terça-feira, 5 de julho de 2011

RM

Fiz hoje, pela primeira vez, uma ressonância magnética. Não consenti em tomar contraste. Ainda não me esqueci da alergia à anestesia e outras pérolas da minha existência que me vão lembrando o quanto sou flor de estufa. Eu não estava nervosa. Eu estava muito nervosa. Sobretudo atendendo à claustrofobia crónica e à perspectiva de me enfiarem dentro de um tubo, amarrada. Fui de companhia, ou melhor, a companhia levou-me, que não estava bem com vontade de pegar no carro. Conversámos de muitas coisas, numa tentativa dele que tenho de reconhecer bem querida de me fazer abstrair do que aí vinha. Quando entrei, ainda reinava o medo. Despir-me e vestir a fatiota de papel que nos dão também não ajuda muito à autoestima de uma rapariga. Mas foi quando me deitei na maca, me prenderam a perna e puseram aquilo a andar para dentro do túnel que a imagem da geringonça encravada e eu lá presa ganhou mais impacto na minha mente. Foram cerca de 25 minutos, com os olhos fechadinhos e a pensar na vida e em prados verdejantes, olha que lindo, pequena R.. Terminado o exame, tenho de reconhecer: não mete medo. Não é assim coisa que apeteça fazer todos os dias, mas pronto... é fazível quando tem de ser. Cheguei à sala de espera e encontro o silêncio. Com uma revista de fofocas ao lado, dormia calmamente a sesta. Paguei e saímos. Pelo caminho, intercalava as preocupações "Estás mesmo bem?" e "Não estava a ressonar, pois não?!". Agora é esperar pelo resultado. E vai correr tudo bem.

3 comentários:

  1. Claro que vai correr bem!! Pensamento positivo acima e tudo:):) bj***

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  2. Beijinhos corajosa.

    E estás bem?
    E ressonava?
    ;)

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  3. :)

    Estou bem.
    Não ressonava. (Mas, normalmente, ressona. Era dar-lhe tempo :))

    Beijinhos*

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