domingo, 31 de julho de 2011

Verdades e assim assim

Amanhã vamos à praia pela primeira vez. A preparação já começou. Tirei o verniz das unhas. Nos próximos dias, respiram, descansam.

sábado, 30 de julho de 2011

Coisas mesmo importantes

Dormi a sesta.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

É suposto ir de férias

mas eu já ali tenho uma mala cheia de livros...

Em imagens



O meu melhor amigo é melhor que o teu!

Florença, Setembro de 2009

O meu melhor amigo é melhor porque é aquele que, na última noite antes das férias, se senta comigo no sofá de casa, me dá um vinho maravilhoso (quem me viu e quem me vê!) a beber, promete que, se eu toldar, não me deixa sair à rua para cenas tristes e me ensina a fumar (pois...), enquanto, no plasma à nossa frente, passa mais um filme do Kusturica. O meu melhor amigo é melhor porque me conhece tão benzinho que me topa os pensamentos só de olhar para mim. Por isso, ri-se quando percebe que me estou a sentir meio crescida, meio adolescente fora de época. Ele também é aquele que responde "Não penses agora nisso" quando eu, quase lavada em lágrimas, afirmo que "Não quero saber dos homens do mundo inteiro. Só do pai, do mano e de meia dúzia de amigos. De resto, n-ã-o q-u-e-r-o saber, porque eu não os entendo e eles são maus e ultimamente têm-se divertido a brincar com o meu pequeno coração." O meu melhor amigo é melhor porque, passada meia hora, se lembra de dizer "Estás no tão bom caminho. Nada de resvalar (!!!)" mas eu já estou quase a dormir e já nem respondo. E também dá abraços apertados.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Hum... que almocinho tão bom!!!

Uma posta de salmão grelhada, meio pimento vermelho grelhado (love, love, love it) e a imprescindível salada desta altura, de rúcula selvagem e cenoura ralada. Um fio fininho de azeite e sumo de meio limão. Sal a gosto (pouquinho).

And now... última tarde de orais (provas, minha gente, provas:))

É favor contribuir

para este peditório.
Vááááááá lááááááá (dois olhos a piscarem e cabecinha ligeiramente de lado)

Hoje

foi noite de jantarada na tasca alentejana, de Camané, de poemas de Pessoa (e que poema, este, pessoas!), de encontrar amigos e de mexer o pezinho. Vou dormir, que amanhã, por aqui, trabalha-se. E à noite sirigaita-se novamente. Eu avisei. Os meus amigos estão empenhados em não me deixar pensar na vida. E não há nada melhor que isso neste momento. Já pensei tudo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Epifania

Devia e podia ser fácil.
Não é.
E agora, olhem, estou demasiado cansada para coisas difíceis. E acho que também já não acredito muito nelas. Less is more.
Deixem-me em paz, comigo. Não me interrompam os dias com promessas. Não acredito nelas. Sei que tudo mente com descaramento. Ou omite. Ou joga. Não gosto. Não posso. Não quero. Não vou. Não vou mais acreditar, nem esforçar-me por entender. Deixem-me em paz.
Deixa-me em paz. Escusas de tentar baralhar-me. Não vais conseguir. Não vais. Eu já não acredito em ti, percebeste?! Melhor, eu já não acredito em nós (Amplia, imprime e cola em frente da secretária para te ires lembrando!).

Huuummm, tão bom!

O lanche de hoje é uma porção generosa do gelado feito ontem.

Gelado:

-2 abacates médios cortados em pedaços
- sumo de meio limão
- 1 colher de chá de açúcar
- 1 colher de chá de açúcar baunilhado
- canela a gosto

Tudo misturadinho com a varinha mágica até fazer um creme bem macio e... congelador com ele :)

Agosto - o mito do tempo

Eu cá não gosto de Agosto. Gosto do conceito de quebrar a rotina mas não aprecio que tenha forçosamente de se fazer em Agosto porque está calor e vêm os emigrantes e vai-se à praia e os dias são grandes. De todo o modo, Agosto tem uma coisa que, por mais anos que passem, continua a fascinar-me: o mito do tempo. Quando Agosto se aproxima, parece-me sempre que o que está para vir é um mês para aí com dez vezes mais dias que os outros meses. Quando era garota, adorava Julho, mas Agosto já me dava nos nervos. Começava a ficar com saudades da escola (inocência da infância). Enfim. Agora, bem, agora não é bem disso que se trata. É pior. Estou a trabalhar até sexta feira, oficialmente, e penso parar, assim parar, pronto, na primeira semana de Agosto, mas depois, notem bem, acredito que conseguirei pôr tudo em ordem nas restantes três semanas do mês. E vocês perguntam "Então e onde é que está o problema, pequena e adorável R.?". E eu respondo "O problema é que para pôr tudo em ordem eu preciso de, pelo menos, escrever três artigos, cada um de sua matéria (nada a ver umas com as outras), alinhavar um curso breve de pós graduação e preparar um semestre de aulas.". Ou muito me engano ou, mais uma vez, o tempo de Agosto não passará de um mito. O que vale é que depois vem Setembro... e Outubro... e por aí fora, e a vida volta à corrida normal, mas onde o tempo é o tempo que é, sem mitos.

O meu projecto para as férias

Sopas e descanso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Facebook - avaliação diagnóstica

A favor:
- encontrei muita gente de quem gosto mas com a qual circunstâncias da vida determinaram que neste momento não esteja tanto.
- fui descoberta por uma amiga ganha pelo blog e fiquei mesmo contente por, pelo menos ali, já nos "conhecermos". (Atenção: ambas abrimos a excepção de aceitar como amiga uma pessoa que não conhecemos. Foi uma excepção. De resto, só aceito gente que conheço mesmo, mesmo, mesmo. Mas afinal, ao fim de tantos meses de blogs e de alguns mails... já somos unha com carne :))
- descobri que o grupo do escritório onde fiz estágio mantém o nome que eu e a C. inventámos para os estagiários e continua a promover o lema de que há mais vida para lá da porta verde. (Hoje vão todos para a borga.)
- respondem-me muito mais rapidamente às mensagens do que pelo mail ou pelo telemóvel.


