segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ilusão


E então compreendi. Essa aparência de sossego não é mais que uma ilusão. Não é medo, não é certeza, não é a vida inteira por outra opção. É uma aparência de teres morto o coração. Morto, doía-te menos. Mas não passa tudo de uma grandessíssima ilusão. Não o mataste. Mais, não to mataram. Não o perdeste. Mais, não to levaram. Tudo compreendido agora. Não passa de uma ilusão. Mais fácil de aceitar. Morreu. Finou-se. Nada feito. Construídos os nãos todos sobre a morte do teu coração. Quando, afinal, é ilusão. Tem-lo aí. Atirado a um canto. A questão, a questão é que é tudo uma ilusão. E tu ainda tinhas coração.

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