domingo, 11 de setembro de 2011

Setembro... o onze.

Das nove ao meio dia tinha ficado fechada na sala três a fazer exame escrito de Teoria Geral do Direito Civil para subir o catorze que vinha de Junho. Voltei de comboio. A minha mãe é que foi buscar-me à Estação. Quando chegámos a casa, porque ainda não tinha começado as aulas, disse-me que ia ler um bocadinho. Estava para deitar-se na espreguiçadeira do jardim quando começou a chover. Entrou pela porta da cozinha e disse que ia para o quarto. Eu estava a acabar de almoçar. Salada de grão e bacalhau. Só queria paz e sossego. Como sempre a seguir a uma prova, sentia-me exaurida de todas as forças e as minhas pernas pesavam chumbo. Arrumei a cozinha e deitei-me no sofá. Liguei a televisão baixinho. E vi as imagens do primeiro avião a bater. Pensei que tivesse dado alguma coisinha má ao piloto e tive muita pena daquelas pessoas. Quando vi o segundo ir pelo menos caminho, levantei-me e corri até ao quarto da minha mãe. O livro ficou em cima da cama. Até de madrugada, não tirei os olhos da televisão. Houve muitos telefonemas. Uma data que nunca se esquece.

1 comentário:

  1. Esse dia marcou toda a gente, eu tinha uns 15 anos e lembro-me perfeitamente de ver tudo na tv:)
    http://atulipaazul.blogspot.com/

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