domingo, 5 de setembro de 2010

Concluamos

Não gosto de fogo de artifício. Do a sério e do outro. Pôr do sol é na praia. Vestidos corte império, sim, sim, sim, cada vez mais. Nada de volumes, poucos brilhos e pérolas só das que não descasquem. O pão de ló de Ovar é húmido, se não, não é a mesma coisa. Sogricha do meu coração, peço-te que selecciones para o filme fotos que mostrem que não estou a casar com um ser demasiado ensimesmado, que se dava no máximo com três pessoas: o resto da família. Se caso, pessoa, quero andar agarradinha a ti. Não é sempre, mas nesse dia sim. O que não significa termos uma mesa só para nós, como se fossemos uns prosas que não se dão com o resto da malta. As fotos mais geniais são as que nos tiram sem nos ensaiarem. É sempre assim. O bolo serve-se na mesa. E o café também. Ninguém está com saltos próprios para grandes caminhadas. Baile que é baile tem gente a dançar. E festa que é festa acaba com os mais amigos, abraçados, a cantar. E sem fogo. Faz barulho, cheira mal e parece que havia alguém encalhado. Tão ou mais importante que o vestido são os sapatos, os brincos e o que há-de prender o véu. É isto.

2 comentários:

  1. isto é relativo ao casamento de sábado, suponho?!! já nada é como antigamente... tem lá algum jeito noivos sozinhos numa mesa, passagens de fotos e mto mais... estamos perante uma crise de conceitos!!

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  2. Nem tudo... Mas o fogo sim... e o fogo, amiga, é aquela parte em que quase me dá uma coisinha má...

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