sábado, 9 de junho de 2012

Não sou eu que digo #6


Nem os maiores cientistas do mundo se atrevem a dizer como funciona o cérebro, mas ainda mais desconhecidos são os desígnios do coração. Porque é que gostamos de A e não gostamos de B?! Porque é que queremos entregar-nos a quem não repara que, ali junto a si, há alguém disposto a partilhar o mais íntimo do seu ser e, por outro lado, ignoramos quem mostra um sorriso radioso apenas por sentir um olhar nosso?! Não tento perceber estas misteriosas decisões. Não quero ocupar o tempo com tarefas impossíveis. Prefiro questionar esta nossa contraditória forma de ser que volta e meia nos faz ignorar todas as experiências e saberes anteriores e nos coloca prostrados perante uma vontade, um desejo, um apetite. Teríamos nós uma vida mais fácil e com menos dores de alma se, ao menos às vezes, a emoção não se sobrepusesse à razão?! Seriamos nós melhores ou mais felizes se as nossas decisões fossem tomadas apenas com base no saber?! Gosto de pensar que todos os nossos passos nos conduzem a um objetivo, um destino, se preferirem, que fará com que todos os obstáculos que ultrapassámos durante o nosso trajeto pareçam insignificantes. O meu objetivo (que apenas na escrita parecem ser dois) é simplesmente sentir-me completo e fazer com que ela sinta o mesmo. 

Da pessoa que costuma dizer por aqui quando não sou eu que digo.

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