Palestra à volta da cidadania e jantar institucional na Baixa.
Restaurante catita, suspiros pelos restauros das casas da Praça Velha, jantar com ensaboadela de história desde 1900 e troca o passo porque logo de frente para alguém que comemora este ano 60 anos de entrada na Faculdade... Já perto do fim... Sony! Para quem não sabe (ou seja, para quem não conhece os meandros da noite coimbrã), o Sony é um quéfrôr dos que entram em restaurantes à espera de caçar quem lhes pague a peso de ouro pirosas rosas vermelhas... A autoridade máxima do jantar, verdadeiro gentleman, diz ao Sony para dar uma rosa vermelha a cada uma das senhoras da mesa. O Sony conhece-me, porque eu ajudei a tratar da legalização do Sony num jantar no Cova Funda (os jantares de curso também têm uma vertente humanitária para algumas pessoas, não se bastando com provas atípicas de vinhos reles). Ora, o Sony não me viu bem, graças a Deus... e eu também não o chamei a atenção, que tenho um certo amor à minha reputação! Chegada a flor junto das minhas delicadas narinhas, toda eu tremi e não foi de emoção. A custo, suportei-a pousada longe, até ao momento crucial de pagar a conta e dar de frosques. A minha P. bem sabe que ainda ponderei atirar a flor no primeiro lixo que aparecesse, mas tive algumas cautelas, não fosse ferir susceptibilidades... e foi o caixote do parque do mercado a receber a encomenda. Insensível, pensam vocês neste momento. Gaja sem coração. Pedante do mais reles que a tradição já suportou. Ora bem... juízo absolutamente precipitado. A verdade é que o Sony faz questão de perfumar as suas rosas com Tabu. Tabu é cheiro que me atormenta e faz vir ao de cima o pior desta R. mais kika do Mundo. Pequena jovem ladina, eu tinha uma colega que usava Tabu, logo ali na época em que eu me borrifava apenas com duas gotas de Eau de Parfum da Don Algodon, ou seja, pela altura da pré adolescência. Esta minha colega tinha Educação Física comigo e eu cheguei a inventar dores de todos os órgãos presentes no corpo humano para não ter de suportar o momento em que ela se pulverizava nos balneários. Portanto, Tabu é um trauma de infância. Não fora isso e hoje teria a rosa de ontem instalada em qualquer solitário cá de casa.
Homem da minha vida, que já hás-de ter nascido, mau grado não me teres ainda encontrado e daí em diante vivido finalmente a sério: se um dia quiseres dar-me uma rosa, quiçá numa noite de Latada ou Queima, não a compres ao Sony. Apanha-a num jardim, correndo o risco por mim, e entrega-ma ainda com uma gota de orvalho. Prometo amá-la apesar de tudo. Se ainda assim te parecer que a minha cara denota algum desconforto perante a tua opção, não me deixes verbalizar que preferia uma túlipa e trava-me os intentos com um beijo que me cale vontades diferentes de te dizer que te amo e ponto final. Anotaste tudo? Obrigada!
A que trilhos
ResponderEliminarte conduziu
a guardiã
no leão alado
Sem o crer encontrar
no mapa do tesouro
assinalado...
És uma boca rota muito original :)
ResponderEliminarLeão?!
Sim, levas um na frente da tua viatura...
ResponderEliminarAcabei por perceber...
ResponderEliminarEstou um tanto lenta... ainda à custa do Tabu e deste nosso pseudo-tabu :)
Pior que o Tabu era o Madeiras do Oriente... creio que foi esse o detonador das minhas eternas crises de enxaqueca...
ResponderEliminar:D O Sony!
ResponderEliminarBem, e há mais rumores pouco abonatórios para o Sony...
Mas se há coisa que não suporto, é aquele ranhoso pato amarelo! :p