sexta-feira, 30 de março de 2012

Capa negra

E pronto. Já está. Homens do meu país, eu nunca fui fã de fardas, mas amo ver um homem trajado. A preceito. Sem ser maltrapilho. De todo o modo, se não amasse, hoje tinha emendado a mão. O mano fica lindo de morrer. Estou a prever que de cada vez que sair à rua haverá gritos por aí pelas ruas e, volta meia volta, "coimbrinha ao charco!". Mal abri a porta do carro, vira-se para mim e, muito solene, cumprimenta-me com um Tu não trouxeste máquina fotográfica, pois não, mana?! Esqueci-me! Ainda bem. Entra, mas é! E lá fomos, num namoro pegado de manos. Quando o vi vestido, de capa pelas costas e barrete na cabeça, caiu-me uma lagrimita, que sou moça dada a choraminguisses. O mano abeirou-se muito juntinho e, talvez porque eu só lhe dê pelo peito, deu-me um beijinho repenicado na testa e fez-me um miminho nos caracóis. Eu disse E xi? E ele empertigou-se. Xi dou lá fora mana, m-e-n-o-s! E deu. E disse Lov u e eu respondi Me too. O mano vai trajar-se na queima, pessoas. O mano. O meu mano tão pequenino.

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