sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A minha Dona G.

A minha Dona G. não partiu nada e só isso já me faz querer dar-lhe beijinhos. Ouviu as minhas recomendações com atenção e a prova está à vista. Limpou o chão de madeira com o pano e o da casa de banho, da cozinha e das varandas com esfregona, pôs toalhas lavadas nos toalheiros, mudou a água das flores do vaso da sala, fez a cama de lavado bem feitinha (fui verificar e os lençóis estão esticadinhos e a dobra nem é demasiado grande, nem demasiado pequena), limpou os vidros e passou a ferro. Está aprovada. Deixou-me uma moeda de cinquenta cêntimos, que deve ter encontrado no chão (é a mania do mano de andar com moedas nos bolsos a dar sinal), em cima da secretária e deixou os baldes do lixo da casa de banho e da cozinha com sacos novos. Não ficam os objectos exactamente como estavam, mas eu reconheço que sou niquenta e às vezes mudo as coisas por centímetros, só porque acho que fica melhor assim. Resumindo e concluindo, vou abrir os cordões à bolsa mas pode ser que não me arrependa. Confesso que chegar a casa e ter tudo a cheirar a lavadinho é uma sensação de que gosto muito e que já não vivia há quase dois anos. Tirando o facto de me tratar por Dra. R. e não por menina (como a nossa F., que vai a casa dos meus pais), a minha Dona G. é foffi e recomenda-se.

3 comentários:

  1. Li a palavra "niquenta" e esqueci-me de tudo o resto. ahahah Tão genial de bom!

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  2. E ja que é boa profissional e de confiança, nao terá uma tarde para mim ali na margem sul do rio?

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  3. Mas "niquenta" existe, Raquel! E sim, eu sou. Muito, muito, muito niquenta :)

    Kelle,
    olha que até te recomendava à minha Dona G., mas já não tem horário. Eu estou a ocupar uma tarde que ficou livre há pouco tempo :) Se entretanto der, aviso :)

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