quinta-feira, 24 de maio de 2012

Da profissão



Acabo as aulas amanhã. Este ano foi estranho. Muito estranho. Estive, pela primeira vez, exclusivamente na "minha área" e a verdade é que há muito, muito tempo que não me sentia tão "peixe fora de água". Quando, aos 22 anos, escolhi um caminho, estava tão longe de imaginar o que aconteceria depois dessa escolha. Como sempre, deixei-me levar pelo coração. Não hesitei. Decidi e decidi-me. Pouco tempo depois, um ano, mais ou menos, recebi um convite profissional que me mudou para sempre, a mim e às minhas escolhas. A minha área deixou, há muito, de ser "a minha área". Com algum jeito e paciência, tenho, com relativo sucesso, provado, no entanto, que é possível ter dois amores profissionais, que me interesso por coisas transversais, que é de um apoucamento tacanho espartilhar estes assuntos. Não posso, porém, evitar este sentimento parvo de ter desejado tantooo esta mudança e agora achar que sou tão mais moça do que a vida me ofereceu do que propriamente do que escolhi para mim. Sabemos tão pouco do que o futuro nos reserva, meus caros, tão pouco. E pronto, vamos entrar em dois meses loucos, muito loucos. E para o ano sentir-me-ei mais menina de crime que de família. Espero. Ou fifty fifty, que já não era mau.

1 comentário:

  1. Os caminhos vão-se escolhendo ao longo da vida e se seguirmos sempre o coração parece que tudo será mais fácil. O problema é quando nos magoam tanto que fazem com que o coração queira fugir... por muito que alguns, alguém, tente, tentem, minorar o efeito o coração sente que aquele não é o seu lugar, porque, sabe-se lá porquê, não o querem... ou aqueles que o querem não estão lá. Teremos que tentar descobrir outro lugar para onde o coração queira ir, ou tudo se transforma em tortura, ainda que sobrem partes que o coração gosta. ;):)(

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