Tem calma, R. Maria. Tu és uma pessoa ponderada. Tu sabes que não te vai acontecer nada. Tu podes jurar que não andas a traficar plantas secas entre os rins e o baço e és menina para explicar às mal-encaradas que apitas porque o homem do detector está mortinho para te ver a passar novamente.
Chegámos bem, pois foi... e isso é que conta. Consegnamos um Panda branco que nos havia de guardar os medos pelas terras ermas da Toscana. Bora lá para o sítio, que por hoje chega de emoções. Olha... é esta saída. E agora, esquerda ou direita? G., não sei, meu bom rapaz. E és tu que levas o carro. No fundo, eu descarto-me de qualquer responsabilidade. Embora aponte para a esquerda. Eu também. Oh cum caraças que estamos a voltar para trás e não dá para inverter (vamos agora considerar, porém, que ao segundo dia já tudo será permitido naquelas estradas... não falhando a bela da multa por pagar, nem nada). Janta numa piazza de Firenze. Noite piccola a espreitar a Ponte Vechio.
Chegámos bem, pois foi... e isso é que conta. Consegnamos um Panda branco que nos havia de guardar os medos pelas terras ermas da Toscana. Bora lá para o sítio, que por hoje chega de emoções. Olha... é esta saída. E agora, esquerda ou direita? G., não sei, meu bom rapaz. E és tu que levas o carro. No fundo, eu descarto-me de qualquer responsabilidade. Embora aponte para a esquerda. Eu também. Oh cum caraças que estamos a voltar para trás e não dá para inverter (vamos agora considerar, porém, que ao segundo dia já tudo será permitido naquelas estradas... não falhando a bela da multa por pagar, nem nada). Janta numa piazza de Firenze. Noite piccola a espreitar a Ponte Vechio.
Os maiorais lá do sítio rendidos ao calção e à havaiana, trocadinhos com os nomes resumidos a R. e Max e Tea... que parece que fomos todos da mesma sala na pré. E eu a abanar a cabeça. Olha o tempo que a gente perdia se isto se fizesse lá no nosso auditório. Ainda agora íamos na introdução dos títulos do professor doutor, distinto, magnânimo e espectacular...
Ar rufia com a entrada da pessoa. Mais nova, junto com os demais dois cá da nação, mas a mais nova ainda assim, pareceu-me arrancar suspiros de pena acompanhados de teorias sobre o que pode tamanha piquena saber de criancinhas!
Viagens a muitos lugares não esquecidos. Reconhecimento de novos caminhos. Comeu-se bem. Provou-se a amizade tamanha de quem cede a uma triste que não arrisca para lá do sumo de laranja espremido da fruta. Enterrou-se e desenterrou-se gente. Falou-se de tudo. Somos, indiscutivelmente, uns palradores de marca. Mais uma vez, um jeitaço nestas coisas de ter um amigo gajo. Porque põe logo as coisas preto no branco e aponta logo os dois caminhos possíveis. E não fala mansinho. Diz mesmo que isto da vida é coisa para se viver só com quem merece muito. Tudo escrutinadinho. Que também sou, modéstia à parte, menina para dar um arzinho da minha graça quando chega a hora do consultório sentimental.
Por falar em língua, desenferrujadinha que a trago na mais bela do mundo, o italiano. Ma come! E doppo... troppo...
Fotos à carrada. G. de passo em passo a gritar "vou tirar-te uma de costas para pores no blog". E, portanto, em grande parte, do que há registo é da parte de mim que apita! E viagens um tanto loucas. E muitos quilómetros em poucas horas. E pendura exemplar. E um jantar de gala a que chegámos atrasados. (Mas, à custa de me ter ido desculpar com a organização, tive de ouvir o G. choramingar a sua sorte por se fazer acompanhar de uma croma! Custava-me chegar atrasada, alapar e assobiar, só isso!)
Entretanto, insultos de queque para baixo. Porque os brincos chocalham, porque a carteira é cor de rosa, porque estava numa de me chatear.
Aventuras:
1) "Ai então vem de Portugal. Ah, que interessante. Vai falar em inglês, certo? Sim, é a língua da conferência. Ai ainda bem, que não sei falar e nem sequer percebo espanhol!" (vezes dois... sim... isto foi-me dito duas vezes)
2) Entornei uma chávena de café por cima, nada mais nada menos, que de uma juíza de carreira australiana que era assim tipo das mais importantes figuras lá do evento.
3) Passei uma viagem de elevador, do 5.º andar ao 0, com um inglês a elogiar o meu verniz dos pés!
E voltar a casa. E muita vontade de umas quantas coisas. Ideias para o doutoramento. Tema em esboço...
À chegada, depois do acagaçamento de mais uma viagem de avião em que apertamos tanto as mãos que ficamos sem circulação sanguínea até aos cotovelos, um sinal. E foi vê-lo acender. E sorrir. E ficar por aí. Porque a vida, ah pois é, é para ser vivida só com quem vale muito a pena. Sobretudo, naquela parte de viver os sete dias da semana, os meses todos, os anos até nos finarmos. Sobretudo, naqueles momentos em que não deve ser preciso dizer nada com a boca, ocupada com outras vidas (a maluca). Sobretudo, quando for para dizer "Amo-te" bastas vezes!
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