terça-feira, 15 de setembro de 2009

MAD

Nos dias em que fico a trabalhar em casa, eu vejo um bocadinho de Goucha à hora de almoço (Quando andava na Faculdade, chegava a ver a Fátima Lopes para tentar endrominar o estudo nas vésperas das frequências!). Eu até simpatizo com o Goucha e a Cristina. E eles levam ao programa, de quando em vez, o Quintino. O Quintino, segundo me contaram, dá conselhos naquelas páginas cor de rosa da Maria (eu nunca vi... estou a vendê-la como a comprei!). O Quintino dedicou a sua prosa de hoje às MAD - Mulheres que Amam Demais. Ora, para o Quintino, a maturidade depende da capacidade de sermos os melhores companheiros de nós mesmos. E ninguém ama suficientemente bem enquanto não for capaz de estar sozinho. Porque só quando pudermos estar sozinhos é que seremos capazes de estar com outra pessoa.
Pois bem, Quintino do meu coração, eu até era menina para acreditar nisto até há uns tempos atrás. Esforcei-me anos a fio por desenvolver uma rica parceria comigo mesma e rendi-me à felicidade dos momentos de introspecção e silêncio que vivi comigo cada vez mais frequentemente. Eu, Quintino, carino, sentia-me preparada, mais que finalmente, para estar com outra pessoa. Não quis arriscar meninos nestas coisas e, como sempre, comprometi-me a estar atenta, mais que a procurar. E apaixonei-me. Irremediavelmente.
Porém, Quintino, a coisa não deu certo. E sabes, meu kiko, o moço parece-me o melhor exemplar de quem está muito bem consigo mesmo.
Por isso, tretas, amigo. Nós amamos saudavelmente quando amarmos tudo. Quando, sendo a melhor companhia de nós mesmos, estivermos dispostos a ser a melhor companhia de outra pessoa. Quando, vá-se lá saber porquê, nos parecer que tem mais sentido juntos que separados. Tudo, my dear, com muito coração e um tudo nada de razão. Se depois a coisa não correr como esperado, inevitalmente, havemos de penar como gente grande. Mas quem disse que viver era fácil?!

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