terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Homens do meu país,

pequena R., que é muito boa moça e acaba, ainda assim, de ser insultada por um amigo, vem, pelo presente, esclarecer que lá porque nós não telefonamos... isso não quer dizer que não estejamos mortinhas por falar com vocês; lá porque nós não mandamos poemas... isso não quer dizer que não fiquemos de pernas bambas quando nos dedicam essas atenções; lá porque nós não vos acordamos todos os dias com sms de bons dias... isso não quer dizer que o dia não nos corra uma bosta só porque vocês se armam em duros e um dia, olha, decidem também não nos bafejar com essa brisa matinal; lá porque nós não vamos a correr encontrar-vos todos os dias... isso não quer dizer que as nossas unhas não paguem cara a imbecilidade, roídas até aos cotovelos... DUUUUUHHHH... É preciso explicar-vos tudo!!!
Salvo as cada vez menos raras excepções, as meninas são princesas... sedentas de vos ver derrubar dragões só para chegarem às masmorras de "oh tão só que me sinto" em que mergulharam. Por isso, as meninas sossegam-se aparentemente... crepitando por dentro... sonhando coisas que... vá, pronto..., reconheço..., vocês naturalmente têm dificuldade em adivinhar. Mas... oh pá... é ir lá por tentativas. Tudo nas palminhas. Não desistam. Insistam. Leiam em cada "agora não" um "pede lá só mais um bocadinho... vááááá lááááá...". Soube, ainda agora, que, vejam bem... há exemplares da vossa equipa que julgam o desinteresse proporcional à ausência de iniciativa. Meus queridos, cá beijinho à conselheira, não é nada assim. O que vocês têm de ponderar é o entusiasmo com que vos atendem, a prontidão com que vos respondem, a cara de apardaladas com que que vos brindam no primeiro encontro... e no segundo... e no terceiro... e por aí fora..., as noitadas penduradas convosco ao telefone, os renovados investimentos em cremes, depilações, sapatos, roupinhas e assim, as vezes todas em que encostam o trabalho às boxes só para jogar conversa fora, a genuína confissão de alguns medos, de algumas falhas... Pessoas... não está em causa o quanto queremos ficar na vossa vida... apenas o quanto os vossos semelhantes já partiram o nosso coração. Ah... e aquela evidência de que TODAS queremos mesmo é que nos apareçam à porta com um cartaz a dizer "Fica comigo"! (pronto... há uma excepção, P., mas tu sabes... ela não bate bem... não podes guiar-te por essa pequena amostra!).
É isto. Adeus.

10 comentários:

  1. Já aprendi umas coisas hoje :D

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  2. Estamos cá para ajudar :)

    ahahahahahahahah :)

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  3. Vamos a ver... O tempo o dirá, se é como pequena R. conta ou não. :p

    E sim, nem todas são dementes ao ponto de recusar uns olhos de bambi e um fica comigo. But, then again, cada um se deita na cama que faz.

    E atenção, um pequeno aparte: se não há interesse demonstrado da vossa parte, pese embora o turbilhão interior em que mergulham, não há gestos nossos que perdurem. É só uma pequeniníssima achega, sim? ;)

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  4. Não imaginas o qto este post se adapta ao meu estado de espirito dos últimos dias!!! Não haverá por ai um workshop intensivo de como lidar com estes espécimes???

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  5. É completamente verdade que "TODAS queremos mesmo é que nos apareçam à porta com um cartaz a dizer "Fica comigo"", mas também é verdade que não queremos isso de qualquer um. E depois também há os que não distinguem "entusiasmo" de condescendência. Portanto, isto é tudo verdade... e tudo perigoso.

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  6. P.,
    eu não disse que achava bem fazermo-nos de virgens ofendidas eternamente, mas as coisas têm um tempo. Se aos 18 anos podem esperar mergulhos da prancha mais alta, com pirueta pelo meio, aos 30 entramos pelas escadas da beira da piscina e demoramos até molhar o cabelo. Só isso.

    Raquel,
    pois... Por isso é que precisam de, não cobrando, estar atentos. Somos más a fazer fretes. Se o que nos move for a condescendência, qualquer mocinho com dois dedinhos de testa perceberá. Não é o conteúdo. É a forma. A forma é que desconstrói os mitos. Porque a teoria cai por terra, clarinho como água, se não respondemos,os despachamos, os encontramos e bocejamos, fugimos ou, no limite, sem paninhos quentes, abrimos o jogo com clareza. Há excepções, como em tudo, mas em regra o jogo do gato e do rato distingue-se bem dos arrastados "do mal o menos". É olhar e ver :)

    O.,
    aguardo, ansiosa, as novidades :)

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  7. Tens toda a razão, ok! Que fique claro. E sim, isto que escreveste é tipo serviço público.

    Mas confessa, nós às vezes somos mimadas, queremos os grandes gestos mas depois, no fim de contas, preferimos quem é mais difícil.

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  8. Sabes, Raquel, vou contar-te uma coisa. Da última vez que um alegado good boy me tratou nas palminhas andei uns tempos que nem acreditava, de tão... uuuaaahhh... que aquilo era... Depois, quando, finalmente, pus o mimo de lado e apostei tudo... o dito cujo informou-me que eu via coisas! Se calhar, enfim, temos uma certa razão em cair para o lado dos bad boys. Ao menos sabemos com o que contamos desde o princípio.
    Bem... como diriam os meus alunos "cada caso é um caso específico com as suas especificidades" :)
    Beijinhos, querida*

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  9. R. querida, também eu anseio um dos teus chás e uma boa dose de conversa... ando a precisar quase tanto como de ar pra respirar!!! Assim que me vir livre deste conjunto (sofá, canapé e cadeirão) que trago às costas comunico!! Kisses:):)

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