quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lamento profundamente

só saber três ou quatro asneiras. Já esgotei, em pouco mais de meia hora, os "car%&#$, f&%$-#", me**a e filhos da p*ta, fora a mãe que não tem culpa". A sério. Há dias em que lamento mesmo não ter um repertório mais denso nesta matéria. E, pior, só conseguir verbalizar isto se estiver sozinha, enfiada em casa, com uma telha sem tamanho. É o caso. Por conta de gente iluminada que acha que pode pôr e dispôr da vida das outras pessoas. Muito triste. Gosto pouco que me julguem sem me conhecer. Admito que o façam quando falamos do blog. Ok... quem anda à chuva, molha-se. Mas no trabalho, lamento, não admito. Já lá vai até o tempo em que o G. me perguntava se queria mesmo entrar e distribuir beijinhos na reunião, apontava todas as minhas piadas e discutia comigo viagens inteiras que eu não facilito a tarefa de me levarem a sério porque entro e pareço o arco íris. Agora diz que quando quero sei ser muito reles. Na sexta feira, por exemplo, diz que pus um tom pedante na resposta a uma alminha. Mas a alminha estava a dar-me nos nervos, há dois dias que toda a gente se ria da alminha, só apetecia dizer à alminha "duh", chegámos às sete da tarde e a alminha sacou de mais uma das suas pérolas, o meu filtro social estava no limite, ninguém abria a boca, eu já estava por tudo, respondi-lhe. E sim, foi à letra. Muito próximo de um "se não tem nada importante para dizer, remeta-se ao silêncio", mas com requintes de linguagem. Ok. Admito. Fui reles. Mas pronto. Dizia, já lá vai o tempo em que tinha de abrir a boca para que acreditassem que se calhar eu até podia falar do tema, não era só uma pita que não tinha mais onde passar o tempo e a chefia tinha mandado em representação. Já lá vai o tempo em que quando anunciavam o tema dos menores alguém sacava sempre da brilhante pérola "é muito jovem e não tem filhos." Nunca morri e falo da morte, oh inteligentes. Acredito que o Prof. FD nunca tenha sido amigo do alheio e foi com ele que aprendi o furto, oh espertos. Portanto, já lá vai esse tempo. Agora todas as inseguranças moram só em mim. E é assim que tem de ser. Não têm que andar a questionar se farei bem ou mal. Eu sou a primeira a saber quando faço bem e quando nem com uma dúzia de velas acesas poderia brilhar. Dá-me náuseas... que me julguem. E... acima de tudo, fastio que, depois de terem visto que não sou especialmente má numa coisa, não admitam que posso ser muito melhor noutra diferente. Eu não vos pertenço. Eu não sou vossa. Eu estou aí de passagem. Eu avisei desde o princípio. Eu joguei limpo desde a primeira hora. Vocês disseram que sim, passaram-me a mão pelo pelo para se garantirem e agora que é hora de cumprirem a promessa enfiam o rabinho entre as pernas e lavam daí as mãos. Cambada. Estou com ganas de desatar a berrar impropérios virada a cada um de vós. Capito?! Ide pregar para outra freguesia. Desamparai-me a loja. Estou intratável, eu sei. Mas o blog é meu e hoje tinha de desabafar e não me chaguem a cabeça. Fod%-$#, pá! Se não for para dizer que eu tenho razão ou para darem mimos, escusam de me dirigir a palavra. Não respondo por mim em caso de desafio.

4 comentários:

  1. hei! dizes asneiras faz bem! A sério! Descomprime e consegues pensar muito melhor.. já estive em situações limite semelhantes, sabes o que tens a fazer?? Substituiu a palavra por outra! Do tipo em vez de chamares : Meu grande filho da puta , seu asno , seu boi do minho... dizes :"Meu gigante chimpazé, seu orquídea amarela, seu bonsai seco" :)
    ou!!! em vez de dizeres: M%$#", dizes... iogurtes!! em vez de dizeres C#$%/R() dizes... violinos! desde ue saia e não fique ai dentro... senão diz e o resto que se lixe. Uma pessoa peca por ser a paz de alma e por dar de ferros..
    arf não sei se isto te fez melhor mas ao menos que te faça rir!
    Agora já sabes se fores no meio da baixa, ou na AAC ou por ai e alguém gritar IOGURTEEEEEEE! possivelmente serei eu.. tchaaraannn!!!

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  2. :)
    Obrigada! Estava aqui a apostar que hoje ninguém me faria rir... e perdi a aposta :)
    Um beijinho*

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  3. Vou fazer como a Daniela disse. A ver se funciona.
    Espero que estejas melhor R., tmbém mereces sossego.
    Quanto a asneiras que uso: devia nascer-lhe um guarda-chuva no c* e, quando estiver habituado à sensação, o guarda-chuva abriria-se. Só assim. De repente.
    Beijos

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  4. Estou menos histérica, digamos :) Amanhã de manhã jogo as últimas cartas e vamos ver o que acontece!
    Obrigada pela preocupação...
    Beijinho*

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