domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cartas de Amor


Fim de semana em casa dos papás. Um postal de Natal tardio ainda por arrumar. Voltei à minha caixa de postais e cartas. Sim, também tenho uma. É cor de rosa e branca, de cartão, nem grande, nem pequena. Cabe nela uma parte da minha vida. Uma parte da minha vida escrita. E... então... uma letra já esquecida, ali a saltar à vista. Pego na ponta do envelope e vem um maço de cartas, juntas por uma fita de cetim azul turquesa. Datam todas de 1999. Começo a lê-las. Percebo. Chamava-me A.. Começava, invariavelmente, as cartas por "Olá" e nunca as acabou sem ser com "Beijos". Não assinava. Punha uma rúbrica. Não tinha por onde ter acontecido. Já nem me lembrava. Era Pedro. E não sei o que será feito dele.

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