terça-feira, 1 de maio de 2012

Pois...

Às vezes, sou bruta como as casas. Mesmo. Até me acho boa ouvinte e uma amiga paciente, mas às vezes enerva-me ver os meus amigos afogarem-se um dia e outro dia e outro dia ainda na mesma repetida mesmice de uma história que não lhes faz bem nenhum. E crescem em mim más ânsias de os calar, de lhes pedir, pelas almas, que se permitam passear os pensamentos por outras paragens. É tanto e tão pouco que lhes ganho uma certa, bem medidas as palavras, fúria. E, quando isso acontece, apetece-me desligar o telefone ou dar meia volta e ir embora. Mas não desligo. Nem vou. Só que depois eles até podem mudar de tópico que eu, porque ainda não refeita da fúria provocada pelos antecedentes, deixo que me saia pela boca qualquer coisa que arrume com o assunto. Às vezes, sou bruta como as casas. Hoje foi contigo, P., mas podia ter acontecido com qualquer outro amigo em semelhantes circunstâncias. Não gosto menos de vocês por isso. Preciso só de me repor os níveis de serenidade para poder voltar a ser a R. boa ouvinte e amiga paciente, sim?!

3 comentários:

  1. Tenho-te em muito melhor consideração do que julgas. E o poder ficar um pouco magoado é fruto do saber que, como tu, há poucos amigos. Mas, acima de tudo, que tens toda a razão. Todavia, até chegar a um determinado nível de serenidade (ontem foi o primeiro passo, embora muito tímido), há tanto que quero falar. E há tanto que quero calar.

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    1. Lá está... e eu preciso de repor os meus níveis de serenidade para vos ajudar a chegar aos vossos :)
      Gostiii, va bene?!

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    2. Não tarda estamos aqui a chorar agarrados ao teclado, miúda. ;) Eu também preciso, e é algo que tenho conversado (se é que me entendes ;), de deixar de ser egoísta. Lembras-te daquele dia em que eu falei, falei, falei e tu niente? E se precisavas de falar. É só um exemplo...

      Grazie mille, piccola R.!

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