quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tira-me do sério

que me mintam. Que tentem fazer de mim lorpa. É que, tarde ou cedo, eu percebo. Não me contenho. Digo o que tenho a dizer. Normalmente, o que eu tenho a dizer não é bom de ouvir. E o ambiente fica pesado. Não se atendem telemóveis, não se responde a mails, falta-se a compromissos, enviam-se mails em que supostamente se anexa o material que já me devia ter chegado às mãos há um mês e os mails, curiosamente, vêm todos sem anexo. E depois eu aviso e, curiosamente, há sempre uma reunião que vai durar até de noite e que vai impedir as pessoas de, antes disso, me enviarem o que falta. Ou então dizem que estão a corrigir. Eu digo que, caso não se lembrem, isso sou eu que faço e agradeço que mo permitam fazer antes de eu quinar. E prometem que então segue tudo já. E passam mais 24 horas. E depois a chefia lembra-se que eu tenho ar de directora de recursos humanos e cobra-me pelo que não devia sequer passar por mim, que somos todos crescidos e a mim ninguém me tem de lembrar o que me compete fazer. E passam mais umas horas. E a minha apresentação de doutoramento fica posta em causa. Quando me passo da cornadura, por não estarem muito habituados, acham-se todos no direito de amuar com as verdades. E a mim só me apetece mandá-los a todos a um sítio feio e ir trabalhar para onde falem a mesma língua que eu. Pronto. Está dito.

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