quinta-feira, 26 de março de 2015

É a igualdade, estúpido!

Uma pessoa habitua-se a ver que discriminação em função da orientação sexual é uma coisa inconstitucional, que matar pessoas por causa disso entra num dos exemplos padrão do homicídio qualificado, que a liberdade é um bem fundamental, que as sociedades estão mais tolerantes, que uma série de outras coisas... Depois lê uma notícia destas e procura o calendário, à pressa, em busca de uma justificação esfarrapada que associe a má piada ao dia das mentiras, mas verifica que estamos em Março e é obrigada a deitar as mãos à cabeça e a pensar que a raça humana tem laivos de estupidez preocupantes, assim, de tempos a tempos, que abanam o Mundo e nos fazem questionar para onde raio caminhamos... Há dias em que até tenho vergonha de pertencer à categoria das sobranceiras pessoas humanas. Sinceramente. 

quinta-feira, 19 de março de 2015

quarta-feira, 18 de março de 2015

Hoje de manhã, enquanto fazia o caminho para vir trabalhar, à minha frente circulava um autocarro. No vidro traseiro do dito, uma folha de papel A4 com o seguinte dizer:

Se fez amor hoje, sorria!

Mesmo não tendo feito, não consegui evitar sorrir. Ele há ideias do catano.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Hoje visitei uma casa sem terraços, nem varandas, nem portas sacadas

Foi uma tristeza.

Reflexos de uma mãe ainda sem filhos

Sempre que vou a conduzir e preciso de travar, deixo que tudo dentro do carro e eu própria nos embardalhemos à vontade, mas o que vai no banco do pendura é suportado pela força de um braço rápido que, ligado ao coração, me obriga a verificar bem, mais do que uma vez, se o mano não vai mesmo ali ao lado. Fui muito motorista do meu irmão, está visto. Foram demasiadas viagens para a música, para a natação, para o inglês, para a catequese, para o jazz, para sei lá mais o quê. Estou traumatizada. Levava a pessoa preferida no carro e ainda era meio maçarica. Travar era uma grande arrelia. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Estava-se agora muito bem


era neste sítio. É um descanso!

O dia em que o blog mudou de rumo

Houve um dia, um dia que eu não consigo dizer qual foi mas que juro que existiu, em que este blog mudou de rumo. Sei disso bem. O dia existiu. Só isso justifica que numa das fases mais complicadas da minha vida tenha sentido que este não era o sítio para desatar num pranto. Tem havido dias em que o blog de antigamente, escrito na penumbra de uma identidade desconhecida de todos, menos de mim, me tem feito muita, muita, muita falta. Depois conformo-me e até me alegro com o que aconteceu. Talvez por não poder desabar no blog, ganho calo para não desabar tantas vezes. Poupo-me e poupo-vos às inevitabilidades. Vou aprendendo, com cada vez mais paciência, que a vida é feita de altos e de baixos e que se os segundos não existissem não apreciaríamos convenientemente os primeiros. Vou por aqui passando... é verdade. Mas tenho calado mais do que tenho escrito. Talvez porque tudo aquilo que tenho para escrever seja demasiado importante para caber nas palavras que eu sei de cor. Ando há meses a descobrir prioridades. Mais uma vez. Por novas razões. Há-de ter um sentido, isto tudo. Devo estar a caminho... todos os dias... Haja paciência. E paz. E o amor. Sobretudo ele... cheio de saúde.

Sou uma sortuda!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Eu e a Ana Sousa

Durante anos, consegui comprar roupa na Ana Sousa. Juntamente com a Massimo Dutti, a Lanidor, a Tintoretto, a Caroll, a Naf Naf e a Benetton, era um dos meus locais de abastecimento habitual quando precisava de alguma coisa para vestir. Depois a Tintoretto desapareceu, a Caroll também, a Sisley começou a piscar-me muitas vezes os olhos e acabei por me render também à Kookai. Nesse meio tempo, a Ana Sousa deu em radical e era ver-me entrar e sair vezes a fio de mãos a abanar. Era só roupa ponta acima e ponta abaixo, corpetes, tachas, drapeados com brilhos à mistura, caras nas camisolas, leões em calças, vestidos de transparências para o dia a dia, enfim. Deixei de entrar na Ana Sousa e nunca mais lhe senti a falta. Guardei o cartão por descargo de consciência, mas há anos que lá não vou. Ontem, sem que nada o fizesse prever, reconciliei-me um bocadinho com a marca. A grande responsabilidade é destas três grandes queridas que, quer-me parecer, não tarda muito hão-de vir morar cá para o armário. São todas muito, mas muito mais giras e cor de rosinha o vivo. E acho que ficam todas bem melhor com calças de ganga. Tão sweet princess...



Deve ser da idade

Gosto pouco do sol e a minha estação é o Inverno. Se a chuva me cansa, o frio deixa-me numa felicidade sem fim. Mas este ano, por muitas razões, os primeiros sinais de Primavera souberam-me muito bem. Não sei se pelas amendoeiras a florir, os pés a pedirem sapatos abertos ou a brisa de uma época nova a inaugurar... Sei que esta semana há-de ser melhor que a que passou. E que depois há-de vir outra ainda melhor. E depois outra melhor ainda. E assim sucessivamente. 

Por aí


Para pensar... sem pirar

Hoje, há minutos, ao voltar para casa, fiz a maior parte do caminho no meio de um trânsito infernal. À minha frente, um daqueles veículos da categoria da geringonça, entre a mota e o carro, mais estranho que os papa reformas, uma espécie de Buggy, mas de alcatrão, não sei explicar.  Colado no vidro traseiro, o seguinte dizer "Suicide industry". Pensei no quão difícil seria adequar mais as palavras à realidade de circular naquilo...