Contra:
- a magia do Mundo como uma coisa grande cai por terra. Depois de dois anos, descobri que duas pessoas que conheci ao mesmo tempo, em contexto profissional de uma delas avaliar a outra e a mim e que fingiram não se conhecer são... irmãs!!!
- percebo como estou branca que é uma pena.
- fico enjoada com a quantidade de informação que algumas pessoas disponibilizam... e com o pormenor da dita. Sinto como se estivesse a espreitar pelo buraco da fechadura do quarto de umas quantas alminhas.
- tenho de aceitar como amigas pessoas que... não são minhas amigas, são só minhas conhecidas ou colegas ou assim. Mas convidam-me e fica mal... e eu ainda ligo a essas aparências...
- percebo que há malta com muita falta de vidinha real, porque passa a vida ali.
- sofro um choque perante o conceito de rede social de alguns amigos, que posso afiançar que não conhecem sequer um décimo da gente que consta do seu rol de amizades.
- descubro que até as histórias que pareciam mais verdadeiras têm contornos pouco bonitos. Esta coisa de se disparar em várias direcções ao mesmo tempo faz-me uma confusão brutal quando se fala de relações humanas homem-mulher no sentido bíblico do termo.
- tive de desactivar o chat ou não fazia nada. Eu estou muito ao computador porque eu... trabalho com o computador, hello! Mas se me puser a responder a toda a gente que mete conversa sou despedida não tarda, com justa causa. A pergunta para os 1000 euros: vocês não?!


Não estou fã. Mas pronto.

Manias

O sabonete líquido é muito prático, que é, mas não me convence. Gosto de ter uma barra de sabonete junto ao lavatório da casa de banho, de o ver sumir-se em bolhinhas à medida que o rodo com ambas as mãos. Além disso, não sei porquê, gosto de sabonetes. Adoro sabonetes cheirosos, macios, delicados. O que tenho neste momento é da Zara Home - White Jasmine 100% vegetal e produzido artesanalmente. É tão bom.

A parte chata...

é que eu prezo muito que o blog seja, salvo raras excepções, anónimo. Mas hei-de arranjar maneira de o manter assim sem prejudicar a ideia, que é tão gira, pá.

O que eu vos posso dizer, para já...

é que este post ainda vai dar que falar :)

Não sei se ria ou se chore

Recebi hoje uma tese de mestrado para arguir depois das férias e cujos agradecimentos são aos Take that e à Poncha madeirense.

Se não tivesse mais nada que fazer, começava hoje a preparar a arguição. A coisa promete.

Digam-me que não sou a única a não achar isto normal. Pelas alminhas.

P.S. Sim, Mafinhas, é essa que tu estás a pensar. Deus Nosso Senhor é reinadio!

Pequena R. desafia o leitor

1) Se pequena R. fosse um objecto, seria...
2) Se pequena R. fosse uma flor, seria...
3) Se pequena R. fosse um lugar, seria...
4) Se pequena R. fosse um livro, seria...
5) Se pequena R. fosse uma música, seria...
6) Se pequena R. fosse uma palavra, seria...
7) Se pequena R. fosse um personagem, seria...

Músicas de constituir família #1


Gosto desta!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gosto desta!

Londres, Agosto de 2009.

Desculpai-me lá, mas as perguntas retóricas são placebo...

E agora, que meio mundo jura a pés juntos que acabou, eu pergunto: fui eu quem disse que começou?!

Sensações

Tenho a sensação que pensas que estou com a neura, que já me passa, que é dar-me tempo. Tenho a sensação que é isso que me entristece ainda mais.

Poema breve


E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

Do amor e do que nem se compara com isso

Custou. Mas acho que aprendi.

Verdades e assim assim

E faltam 5 meses para o Natal.

domingo, 24 de julho de 2011

Nunca digas nunca!

Pequena R. está no facebook.

sábado, 23 de julho de 2011

Casava-me amanhã


com quem topasse cantar esta música comigo, assim. É a música da minha vida, para sempre.

Brancas

A minha cabeleireira insiste que devia fazer madeixas, que já se veem muitas brancas, que sou tão nova, que mimimi. Já dei para esse peditório. Não digo que não volte a dar, mas, neste momento, nada me parece mais adequado que deixar o cabelo viver como lhe apetece. Por isso, permito-lhe encaracolar-se cada vez mais, hidrato com a mesma paciência (pouca) os fios castanho escuro e os brancos. Deixei de contar os brancos. E de me preocupar muito com eles. Descobri uma ruga de expressão. Fiquei contente. É daquelas que se ganham quando se sorri. Dá-me alento para quando me apetece menos sorrir. Descubro nela que tudo passa, que o tempo cura muitas coisas, que o tempo só precisa de tempo, que no fim acaba tudo bem, que se ainda não está bem, ainda não acabou. Não me apetece ser loira. Nem mais morena. Nem ruiva. Apetece-me ser eu. Mais nada. Mais ninguém.

Amy


Tinha 27 anos. Fama, dinheiro, beleza e saúde. Mas não tinha vontade de viver, somada a, aposto, muita insegurança. Ou então, não, só tinha falta de juízo. Dá-me pena. Tinha 27 anos, pá. 27 anos. Não morreu de doença, não foi apanhada no meio de uma catástrofe natural, não lhe rebentou o pneu do carro em andamento. Nada. Matou-se. Aos bocadinhos. Para lhe doer mais.

