quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Raiz de orvalho e outros poemas

"...
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
..."

"...
Não sei o que te invento
se amo mesmo quando não és

Não sei o que te amo
se te invento como és

Palavras que voltam
se não voltas
Cega-nos a mesmo noite
o mesmo suspiro
de duas mãos entrelaçadas."

"...
por ora
basta-me o arco-íris
em que vos sonho
..."


Mia Couto

2 comentários:

  1. Ah... Mia Couto é sempre uma referência, ou não fosse o homem também biólogo! :)

    Belo poema, que fala das ilusões que criamos na nossa mente, às vezes de pessoas que conhecemos há anos (pelo menos, é a minha interpretação).

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  2. :) Descobri-o há pouco tempo e ando rendida!
    O texto é composto por fragmentos de três poemas do livro de poesia com o título igual ao do post.

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