sábado, 2 de outubro de 2010

Concertos

Assim o maior de todos a que assisti remonta ao ano da graça de 1999, a um dia perdido de Setembro. Tinha 17 anos, estava a dias de entrar na faculdade e passava um mês de férias no Canadá. Depois de uma viagem às mil ilhas (dos cenários mais bonitos que vi na vida) e de volta a Montreal, vejo um placard com o anúncio de um mega concerto de fecho de uma digressão importante da senhora. Quem, sendo menina, menina romântica e um tanto lamechas, vá, nunca ouviu a Celine para ajudar a justificar uma barrela geral à cara com lágrimas em torrente, que atire a primeira pedra. Fez-se o clic. Queria ir. O espectáculo seria em poucos dias, em recinto fechado. Os bilhetes, esgotados há meses. Segui a minha vida. Até que no dia do espectáculo, por volta do meio dia, enquanto lia deitada numa espreguiçadeira a aproveitar o sol da manhã, recebo um telefonema a comunicar que à noite... tinha de estar pronta para o evento. E fui. E, sinceramente, naquela altura fez muito sentido. Hoje, provavelmente, não me abalaria para vê-la ao vivo, deixei até de a eleger como companhia para os momentos de auto-flagelação, mas ninguém vive sem passado. Cada vez me convenço mais. E reconhecê-lo não significa continuar agarrado a ele.

2 comentários:

  1. e sd bem me lembro, tiveste cara a cara com a diva e ficaste sem ponta de sangue!! :))

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  2. Atendendo a que fiquei sentada na primeira fila, a parte de ficar cara a cara não era improvável :)

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