Verdades e assim assim

Já não se está a salvo em lado nenhum. Há maus à nossa porta. Disfarçados de gente. As imagens do atentado da Noruega desmontam o meu mito de segurança.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A minha caixa de música

Quando, na quarta feira, andava nas lides domésticas e limpava o pó à minha caixa de música, não sei como, desencaixei a parte do candeeiro e que é a que roda quando soa a melodia. Tentei, quase durante uma hora, encaixar aquilo. Via o sítio onde tinha de encaixar, tentava rodar a parte que me tinha ficado na mão e nada. Não conseguia. Aquilo caía novamente. Corriam-me montes de lágrimas pela cara abaixo. Estava furiosa. A minha caixa de música... Praguejava. Acabou tudo... ok... mas não posso ficar ao menos com a minha caixa de música?! Não consegui. Há bocadinho, quando vinha do banho para me sentar no sofá a ler mais um capítulo da tese da minha amiga em apuros tésicos doutorais, olhei para a caixa. Parada. Desmembrada. Uma sombra da minha caixa de música. Quase toda a magia daquele objecto se tinha finado. Peguei na caixa e na parte que tinha caído e tentei encaixá-la ao contrário do que na quarta feira tentei durante tanto tempo. Está perfeita. Afinal... o segredo estava em fazer as coisas ao contrário. O que, para quem conhece a minha caixa de música e a história que acabou, é de uma ironia indescritível. Sinceramente.

Conversa pela noite dentro

Linda, é bom que sejas assim uma romântica. A sério, é bonito, até. Mas se começares a por na forma como vês o mundo e os outros uma pequena dose de pragmatismo, sofrerás menos. Acredita em mim.
By G., fiel companheiro, em fase de orelhas a arder de tanto me ouvir.

Verdades e assim assim

Está um tempo tão fresquinho que hoje até me apeteceu fazer uma torrada e um chá quentinho para o pequeno almoço.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sem (mais) palavras

A pirâmide de Maslow é uma imagem a que recorro muitas vezes. Olho para ela de cada vez que começo a sentir os pés levantarem-se do chão. Porque os dramas que venho enfrentando só provam como já sou uma privilegiada. Ora olhem lá para esta fotogaleria e digam-me, sinceramente, se são os mais infelizes dos seres do universo. Digam... Não são, pois não?! Foi o que eu pensei. Não desvalorizo, nunca desvalorizo o que vai moendo a esperança na demanda da felicidade de cada um, mas sou obrigada a envergonhar-me por haver dias em que me apetece maldizer quase tudo na vida.

...

Florzinha de estufa

Comecei a fazer alergia ao cif. Sim, a esse cif que estão a pensar. Nunca me tinha acontecido. Nunquinha. Só gosto de limpar as louças da casa de banho com cif. Mais propriamente, cif creme. Para ser absolutamente exacta, cif creme embalagem branca. Não gosto de mais nada. Sou fiel ao cif. Ou melhor, fui. Até ontem. Mal me pus a esfregar com aquilo fiquei com as mãos vermelhas, vermelhas, vermelhas e com umas borbulhinhas de água nas palmas. Sou muito flor de estufa, sinceramente. Euzinha, euzinha que cada vez mais me convenço que podia ganhar a vida a limpar casas. Sou mesmo boa a fazer isso. Mas agora, bem, agora tenho de procurar um substituto para o cif. Bolas...

Clic off

A puta da mania que são ricos (também dá para dr.s, importantes e coisas assim).

Primeirus: És rico?! És?! Parabéns! O Natal já passou e tu vais com os cães, como se dizia no ciclo.
Segundus: Quem andar contigo por seres rico, não precisa de ser informado... já se informou suficientemente. Mas... há quem possa andar contigo não por seres rico, mas por seres outra coisa qualquer.
Terceirus: Já lá vai o tempo em que precisávamos que nos pagassem as contas, sim?! Revê lá o teu conceito de mulher, que isso deve andar um bocado atrasado no tempo.
Quartus: Se se tiver dado o caso de, apesar dessa puta dessa mania, teres conseguido captar a atenção de uma tipa normal, nota que, ao insistires em ser "caga milhões", o mais certo é que em pouco tempo só apeteça à primeira dama ir pregar para outra freguesia.
Quintus: Se fores assim e ela se rir, ergue as mãos ao alto. Foram feitos um para o outro.

Não há pachorra.

Arraialeira

Eu sei que a palavra não existe. De qualquer modo, a língua também é minha e de certeza que não se sente tão ofendida com esta criação by R como pelo acordo ortográfico. Assim sendo, considerem oficialmente criada a palavra arraialeira para efeitos de conceptualização de toda a pessoa amiga do arraial, mas assim amiga do peito, mesmo. Para se ser arraialeira, a pessoa em causa tem de superar várias provas. A saber: ter dançado ao som do Quim Barreiros durante pelo menos três horas seguidas, episódio que lhe valeu destruir umas sandálias e foi senha de entrada de uma das companhias no hospital com um pé todo lixado. Arraialeira que é arraialeira põe as mãos no ar como se estivesse num rancho de cada vez que o ritmo chama, deixa cair meia dúzia de lágrimas quando ouve grunhidos em que a palavra amor seja uma em cada duas palavras do refrão da letra da cantiga, sabe de cor músicas do inolvidável Dino Meira, do Nel Monteiro, do Zé Malhoa, do Quim, do Marante, dos Diapasão, do Mundo Novo, do grande Marco Paulo e do Tony. Mais. A verdadeira arraialeira já comprou pelo menos uma cassete desta gente, nem que tenha sido por volta dos sete anos e só porque estava numa festa e o tipo dava autógrafos nas cassetes. Arraialeira que é arraialeira subiu pelo menos uma vez ao palco de uma festa pagã da paróquia para dar umas flores ao artista. De preferência, o artista seria a Cândida Branca Flor. Arraialeira que é arraialeira já cantou noites de São João inteiras no areal da praia, desde fado de Coimbra àquela do biquini às bolinhas amarelas. Sempre que pedem uma coisa difícil a uma arraialeira, vem-lhe à cabeça a famosa quadra "como é que eu hei-de, como é que eu hei-de, como é que eu hei-de me ir embora... (o resto vocês sabem!)". A arraialeira escandaliza-se quando um amigo mais velho confessa, entredentes, que não conhecia a intemporal "estava a assar sardinhas, com o lume a arder (e por aí fora)". Ora, eu sou uma grandessíssima arraialeira. Mesmo. Por essas e por outras é que já ando a organizar a agenda para umas noitadas na minha Expofacic. Gosto das tendas, até gosto da parte dos tractores, gosto das tascas, gosto dos casais em que ela parece que vai para uma gala e a ele lhe apeteceu arejar o fato de treino, gosto de encontrar gente que só encontro lá, gosto do ritual de juntar a famelga toda à roda de uma mesa da barraca da terra do papá, gosto dos arraiais, gosto, pronto!

