domingo, 29 de maio de 2011

A saga

Começou bem pequenina. Em cheio, no peito, ali mais perto do ombro esquerdo que do direito. Foi alastrando devagar, devagarinho. De manhã, parecia inofensiva. Pelo menos, para os outros. Eu sabia que seria uma questão de tempo. Já ontem cedo se tinha anunciado uma semelhante no pulso direito e nas dobrinhas poente dos cotovelos, ali onde se tira o sangue. Meu dito, meu feito. Neste momento, está incontrolável, pelo corpo todo. A saga das alergias sem razão aparente, que se insinua com manchinhas e assenta arraiais com borbulhas por todo o lado, chegou mais cedo este ano. Sem sol. O que exclui a teoria de que talvez a alergia só apareça nos dias de muito sol. Não. Aparece quando quer. E é tramada. Portanto, estou, neste momento, com o primeiro anti-histamínico tomado, à espera do desejado efeito. Associado, como sempre, virá o sono. E a semana promete. Detesto esta coisa de ser alérgica a tudo.

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