Eu não resistirei à tentação, não quero que de mim possas perder-te, que só na fonte fria da razão renasça a minha sede de beber-te. Eu não resistirei à tentação de quanto adivinhei nesta amargura: um sim que só assalta quem diz não, um corpo que entrevi na selva escura. Resistirei a te chamar paixão, a te perder nos versos, nas palavras: mas não resistirei à tentação de te dizer que o céu é o que rasa a luz que nos teus olhos eu perdi e que na terra toda não mais vi. Luis Filipe Castro Mendes, in "Os Amantes Obscuros" |
Sem comentários:
Enviar um comentário