Ontem não tomei o banho de espuma e o Almodóvar ficou na estante.
Hoje trabalhei e trabalhei e trabalhei. Depois, por volta das 20h, rodei a chave de casa, descalcei-me, pus o avental, liguei o forno, bati os ovos com o côco e com o açucar e pus a tarte no forno. Reguei os amores perfeitos da varanda, aqueci e comi um prato de sopa, pus uma máquina de roupa a lavar e acabo de desenformar a guloseima desta noite. Fui intimada e tenho medo que peçam a quem de direito para me condenar em multa. Sem qualquer esforço, pois, vou aqui mandar uns mails de trabalho, organizar a secretária para amanhã começar cedinho e calçar-me. Com jeito, não deixo o N. à espera muito tempo. Chegamos e ainda damos beijinhos e xis aos sobrinhos do coração. Por volta das dez sentamo-nos os quatro no sofá, cada um com a sua chávena de chá na mão, enrolamo-nos na manta da D., discutimos porque o G. ainda pede a leitura de umas alegações antes que o citius "feche" e gozamos a nossa sessão semanal de cinema em casa. É barato e dá milhões de felicidade.
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