Casas - continuação

Tenho mesmo de dizer isto

O carácter público por chapa cinco dos crimes sexuais contra menores cada vez me aflige mais. Aflige-me tanto. Tanto. Deus me livre e guarde... e aos meus (filhos, sobrinhos, afilhados, amigos, todos...).

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Se eu tivesse facebook

era hoje que criava um movimento. O movimento "Vá lá... eu não... eu não fiz sexo brutal com Strauss-Kahn". A sério... Mais alguém se acusa?! Já não há pachorra. Sobretudo para notícias em que, para além de brutal, o sexo com o senhor dá pela característica de consentido. E íntimo, não?! Íntimo não vos diz nada?!

Ao almoço

Mana, as minhas aulas começam a 7, mas as do D. e as da S. só começam em Outubro e por isso nós vamos arranjar casa, mas eles não vêm logo viver comigo. Mana, posso ficar na tua casa até eles virem? Não me sinto psicologicamente preparado para viver sozinho. Nem para isso, nem para estudar uma coisa que se chama exognósia. Ai mana... (suspiro)

Vamulá

Os meus adorados alunos

Acabo de marcar uma hora para tirar dúvidas a um aluno para dia 9 de Setembro. Chumbou ontem. Está aflito. Mas por que raio se lembram eles de Santa Bárbara apenas quando troveja?!

Verdades e assim assim

Sabes que tens arejado mesmo muito os vestidos quando está frio, vestes umas calças, chegas para trabalhar e a tua colega te diz "Já foi há tanto tempo que tenho a impressão que nunca te tinha visto de calças!"!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ora então... a menina sonha com...

este vestidinho da nova colecção da Moschino.

Constatação do fim da tarde

Eu não estou doida. Mesmo. Quando há pouco NOS convidaram para uma coisa, percebi isso. Eu não estou doida.

Estatistiquemos só um bocadinho, que também importa!

1068 pausas para escrever, em 310 dias. Fora as outras. Se o objectivo era ganhar tempo, saia daí um forte aplauso. Done.

Best friends

Entre frases como "o Mundo ainda estará para nós", "querida, há pessoas que são como os ouriços, mas com os picos para dentro" e "que história é essa de ir abaixo... mau!", tenho almoços e jantares e filmes e montes de cenas marcadas até ao fim do mês. Depois... depois vou-me embora. Para ao pé de onde o silêncio é coisa boa. Não me apetece pensar na vida.

Lembram-se


deste post?!

Pois.

Wishlist

Um chapéu de palha para a praia. Assim lindo de morrer, de cair para o lado.

Tenho uma panca muito forte por chapéus de palha, chinelos, vestidos e túnicas de praia.

Música


Por estes dias, muita música. Muita, muita, muita música. Muito, muito, muito trabalho. Cansar o corpo até que ele queira aterrar na cama e dormir. Ocupar a cabeça todos os minutos. Ler tanto. Impedir a mente de divagar. Por estes dias, encontrar amigos, ver filmes novos, arrumar gavetas, fazer listas de tarefas, começar artigos em série, mesmo com a convicção de que metade não serão para acabar tão depressa, procurar bibliografia, cair de cabeça no que pode ocupar-me o futuro que se avizinha já ali adiante. Por estes dias, precisamos muito disto.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Por favorzinho

Parem de dizer cônjugUe. Sou capaz de me levantar e bater no próximo que me testar a paciência com isto. A sério. Poupem-me. É CÔNJUGE. Sem U. Sem U.

Verdades e assim assim

Levou onze dias até conseguir chorar. Há quem jure que sente como se cento e onze não chegassem para secar.

Digam-me o que encerra uma frase assim #7

Não me telefones, não me escrevas, não me procures. Se te telefonar, não atendas. Se te escrever, não respondas. Se te procurar, evita-me. Faz isso. Por favor.

Frases com história #3

Eu: Depois do que aconteceu, decidi acertar as contas com as histórias do passado. Com aquelas com finais mal amanhados. Com todas aquelas almas a quem não dediquei as atenções que talvez merecessem. E pronto. Dívidas saldadas.
Ela: Mesmo com fulano?!
Eu: Amiga, eu quis acertar as minhas contas, nunca me passou pela cabeça acordar os monstros.

domingo, 17 de julho de 2011

Esperanza

Esperanza

Menina da Lua

(...)


- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A Princesa do conto: “Era uma vez...”

