Nem sei que diga.
Mas a vida é de uma ironia... tão grande, tão grande, tão grande. Imaginem um caminho. Ao fundo, uma ravina. Toda a gente a gritar que "tu vais cair, olha que tu vais cair" e vocês a seguirem, de costas, sem medo. "Eu sei, aquilo lá em baixo é algodão. Aterra-se bem e feliz...". E caem. E são pedras. E partem-se todos. Vem uma onda, leva-vos. Buscam noites e dias. Nada. Quase descrença. Já se chora o fim. Para sempre. E, lá longe, numa gruta meio perdida, a vida toma um rumo novo. Umas escoriações, aposta-se até numa costela partida, quem sabe um pequeno traumatismo. E tempo. Mesinhas de índio. Falinhas mansas. E tempo. Lá longe. Sem ninguém saber. A vida.
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