Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
D'alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!
Florbela Espanca
R., 11 de Novembro de 2007
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
D'alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!
Florbela Espanca
R., 11 de Novembro de 2007
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
R., 11 de Novembro de 2008
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
R., 11 de Novembro de 2009
Diria eu que ao fim de 2 anos fechas um capítulo do livro da tua vida...Será???
ResponderEliminarBjinhos saudosos:)
As saudades são minhas...
ResponderEliminarTemos de pôr muitas conversas em dia...
acredito k sim... o tempo tem sido mto pco mas s conseguir algum bocadito pra semana aviso!!!
ResponderEliminarSweet kiss***
Kika, não te disse ainda nada para segunda porque estarei de partida para Bragança city. E só volto pelas tantas da noite na terça... Mas fico muito à espera de um lanchinho que nos desenferruje as línguas. Ahhh... antes do momento de contemplação das belas iluminações de Sever :)
ResponderEliminarBeijinhos*
então tá complicado! Pk pra semana é a véspera do casamento dos meus amigos, e dp na semana seguinte vou estar a trabalhar. Portanto só deve dar mmo em Sever. Se entretanto puder ligo-te!! Beijinhos**
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