sexta-feira, 2 de março de 2012

As coisas que me dizem

Ontem, a despropósito, alguém me dizia que era bem verdadeiro o verso da canção coimbrã que diz assim

O amor para ser amor 
dura sempre a vida inteira
quem ama segunda vez
não amou bem da primeira

E eu pensei "Espera aí que eu já te atendo..." Mal de mim... e de tantos como eu. Pelas alminhas. Há é a gente com sorte de acertar à primeira e a que nasce destinada a ter de virar o mundo ao contrário para o encontrar. Ao amor que será o melhor e maior e infinito amor. E que, então, depois, lhe dura a vida inteira, seja isso um dia ou cinquenta anos. E não me venham dizer que não é assim. Desato para aqui a chorar e não vai ser lindo de ver.

4 comentários:

  1. Eu diria que a frase é verdadeira porque o amor não é uma coisa que acontece e nos atinge: é uma coisa que escolhemos e construímos, um compromisso. Eu sei que a sociedade nos tenta impingir que não é bem assim e que isto é antiquado - acho que é por isso que há tanta gente infeliz e à procura. O amor é a melhor coisa do mundo mas não é fácil, não é óbvio, nem é cor-de-rosa. O amor não nos assenta como uma luva, nunca! Nós é que temos que estar dispostos a deixar a nossa zona de conforto. E se o primeiro (segundo, terceiro...) não dura a vida inteira, não é porque não amámos bem, é porque não amámos de todo. Sorry, mas acredito mesmo nisto.

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  2. E quando amas sozinha?! Quando te comprometes sozinha?! Não é quando namoras com ele e ele não sabe, não. É quando ele até te convence que até ama e depois vai na volta e até é mentira?!

    O amor para ser amor dura sempre a vida inteira será verdade se, aqui, nos estivermos a referir àquela coisa mais difícil de todas que é "amarmos ao mesmo tempo"?! Se for assim... concedo!

    Não sei...

    Beijinhos minha minuin*

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  3. Além disso, custa-me um bocadinho aceitar que toda a gente que se divorcia no mundo se enganou, que aquilo não era amor da primeira vez. Custa-me. Se me perguntarem se já amei, acho que devo dizer que sim. Eu escolhi, construí, comprometi-me. E acabou. E doeu muito. Não estou a confundir isto com a paixão, nem com o encantamento, nem com a atracção. Estou mesmo a falar de uma coisa maior, mais difícil e mais perene e mais bonita e mais serena... que acho que deve ser aquilo a que todos chamam amor.

    Mas se amar outra vez e me acontecer perceber que afinal é tudo diferente, prometo vir cá emendar a mão :)

    De todo o modo, o que importa, parece-me, é que sejamos felizes com a escolha que fizermos, do amor e do que é para nós o amor. Concordas?!

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  4. Se há uma liberdade que todos temos é a de escolher aquilo em que queremos acreditar e pelo qual queremos viver. De acordo com o que eu entendo como amor, não estamos a falar do mesmo, de todo.

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