quarta-feira, 27 de junho de 2012

Da ansiedade

Sentia uma dor fortíssima no peito, tinha imensa falta de ar, o meu coração batia tão depressa que o ouvia, estava fraca, tremia por todos os lados, apetecia-me vomitar e tinha as mãos e os pés gelados. Consegui pedir ajuda, cheguei aos HUC e levei com uma pulseira prioritária. Depois de muitas horas, muitos exames e muitas picadelas dolorosas para tirar sangue dos sítios mais estranhos, chegou o veredicto: não era um enfarte. Ao que tudo indica, tive ontem, pela primeira vez, uma coisa que espero nunca mais na vida repetir, porque me sugou dias de vida, seguramente: um ataque de ansiedade. Prescrição médica de descanso, bom trato e menos mania de que o trabalho é uma coisa tão importante que pode até levar-nos àquele estado. Estou a meio gás. Vou trabalhar, mas reconheço que os últimos dias me tomaram algum do brilho das semanas que passaram. Nada que não se resolva. Com tempo, paciência e o melhor da vida, que são as nossas pessoas por junto. 

8 comentários:

  1. sabes que sofro de ansiedade crónica; em mim os ataques de pânico são recorrentes.

    ResponderEliminar
  2. Mulher... põe as coisas em perspectiva e não leves tudo muito a sério! É o fim do ano e deves estar a precisar de um milhão de dias de férias e se fosse a ti começava já a entremear um dia de trabalho com um dia de dolce fare niente!

    Tem cuidado e tem juízo e se quiseres fugir para aqui serás muito bem vinda!

    ResponderEliminar
  3. Ai, R.! Não quero cá nada disso. Tens que descansar. Relaxa. Come. E as tuas pessoas que tomem conta de ti.
    E, se for mesmo preciso, vou a correr de Lisboa a Coimbra...
    Ai, R.!

    Beijinho preocupado,
    JB

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oh JB, mas que mensagem tão querida... Nós não nos conhecemos, pois não?! :) Beijinho

      Eliminar
    2. Não, R.. Não nos conhecemos. Só aqui através do blogue. Mas gosto muito de ti. Tenho acompanhado o que vais partilhando. Tens-me feito companhia e isso, para mim, já é muito importante.
      À parte disso, surgiste numa ou duas conversas entre mim e o Phyxsius.
      Espero que estejas mais serena agora.

      Um beijo doce,
      JB

      Eliminar
  4. As melhoras, R. Ou seja, se possível, mais serenidade ( eu penso que a serenidade destrói a ansiedade em demasia). Passe a presunção de "dar conselhos", 30 anos é uma idade muito pequenina para ter assim já acumulada tanta ansiedade.
    E ...SHALOM para si...

    Um bj.
    C(en)

    ResponderEliminar
  5. Beijinhos dos Açores, com cheiro a hortênsias e sabor a mar... Melhoras!

    Mónica

    ResponderEliminar