Florbela Espanca

Anos a fio...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vizinho

não ensaies piano quando falta pouco para as duas da manhã.
Tenho estado a adiar. Tenho aqui muito capítulo de uma determinada tese de doutoramento a 15 dias de ser entregue para ler e comentar e a minha amiga agradece que o faça o mais rápido possível, mas não dá mesmo mais e preciso de cair na cama e dormir. Amanhã começo com exames às 9h. Tem dó. Pára lá com a tocadoria. Eu adoro quando tocas, tu sabes, mas hoje já não te posso ouvir. Deixa-me ir dormir... Vá lá.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mamã

A minha parava tudo para se sentar no sofá comigo a ler-me as legendas do Alf. Eu dava-lhe a mão e não a deixava sair. Ela lia os episódios inteiros. Rápido. Para eu me rir ao mesmo tempo que a plateia da série.

Verdades e assim assim


Nunca poderei participar na rubrica do livro da semana da UC.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

So true...

A minha rede, a minha tão linda e confortável rede...

A minha rede é linda. A minha rede é confortável. A minha rede levou meses a ser uma realidade na varanda cá de casa. A minha rede esteve para não ser. Ia sendo. A minha rede primeiro não cabia. Então comprei uma espreguiçadeira. Mas eu acreditava que ia ter tempo para dourar as pernas nos fins de tarde e que, quando em Agosto chegasse à praia, a minha cor já não seria branco lula. Então continuei a procurar a minha rede. A sonhar com ela. Comprei finalmente uma rede. É tão linda a minha rede. Montei a rede. Toda a gente sabe que bricolage não é o meu forte. Superei-me. Ficou linda. Deitei-me lá. Foi tão giro. 5 minutos. Depois disso, mais duas vezes. Uma, enquanto fazia pirraça ao mano porque cheguei primeiro, toma, toma, toma. 2 minutos, se tanto. Outra, uns dez minutos a ler um livro enquanto a sopa acabava de fazer, num fim de tarde de há tempos. Foi bem. Tenho a rede desde a Páscoa. Mas pareço masoquista. De manhã, enquanto preparo o pequeno almoço, olho para ela. Invariavelmente, prometo-me meia hora nesse dia lá deitada. Tenho-me desiludido com a minha falta de palavra, é o que é. É tão linda a minha rede. E eu só fico a olhar para ela. Em Agosto, levo-a para casa dos meus pais e ponho-a no jardim. Haja alguém a aproveitar a minha rede. Eu tento. Mas não consigo. E custa-me. Olhar e não poder mexer. Só que a minha rede está ali na varanda e não é peça de museu. Por isso, custa mais. Ora porra para isto.

Wishlist

Deus

Soube hoje que diagnosticaram, já em fase muito avançada, ao marido de uma grande amiga, a doença de huntington. Todos os sintomas foram sendo desvalorizados por ele: "É o stress. Ando cheio de trabalho.". Ela... um dia... não acreditou. E fê-lo ir ao médico. O J. tem 40 anos. Ela tem 33. Eles ainda não tiveram filhos. Estavam à espera que ela acabasse o doutoramento. Hoje, ela dizia-me: "Sabes aquela frase de que Deus só nos dá os fardos que sabe que vamos poder carregar?! Venho-me perguntando o que terá passado pela cabeça de Deus para nos enviar um fardo deste tamanho...". Não soube o que dizer-lhe.

*

terça-feira, 12 de julho de 2011

Private joke


Estava aqui a pensar numa coisa... Agora que vocês acabaram, como é que eu faço uma tese de doutoramento?! Acho que vou desistir. Já não faz sentido.


É tão tótó, valha-me Deus. Mas pronto, deu para rir. No meio do drama, soube a comédia. Humor negro mas, ainda assim, humor.

A parte boa de se ter um melhor amigo homem

é poder passar um almoço de três horas a ouvir as explicações de um homem sobre um acontecimento que só prova que não dá para entender os homens.

Dos astros

"En estos momentos te está resultando muy difícil estar con alguien de tu vida. Estás tentado a poner una barrera para que así su actitud no pueda hacerte daño."

Às vezes, custa ficar indiferente a esta coisa dos astros. Em cheio.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Actualização

Dei um 16. Parece que foi a mim. Estou com a alma lavada.

Impaciência

Dou por mim a bater o pézinho descalço no tapete e com dores no joelho da outra perna, dobrada sob o meu corpo. Vai daí, levanto-me. Bebo um copo de água, estico os braços, penduro-me na porta da cozinha, toda esticadinha, a fingir-me de alta, e volto a sentar-me. Mais meia dúzia. Nada. Ou chumbos directos ou passaporte para oral. Levanto-me. Pego na tralha. Saio da secretária. Sento-me no sofá. Mais quatro. Nada. Levanto-me. Pego na tralha. Tremo os dois olhos com o nervoso miúdo. Raios, pá. Fogo. Isto não se faz a uma professora. Isto não se faz. Estou, neste momento, com tudo espalhado na mesa da cozinha. Enquanto corrijo, faço arroz de oregãos. Já bebi um bule de chá. Estou farta disto. Detesto corrigir exames. Então destes... ai. E há evidências de carecer de uma directa para acabar a empreitada. Uffa. Já estou enervada. Era correr tudo à lambada. Cada uma, sinceramente. Cada uma que até parecem duas. Até agora, desde as duas da tarde e... ainda só passei duas crianças. Ai. Aaaaaiiiii.

:)

Dos mundos, dos livros, das raparigas e de nós todos.

