Aveiro é a minha segunda cidade. Definitivamente. Não a acho mais bonita que Lisboa ou umas quantas cidades fora, mas razões emocionais prendem-me à Lourenço Peixinho, à Ria, a Santa Joana e assim. Por isso, volto sempre que posso, sem a rotina dos domingos de manhã para a sessão infantil do cinema ou dos sábados à tarde para a catrapiscação dos tempos de ouro da Biju do Oita ou das vésperas de festas para levantar as encomendas na Peixinho. Volto e vou descobrindo lugares. Sempre um novo. É uma cidade cheia de potencial e... despretensiosamente glamourosa. Tem as melhores floristas, perfumarias irrepreensíveis, uma ourivesaria de perder a cabeça e lojas de roupa que outras cidades ainda não conhecem. Depois, bem, depois tem alojados alguns amigos dos grandes. E recantos gastronómicos que vão dando cartas. O Giz foi descoberto por mim há pouco mais de um ano, distraída que andava, de cabeça virada para o outro lado da rua, onde mora a pizzaria muito preferida. O Giz tem um ambiente cool, gente gira, boémia e madrugada a decorar o espaço e o tempo em que se fica e a memória de quem continua a querer voltar. Mas ontem à noite descobri a Trincadeira. Tudo feito de pertença, acolhedor regresso aos tempos dos bares e tascas de decoração meio hippie. As franjas, os focos de luz, as mesas corridas, os bancos sem costas, o barulho ordenado, as tapas, os petiscos, aquela cumplicidade que faz apagar as luzes e ver toda a gente de pé a cantar os parabéns a você ao tipo da outra mesa. Janelas abertas a deixar entrar a brisa morna da noite, a ria aos pés e um cheiro de genuíno no ar que me faz elegê-lo muito para um sítio a visitar e visitar e visitar.
Para além disso tudo Aveiro tem os ovos moles que são fundamentais e deliciosos..:)
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