Já disse que detesto corrigir exames? Que é o trabalho mais odioso do assistente? Que não ter a pessoa ali à frente para lhe pedir explicações que me pudessem aplacar as dúvidas me consome, que sofro, mas mesmo, quando chumbo gente que até pensa, mas que... não dá, aquilo tem cotações, que sofro também quando aritmeticamente falando tenho de passar alminhas que dizem barbaridades que me envergonham (vão ser meus colegas, não tarda), que a alguns até me apetece bater-lhes, com tanta asneira junta, parece que é um concurso "ora veja lá se consegue ser mais desinformado que eu", mas a outros só não lhes dou abracinhos de contente porque não me ficava bem? Enfim... detesto corrigir exames. Também não amo fazer provas orais, mas sempre acho melhor. Tenho menos dó. Não posso mesmo fingir que não sei que eles não podem, de facto, passar. E ouvi o Carrilho há pouco reclamar que facilitamos muito no ensino superior. E tenho de concordar. Porque isto anda pelas ruas da amargura. Há quem, de encontrão em encontrão, vá fazendo o curso com 10... mas um dia se licencie... e vá para o mundo mandar bitaites... e quem sabe chegue a mandar em alguém (e toda a gente sabe que há poucas coisas mais tristes que ser mandado por gente burra (Sim, eu acho que há gente burra. Não é com necessidades educativas especiais, nem com hiperactividade, nem com défice de concentração, nem com nenhum desses nomes pomposos... é mesmo burra, limitada, pronto... Boa gente e tal... mas que não dá para mais.)). Dão-me pena os e-mails pejados de erros ortográficos e malta cuja construção frásica é má, má, mesmo má. Porque os meus alunos vão, supostamente, ganhar a vida pela palavra, pela linguagem. E eu sei que alguns deles as dominam mesmo mal. Aaaaaiiiii, Cristo!
ai medo...mas acredita que está tufo facilitado em todas as idades..primária, básico, secundário... para não falar das novas oportunidades, isso sim dá-me urticária.
ResponderEliminarbolas...