quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Apetece-me mandar pauladas na televisão

de cada vez que vejo um candidato presidencial, ou candidato autárquico, ou candidato das legislativas, ou candidato... Tenho uma profunda descrença em todo o bicho careta que dá as caras nos dias que correm. Não voto em branco porque nunca se sabe quando não se aproveitam boletins... Voto, porque quero que percebam que lá fui, que lá irei sempre, que não me estou a borrifar para isto, só para eles. Dá-me dó que se continue a favorecer o compadrio, o chico-espertismo, a estupidez, a malandrice, a inércia, a ignorância, o popularucho, o facilitismo, o lirismo balofo. É tudo contra e só vejo bandeiras a abanar. Pergunta: Esta gente não tem de trabalhar?! Resposta: Não... Nós trabalhamos por eles. Lamento, profundamente, a descrença em que assenta a política nacional neste momento. O mérito, o trabalho, o esforço, a dedicação são características de meia dúzia de tolos, que dificilmente chegam a algum lado. Corjas de válidos dão-me vómitos. Fundos. Olhamos com a superioridade dos tristes para países que, bem vistas as coisas, não são muito diferentes de nós. O formal só não se cola ao material para sermos, de uma vez por todas, um exemplo de terceiro-mundismo degradante porque, olhem a sorte, estamos do lado de cá do Mediterrâneo. Só isso justifica que se comprem submarinos feitos de casca de ovo e que não suportam as águas do Atlântico que, só por acaso, é o Oceano com que metade do nosso país faz fronteira. Só isso justifica que sucessivamente se acredite na história do "coitadinho do vítima" que o manda chuva regurgita. Só isso justifica esta aberração (assumo o que digo!) das novas oportunidades. Só isso justifica esta pequenez de espírito que tem cócegas no ego por laurear anéis de curso e ouvir chamar dr. na fila do correio. É tão triste que chega a ter piada. Quase 10 milhões de laparotos armados em gente, que parecem burros atrás de cenouras quando dá bola, chega Agosto ou nos entopem as vistas com dejectos televisivos horas a fio. Tenho pena deste país. Porque gosto dele. Se não gostássemos, punhamo-nos na alheta. Mas eu gosto. Eu fico. E não peço grande coisa. Peço paz e sossego. Pouco mais. Competência, seriedade, trabalho, espírito de sacrifício, palavras de honra, compromissos por apertos de mão. Homens e mulheres de bem, sem esta pindérica mania de que são os melhores do Mundo e arredores.

3 comentários:

  1. [de pé] clap clap clap clap clap *brava* clap clap *brava* clap clap clap!

    Não diria melhor! Eu votava em ti!

    Beijinhos princesa R!

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  2. Já te leio há algum tempo, mas neste post tenho que me manifestar... brilhante!!

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  3. Guilhim,
    saudadinhas e uma vida maluca que me impede de te dizer que estás convocada para um chá sem apelo ou agravo... Mas muitas saudadinhas...

    Bia,
    obrigada. Volta sempre e comenta sempre. Gosto que por cá passes :)

    Beijinhos às duas*

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