Date a girl who reads. Date a girl who spends her money on books instead of clothes. She has problems with closet space because she has too many books. Date a girl who has a list of books she wants to read, who has had a library card since she was twelve. Find a girl who reads. You’ll know that she does because she will always have an unread book in her bag. She’s the one lovingly looking over the shelves in the bookstore, the one who quietly cries out when she finds the book she wants. You see the weird chick sniffing the pages of an old book in a second hand book shop? That’s the reader. They can never resist smelling the pages, especially when they are yellow. She’s the girl reading while waiting in that coffee shop down the street. If you take a peek at her mug, the non-dairy creamer is floating on top because she’s kind of engrossed already. Lost in a world of the author’s making. Sit down. She might give you a glare, as most girls who read do not like to be interrupted. Ask her if she likes the book.Buy her another cup of coffee.Let her know what you really think of Murakami. See if she got through the first chapter of Fellowship. Understand that if she says she understood James Joyce’s Ulysses she’s just saying that to sound intelligent. Ask her if she loves Alice or she would like to be Alice.It’s easy to date a girl who reads. Give her books for her birthday, for Christmas and for anniversaries. Give her the gift of words, in poetry, in song. Give her Neruda, Pound, Sexton, cummings. Let her know that you understand that words are love. Understand that she knows the difference between books and reality but by god, she’s going to try to make her life a little like her favorite book. It will never be your fault if she does.She has to give it a shot somehow. Lie to her. If she understands syntax, she will understand your need to lie. Behind words are other things: motivation, value, nuance, dialogue. It will not be the end of the world.Fail her. Because a girl who reads knows that failure always leads up to the climax. Because girls who understand that all things will come to end. That you can always write a sequel. That you can begin again and again and still be the hero. That life is meant to have a villain or two.Why be frightened of everything that you are not? Girls who read understand that people, like characters, develop. Except in the Twilight series.If you find a girl who reads, keep her close. When you find her up at 2 AM clutching a book to her chest and weeping, make her a cup of tea and hold her. You may lose her for a couple of hours but she will always come back to you. She’ll talk as if the characters in the book are real, because for a while, they always are.You will propose on a hot air balloon. Or during a rock concert. Or very casually next time she’s sick. Over Skype.You will smile so hard you will wonder why your heart hasn’t burst and bled out all over your chest yet. You will write the story of your lives, have kids with strange names and even stranger tastes. She will introduce your children to the Cat in the Hat and Aslan, maybe in the same day. You will walk the winters of your old age together and she will recite Keats under her breath while you shake the snow off your boots. Date a girl who reads because you deserve it. You deserve a girl who can give you the most colorful life imaginable. If you can only give her monotony, and stale hours and half-baked proposals, then you’re better off alone. If you want the world and the worlds beyond it, date a girl who reads.Or better yet, date a girl who writes.

Rosemary Urquico

Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.Oferece-lhe outra chávena de café com leite.Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.Ela tem de arriscar, de alguma maneira.Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.

Rosemary Urquico

Roubado d' O meu placebo

Tempo

Gosto tanto deste tempo... tanto. Muito mais que de dias de muito sol e calor. Mais que dos dias de chuva. Gosto tanto deste tempo meio encoberto, quente qb, a convidar a um casaquinho, ainda que de sandália no pé. Deve ser também por isto que adoro Londres. Gosto tanto deste tempo.

domingo, 10 de julho de 2011

Verdades e assim assim

Assusta-me tanto pensar que, depois de um Julho/Agosto inteirinho a por-me em ordem, chegamos ao início de mais um ano lectivo e toda eu me baralho novamente que, só não juro que não vai voltar a acontecer porque não aprecio juras. Nem de amor.

Bora lá dar cor à vida!

Diz-me o que fizeste no Verão passado

No Verão passado, conheci o R. O R, não tendo sido um conhecimento provável, foi um conhecimento importante na minha vida. Já o disse. Em tempos, no tempo que julguei mais certo, disse-lho a ele. Não namorei com o R, não andei com o R e tão pouco me tornei amiga do R. O R saiu, por isso, da minha vida como entrou. Sem mossas de maior. A bem dizer, o R, ali a determinada altura, foi empurrado para fora da minha vida. Isso mesmo. Empurrado. Mas era preciso conservar a serenidade de que as mossas não se agigantariam. O R, dizia eu, foi importante. E porquê?! O R foi importante porque me dedicou atenções que poucas pessoas até hoje me dedicaram, porque, lentamente, com jeitinho, se acomodou nos meus dias durante semanas, porque me fez sorrir à toa e acreditar quando eu achava que não havia mundo para lá do que me tinha escapado por entre os dedos. O R foi paciente. E persistente. A determinada altura, baixei a guarda. Lá muito para diante. Mas eu acreditava que as pessoas que dedicavam aquelas atenções mereciam muito que baixássemos a guarda. E descrevi-me com os medos todos de quem tinha o coração feito num oito. O R não fugiu. Ficou. E isso fez dele alguém que queria muito manter na minha vida. Até que um dia o R já não queria ser essa pessoa importante e cometeu o enorme erro de tentar convencer-me que tudo não tinha passado de uma coisa igual a tantas outras. O R provavelmente não sabe, nem nunca saberá, mas foi nesse dia que eu percebi o quão importante ele já era. É que eu não fiquei chateada. Não. Eu fiquei triste. E há poucas pessoas suficientemente importantes para mim para me largarem da mão e com isso deixar-me triste. Ainda assim, continuei a acreditar que o desvelo com que uma pessoa nos trata é uma bússola constante do que nos quer bem. Por isso é que hoje concluo que me dou muito menos valor do que aquele que tenho na realidade. Sou, só pode, uma tipa fantástica. Têm-se cruzado comigo na vida pessoas que me têm tratado tão bem, mas tão bem, mas tão bem... e que não querem nada que as guarde comigo... que aquela é uma conclusão óbvia. Não mais falei com o R. Não sei dele. A bem dizer, também não é coisa que me tire o sono. Espero sinceramente que esteja bem. Talvez a vida tenha dado uma volta de 180 graus e tenha acabado em tempo a sua empreitada, casado e tido meninos entretanto. Quem sabe não mora numa casa com jardim e por lá não corram cães aos domingos de manhã?! O R gosta de cães. Não me lembro do R muitas vezes. Mas lembro-me algumas. Não porque tenha ficado alguma coisa por dizer. Não. Acho que nos desencontrámos em algum furo da vida. Não dei por ele. Se tenho pena?! Não tenho perdido tempo a pensar nisso. Não aconteceu. Paciência. Talvez o R já nem se lembre que um dia passei pela vida dele. Aparentemente, não fez mais por mim do que por qualquer outra tipa que conhecesse em circunstâncias semelhantes. É isso que me faz confusão. As pessoas fazerem tantas coisas, a tantas pessoas. Não bater a bota com a perdigota. Eu lá perco horas a deitar conversa fora com qualquer pessoa?! Nem por sombras. Mas enfim. Adiante. Dizia eu que não me lembro muitas vezes do R, mas que me lembro algumas. Hoje, lembrei-me. E percebi que, de facto, não tendo marcado a vida do tipo, o tipo marcou a minha. Lembrei-me do R quando discutia com os cúmplices do livro as estratégias todas para pôr a avó a falar e a contar histórias. Lembrei-me do R porque, se houve coisa que me fez sentir ser importante para ele foi, sem ter conhecido verdadeiramente a pessoa, ter ficado a conhecer uma parte importante da história do avô dele. Eu gostei do R muito por isso. E por me ter incluído nisso. E, se há coisa em que penso mais vezes é... nesse avô. Se ainda por cá andará. Já não estou triste. Já passou. O R não saberá que escrevi este post, muito provavelmente. Mas fica escrito. Foste importante, pá. E talvez sim, talvez tenha alguma pena que tenhas voado sem tentar perceber como seria se ficasses. Fim.

