sábado, 7 de agosto de 2010

G.

Conheci a G. quando tinha 16 anos, num curso de férias, em Cambridge. É brasileira. A minha irmã brasileira. Escrevemos cartas mensalmente, telefonamo-nos com regularidade, não acontecem coisas importantes na nossa vida que não sejam partilhadas. Voltei a vê-la há seis anos. Veio para assistir à minha festa de fim de curso e acabou por ficar dois meses. Foi acolhida em minha casa como filha. Telefona nos dias da mãe e do pai. Desde há um mês que estamos ansiosos pela sua chegada. Uma viagem de trabalho à Europa seria aproveitada para ficar uma semana em casa da família portuguesa. Acabo de saber que... não vem. Tem cancro. E eu quero ir ter com ela. É isto.

3 comentários:

  1. estou sem chão com esta triste notícia... vida mais cruel!!

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  2. =(
    Se eu puder ajudar em alguma coisa... beijinhos...

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  3. :(

    Os males deste mundo começam a ter nome. Não sei se isso é bom ou mau, gostaria de pensar que o balanço é positivo... mas não!
    Ainda me lembro de quando a maioria das maleitas se escondia anónima na nossa consciência. Com a excepção da gripe, do sarampo, da papeira, do catarro e da asma quase tudo era, para os meus avós, um Mal... anónimo, desconhecido e misterioso. Acho que as pessoas ficavam apenas doentes, e ainda se rezava para que ficassem melhores... fosse a um Deus maior, um santo popular ou ao Sr. Dr. da mala preta!
    Talvez seja de ser pirralho nessa altura que acho que era mais fácil de enfrentar esses "males" nessa altura, ainda que a ciência não oferecesse quaisquer certezas de cura... talvez fosse apenas por ser piqueno e não ter noção das coisas!
    Mas hoje magoam-me o nome de certas coisas, assustam... amedrontam-me só de serem pronunciadas. Não imagino como será quando estas ganham um rosto...

    Só posso desejar muita força, muita coragem e um pouco de sorte.

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