotocopiadoras deslocar-se três vezes em dois dias à Universidade e de o senhor do Bar já saber que de manhã é um sumo de laranja natural e um pão torrado com manteiga e depois de almoço um descafeinado (em água, não em leite), acho que posso ir dar uma volta pela cidade e arrumar com calma as coisas para partir amanhã pela fresca. Foi assim. Foi um bocado angustiante (estou a ficar uma mariquinhas pé de salsa e custa-me andar sozinha pelo mundo), mas foi proveitoso. Cheguei à brilhante conclusão que para trabalhar na tese se calhar não posso estar por Coimbra, porque quando olho para a minha agenda da próxima semana já percebo que não terei tempo para mais nada se não para aulas e nicas. É a vida. A ver se um dia destes páro por outro lado qualquer. Levo na mala uma folha que atesta que não vim laurear a pevide e que me fartei de trabalhar, conhecendo neste momento de trás para a frente a biblioteca da Faculdade que me acolheu e a Central.

De resto, a Comercial é a maior! Ainda consigo apanhá-la aqui. Hoje de manhã, quando vinha a vir para o Campus, no rádio do meu carro soava o mais recente êxito do Vasco Palmeirim. É lindo. Continuo a achar que há marosca nesta demissão, mas pelo menos não temos mais de lhe chamar Ministro. Relvas... o menino deu à sola!

Nota breve: Para terem uma ideia de como é difícil lidar com as minhas pessoas...

Mensagem do N. de ontem à tarde:

"Vamos lanchar ao Moinho Velho?!"

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Oi?!

Quase tanto como não conhecer o Tom Sawyer ou usar brincos a chocalhar, há uma coisa que irrita o meu melhor melhor amigo: eu dizer "Oi?!", numa espécie de interjeição de pasmo incontida. Não gosto de lhe desagradar e tenho tentado dizer poucos "Oi?!", mas hoje nada me apetece dizer mais, além de um sonoro "Oi?!". É que devem estar a brincar comigo... a sério!!! Isto lá é maneira de dar uma notícia?! Um papel?! Mas o que é que querem que a opinião pública pense, ãh?! Está tudo doido?! Um papel?! Trata-se de uma formalidade. Vai a caminho. É essencial num processo judicial a correr termos num Estado de Direito Democrático. Dizerem que falta um papel faz as pessoas pensarem "Olha querem lá ver que nem indo lá ter estes gajos vão dentro?!". A sério?! Eu gostava de saber o que raio move estes jornalistas para escreverem as notícias assim. Não era um papel. E não impediu nada. Importam-se de não alarmar as pessoas e de não as fazer desacreditar mais ainda na justiça do seu país?! Às vezes, acho que estas coisas são escritas por calhaus com olhos. Mesmo.

Tudo, aqui!


Nota: Questão distinta é a de saber por que é que os mandatos de detenção, em casos de recursos sem efeitos suspensivos, esperam que as pessoas se apresentem para serem emitidos... mas isso levar-nos-ia a toda uma outra discussão. E o cu não tem a ver com as calças.

Curtas... de Espanha!

Os espanhóis falam mesmo muito alto.
Os espanhóis comem mesmo muito tarde (ontem almocei às quatro da tarde e, se cá ficar para sábado, tenho um convite para jantar amanhã às dez e meia da noite).
Os espanhóis só conhecem um telemóvel: o iphone.
Os espanhóis têm campus universitários tão grandes que tenho vindo sempre de carro para a Universidade e quase estaciono à porta.
Os espanhóis não devem lá muito à limpeza.
Os espanhóis têm o combustível barato, mas o resto com preços pela hora da morte.
Os espanhóis são viciados em sentidos proibidos e obrigatórios... Não há gps que resista.
Os espanhóis têm programas muito estranhos a dar na televisão generalista. Ontem estava no quarto a preparar umas coisas para hoje e decidi ligar a televisão. Aquela frase batida do "oh si cariño, más fuerte" dá-lhes para tudo, afinal.
Os espanhóis que são assistentes ganham menos que os portugueses que são assistentes!!!
Os espanhóis riem-se quando lhes digo como é uma cerimónia de doutoramento na minha Universidade. E acham que estou a gozar. Acontece que estou a ser meiga na descrição. Para não os assustar.


A minha lista de items para fotocopiar vai em 14 páginas. É um lindo número, atendendo a que a letra é tamanho 12 e o espaçamento é simples.

Se calhar vou mesmo sábado... e só com metade da tralha. Estou que nem posso.

Isto tem sido non stop... Acho que já trabalhei mais para a tese nestes 3 dias que nos últimos 3 anos.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

E eu, vai... e vim!


Andamos por aqui.

Em modo trabalho desde as oito da manhã de Portugal. Digamos que depois de um dia cheio de nervos e cinco horas ao volante, acordar às sete da manhã não era uma coisa que me apetecesse. Mas há estantes e estantes e estantes de livros e revistas para fotocopiar, digitalizar, ler e mimimi. E não temos muito tempo. Além disso, já se foi à Plaza Mayor cá do sítio e já se fez um piqueno giro pela parte antiga, património da humanidade. E não temos vontade de voltar aos reais aposentos que, valha a verdade, são do piorzinho que já se viu e frios comórraio. Diz que é onde fica a malta que vem à Universidade. Eu não sei que malta é que vem à Universidade, mas ou é malta estranha ou eu dei em ser cheia de nove horas e não me apercebi. Dormir de collants, calças de pijama e dois pares de meias era uma coisa que já não me acontecia desde que dormi em Perugia, nos idos de 2004, com o meu Bruno Marco-Polo, mas está bem, está certinho. Não há-de ser nada. Quem paga adiantado fica mal servido e é bem verdade. A biblioteca é calma e quentinha. Os entendidos cá do sítio são simpáticos e tratam-me bem, embora ontem me tenham perguntado se vinha da Colômbia! Eu... euzinha que sou do mais pálido de que há memória e me recuso a inventar espanhol, pelo que lhes falo em português suave... Lá nos vamos entendendo. 

A páscoa foi boa e tudo e tudo. Daqui a nada estou de volta. Estava agora a dizer ao N. que gosto muito de estar sozinha, mas é na minha casinha ou em sítios au point. Ele proibiu-me de voltar mais cedo. Mas eu já lhe citei o P. e já lhe disse que, mesmo fora, para mim é 25 de Abril sempre! Portanto, se me despachar, vou embora antes e vou mesmo!