Uma molha da cabeça aos pés depois de uma viagem de loucos... Tínhamos finalmente chegado ao hotel para ficar, já mais compostinhos, com um jantar à pressão, mas pronto! R. Maria, conhecida pelo seu síndrome de friose aguda, depressa experimentou uma água de banho quase a escaldar, vestiu o pijaminha e se enfiou na cama, só com as mãozinhas de fora para poder trabalhar noite dentro. Por companhia, o fiel amigo computador. Estava R. Maria no auge da sua concentração quando lhe batem à porta. A custo, enroladinha no cobertor suplente e com o ar condicionado já há muito ligado, levanto-me e vou abrir. A chefia que me acompanhara, em pijama, pedindo ajuda porque... tinha ficado fechada do lado de fora do quarto. Ora bem... solução engenhosa, a mesma porta que fechava a casa de banho, fechava o quarto e ela tinha-a fechado e ficado no hall da casa de banho. Pôs qualquer coisa a travar a do quarto, mas estava carecida de auxílio. R. Maria, que é uma rapariga solidária, telefona para a recepção, que diz que não faz serviço de quartos e que basta mandar uma pancada forte na porta que ela abre. Primeiro: isto não é um serviço de quartos... é um serviço de corredor, porque o quarto está fechado! Segundo: era o que mais faltava sujeitar-me a deslocar um ombro para me andar a mandar com força contra as portas. Pois... mas vai ver que consegue. E mais nada! O silêncio! Incrédula, achei que a juventude exigia que me oferecesse para ser eu a mandar-me contra a porta. Não ia exigir tamanha façanha à senhora. E fui. Assim sendo, R. Maria, em pijama e com umas meias de dormir com uns pompons de todas as cores, sai do quarto e mete perninhas ao caminho. Atravesso o corredor tal qual faria se não estivesse naquela figura e inspiro. Mando-me contra a porta... e nada. Decidimo-nos por uma solução de parceria: mandarmo-nos as duas! E mandámos! E conseguimos! Serviço cumprido, volto em figura de circo para o meu aposento. Enfio-me novamente em vale de mantas e rio-me. Batem à porta... G., estranhando a confusão, decidiu vir dar dois dedos de prosa. E é então que eu penso que se uma pessoa leva um homem na viagem, ele pode ser útil nestas ocasiões. Mas não, preocupada se a alminha estaria já a dormir e ciente do esforço que fora a viagem, decidi não incomodar. Mas a alminha aparece-me com um ar fresco e fofo... Trocas de impressões. Contatação número mil que sou mesmo friorenta e que me sirvo disso para ageniar nas compras de meias de dormir! Fim de citação. Vai cada um à sua vida. Retomo o trabalho. Acabo. E durmo. Sem contar, agora estava mesmo muito happy!
Já liguei pra lá e dei a descasca mais simpática da semana... está com sorte a moça que eu não estou com energia pra sermões hoje... da próxima vez ligas-me que eu ligo pra lá... depois das 21h00 eu não pago chamadas para números fixos, por isso, já sabes...
ResponderEliminarÉ ageniar ou asnear, tipo, não ter muito jeito para escolher as meias??
ResponderEliminarAgeniar = fazer as coisas com génio :)
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