terça-feira, 18 de setembro de 2012

Coisas de um doutoramento #1

Embora, por razões que não vêm ao caso, tenha, há cerca de um ano, tido que ler meia dúzia de obras essenciais para apresentar, em projecto, mais ou menos a ideia que me proponho desenvolver na tese, a verdade é que, muito diferentemente da maioria das pessoas, eu não consigo ler só por ler. Ler e ir fazendo fichas de leitura, por exemplo. Vai acontecendo, com uns artigos mais pequeninos ou meia dúzia de páginas-chave para me orientarem no caminho, mas, regra geral, para sentir que estou, verdadeiramente, a pegar o touro pelos cornos, preciso de ir lendo e escrevendo em simultâneo. São manias. E manias que, a bem dizer, consomem a serenidade a uma pessoa. Porque arranjar tempo e disponibilidade intelectual para iniciar a sério uma empreitada de leitura e escrita é ainda mais complicado que ir matando as "horas vagas" com leituras de enquadramento. Isto para dizer que tenho alguns pendentes a que urge pôr termo. Coisas de vinte ou trinta páginas que nem sequer têm directamente a ver com o tema da tese. E que, depois disso, tenho mesmo de começar a escrever. Antes, porém, e sabendo que ainda há muito chão cá por casa para preencher (estantes, já nem por isso), mantenho esta indelicadeza atroz para comigo mesma de recolher bibliografia como se não houvesse amanhã ou conseguisse apreender os conteúdos por mera suspensão da mão direita, produzindo o som ooooommm, por cima das páginas. Socorro. Não sei para que lado me hei-de virar. 

3 comentários:

  1. Como eu te entendo. Mas eu é uma coisa mais fácil. É uma tese de mestrado pré bolonha!

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    1. Já por lá passei. Vai correr tudo bem, vais ver.

      http://poraquipasseimesmoeu.blogspot.pt/2009_03_01_archive.html

      Boa sorte!

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