domingo, 16 de setembro de 2012

O mano e as devidas distâncias

A mãe já se tinha levantado da mesa do pequeno almoço. O pai continuava lá, enquanto ouvia as novidades na Sic Notícias. Eu e o mano também já tínhamos acabado e estava cada um num sofá, a consumir os restinhos de moleza da noite. Vai daí, levanto-me do meu sofá e começo a dar xis e beijinhos e miminhos ao mano, enquanto repito "és a minha pessoínha tão preferida", "gostiiiiiii", "quem é o mano mais foffi do mundo todo inteiro?!", "oh coisa mais kika jolie da sua mana", etc, etc, etc. Ele correspondia, mas com muita parcimónia. A mãe dizia que eu era chata. O pai... tirava fotografias com o telemóvel (eu sei... não somos normais). Até que o mano, entre um xii do mais apertadinho que há e outro, suspira enfastiado. E eu pergunto se os amigos não têm assim manas como eu. E ele diz que não. Diz que os amigos são pessoas com vidas sossegadas. Pergunto-lhe se também quer uma vida sossegada. Garante-me que sim. E que, para começar, podemos começar a cumprimentar-nos só com um aperto de mão. 

Levantei-me e vim fazer as camas. Está ali a lanzoar que era mentira, que sou a muito mais preferida e especial. Eu finjo que não acredito. E aproveito para o ir explorando mais um bocado em matéria de mimo. E é mais um domingo, minha gente.

1 comentário:

  1. Eu adoro mimos. Infelizmente não tive um mano que me desse miimos e muito menos um mano!

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