mas acho que percebem se souberem que o último presente que recebi foi um livro chamado "A sombra do que fomos". Eu, euzinha, que ando a devorar o "Modelo", do Lars Saabye Christensen, e tenho em lista de espera "A arte da alegria", da Goliarda Sapienza! De resto, é um péssimo hábito este de me custar passar os anos. E se no fim não me entenderem, nem eu, deixá-lo! Já tenho chave de casa. E uma luz no hall que pisca como se o meu novo lar fosse uma sucursal da Via. Tenho medo de choques desde que tentei arranjar as lâmpadas da árvore de natal com elas ligadas e as p**** me explodiram nas mãos. Diz que tive de as esfregar com o verde e que por uma nica não estou hoje gaga. Mas que tenho de levar flores para aquela varanda, é certinho. E que amei a mesa e duas cadeiras que me lá deixou, com vista privilegiada p'rós recreios, também. Porque não há como chover sozinha, a molhar marias em café quente. E depois dormir, para acordar e ser outro dia. Não me apetece escrever.
"A Sombra Do Que Fomos", Luis Sepúlveda. Bom livro, sim senhor, mas continuo a gostar mais do "Velho Que Lia Romances de Amor".
ResponderEliminarQuanto à luz, não custa nada. Com ela desligada, troca-se. Mas por um chá quente, faço-te a coisa, que nunca estive nessa varanda e parece que já aí vivi muito. :p
Parece que sim ;)
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