Minha música essencial #29

Verdades e assim assim


Gosto tanto de espectáculos de dança. Ontem à noite, no TAGV, lembrei-me de uma certa noite de Julho de 2008... em que era tudo luz, ritmo, sorriso e pontas (soltas). Uma certa noite de Julho de 2008 em que estava longe de imaginar as minhas noites deste Julho de 2011. Eu sei que a vida tem um sentido. Mas há coisas na vida que, digo-vos sinceramente, não me parece que tenham sentido algum.

sábado, 9 de julho de 2011

Da serenidade. Do fim da vida. Da esperança. Da morte. Do dever cumprido. Da família. Do amor. Da paz.

"Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará."

Maria José Nogueira Pinto, Julho de 2011, DN

Improváveis



Pintei as unhas dos pés de verde escuro e as das mãos de cor de rosa claro.

Love it

Corrijam-me se eu estiver errada


A é casado com B. A conhece C. C sabe que A é casado. C anda a dormir (não é bem dormir, é mais afugentar o sono) com A.
C pode ser muitas coisas de A. Pode ser amante, pode ser amiga colorida, pode andar metida, pode ser aputada (como diria a avó da Ni), pode ser ingénua e até pode ser puta mesmo. Mas namorada de A é que C não é.

São factos, senhores, são factos!


O cacto que se julgava moribundo está a dar flor. Cor de rosa. Maravilhosa. Grande. Forte. Determinada.

Wishlist

Comparações

Lembram-se da Júlia do Inspector Max?! Tenho sido tal qual. Vá, um bocadinho pior.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Verdades e assim assim

Vou encher a banheira com muita espuma. E pousar ao lado um cálice de vinho do porto. Se não fosse cá por coisas, era hoje que experimentava um cigarro.

Minha música essencial #28

Feitios

Quando lhe dizem que o caminho acaba aí, que não a acompanharão em diante, que a tranquilidade das águas em que supunha poder mergulhar se apressasse o passo mais um pouco não passa de papel de cenário, podia optar por gritar, na esperança de aliviar a dor. Normalmente, não o faz. É precisamente quando se espera delas que se desfaçam em pranto que preza as lágrimas mais silenciosas. Caladinhas. Quase mudas. E sós. Sem ninguém a ver. Raramente se insurge. Sempre achou que fazê-lo, podendo apaziguar-lhe a mágoa, não correspondia ao que sentia. Opta muito por se despedir com a promessa de não deixar coisas por dizer. E só diz coisas bonitas. Com calma. Dói mais assim. Mas não restam arrependimentos.

O princípio do fim

ou em casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Parece que a Dinamarca voltou a estar atenta à circulação de pessoas e a fazer um crivo à entrada de imigrantes. Mais, aqui.

Verdades e assim assim

Há qualquer coisa que me faz espécie nesta notícia. Gosto pouco que me comparem à Barbie. Nada do que aprecio deve ser comparado aos seus kits. Não sei. Mas a ideia de que ficamos mais contentes se nos enfiarem numa caixa cheia de acessórios só me dá nos nervos. Imagens em série do que se pode esperar de uma mulher são deprimentes e ando com pouca pachorra para fazer de burra. Há horas assim.

Pequena R. comenta finalmente isso que o leitor está a pensar

quinta-feira, 7 de julho de 2011

...

Frases com história #2


Somos só muito amigos.

Todas nós devíamos casar com grandes amigos. Dormir e acordar para sempre junto de alguém que seja menos que isso é um passaporte para se ser menos feliz. Não são só muito amigos. Já são muito amigos, diz antes assim.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Huuummm, tão bom!


Por estes dias, cá em casa, bebe-se muito disto.

Para um litro de água:
- um limão cortado em 4;
- sumo de um limão;
- 6 a 8 pedras de gelo.

Escrever um livro


Sempre me apeteceu escrever um livro. E plantar uma árvore e ter três filhos. Já escrevi uma tese que, oh peneirice, virou livro. Hei-de, assim o Criador me auxilie, escrever outra. Quem sabe não vira livro também, oh peneirice maior ainda?! Mas a minha vontade de escrever um livro não se satisfaz por aí, por publicações profissionais. Não. Eu sempre acalentei o sonho de escrever um livro, assim desses que se leem nos bancos do jardim, nas toalhas da praia ou no sofá de casa à média luz. A ideia foi ganhando muita consistência à medida que me fui apaixonando pela história de uma pessoa e..., inevitavelmente, pelas histórias que tem para contar. Não lhe passará por certo pela cabeça que me ando a compor para dar à luz uma coisa dessas, mas... hoje comprei um gravador. A partir de agora, as nossas conversas ficarão ali guardadas, não vá a minha memória trair-me no dia em que, sem amarras de literatura jurídica com prazos a serem cumpridos, puder, finalmente, sentar-me a escrever o meu livro. Espero muito conseguir escrevê-lo a tempo de lho dar para ler. Se não, pelo menos, espero honrá-la nele o suficiente para que um dia cada bisneto lhe dedique a mesma admiração que me faz ser mais feliz quando dizem que somos iguais.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Verdades e assim assim

Se te pedirem, amor, se te pedirem
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu.
...
Sou o guerreiro sem forças
para erguer a sua espada,
sou o piloto do barco
que a tempestade afundou.

Não contes, amor, não contes
que eu tenho a alma sem luz.
...

Fernando Namora

Sopa

Voltei aos jantares a sopa. Não sou fã incondicional da ementa quando chega o calor, desde logo porque só consigo comer sopa bem quente, mas ontem ofereceram-me uns feijões verdes que careciam de destino. Ficou óptima. Há dias em que até parece que sei cozinhar. Quando acabar a sopa, volto às saladas, que são mais fresquinhas para estes meses. Isto, claro, com a devida vénia a excepções como a de ontem ao jantar com... açorda de marisco!

E pronto,

chega o Verão... e eu mudo de aroma. Até Setembro, devo andar a cheirar a isto.

Mas não há nada que supere o meu Balenciaga Paris. É o único perfume, até hoje, que acho que seria capaz de usar o ano todo. Ainda não foi desta que experimentei. Também gosto de variar um bocadinho no pico do Verão e no do Inverno... mas o Balenciaga Paris é muito perfeito.

Ser benfiquista

é ficar um bocado chateada com a notícia de que o Fábio Coentrão vai para o Real. Acho que o miúdo faz muito bem, mesmo. Fico contente por ele. Mas sei que nos vai fazer falta... oh lá se vai!

RM

Fiz hoje, pela primeira vez, uma ressonância magnética. Não consenti em tomar contraste. Ainda não me esqueci da alergia à anestesia e outras pérolas da minha existência que me vão lembrando o quanto sou flor de estufa. Eu não estava nervosa. Eu estava muito nervosa. Sobretudo atendendo à claustrofobia crónica e à perspectiva de me enfiarem dentro de um tubo, amarrada. Fui de companhia, ou melhor, a companhia levou-me, que não estava bem com vontade de pegar no carro. Conversámos de muitas coisas, numa tentativa dele que tenho de reconhecer bem querida de me fazer abstrair do que aí vinha. Quando entrei, ainda reinava o medo. Despir-me e vestir a fatiota de papel que nos dão também não ajuda muito à autoestima de uma rapariga. Mas foi quando me deitei na maca, me prenderam a perna e puseram aquilo a andar para dentro do túnel que a imagem da geringonça encravada e eu lá presa ganhou mais impacto na minha mente. Foram cerca de 25 minutos, com os olhos fechadinhos e a pensar na vida e em prados verdejantes, olha que lindo, pequena R.. Terminado o exame, tenho de reconhecer: não mete medo. Não é assim coisa que apeteça fazer todos os dias, mas pronto... é fazível quando tem de ser. Cheguei à sala de espera e encontro o silêncio. Com uma revista de fofocas ao lado, dormia calmamente a sesta. Paguei e saímos. Pelo caminho, intercalava as preocupações "Estás mesmo bem?" e "Não estava a ressonar, pois não?!". Agora é esperar pelo resultado. E vai correr tudo bem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Se eu tivesse twitter

agora escrevia "que puta de dor de cabeça" e, logo a seguir, "falta muito para o jantar?". Diz que só vou saber que é feriado em Coimbra a partir das oito da noite, num jantar que promete, numa casa que ainda não conheço, com gente que me trata bem, mesmo bem. Por falar nisso, tenho de ir às flores. É pecado ir a casa das pessoas pela primeira vez e não levar flores à anfitriã. Se não é, devia ser.

:)

E, para espairecer um bocadinho do relatório, vou corrigir mais uns exames. Ah... vida animada!

Wishlist

É muito oficial. Apaixonei-me pelas pulseiras e fios da Palmira Pereira Coelho em que combina fio de seda com pequeninas peças de ouro estilizadas ou pedras semipreciosas. São a coisa mais delicada e apetecível para o Verão, sobre peles tostadinhas do sol.

Das equipas

Tem sido até às tantas e desde a alvorada. Hoje, mais um pedacito. Com um telefonema matutino com juras de "li, pois li, vai em versão final, linda". Nunca fiando. Ponho mãos à obra. Há uma hora, um mail em que escrevo apenas "sinto-me engrupida". Ele... "foi aldrabado, pois foi". Eu... "não pus track changes... mas este português, ai este português, rapaz." Ele... "É preguiça. Sei sempre que ou tu ou a D. terminam o meu trabalho!". Só me apetece bater-lhe, nestas horas. Mas não o trocava por nenhum outro. Porque as equipas são feitas de muito mais que partilhar trabalho. Tem de partilhar-se cumplicidades. E, nisso, somos insuperáveis. Mas um dia chateio-me.