Na faculdade, muitas vezes, ouvimos os alunos comentar que o professor "quer a palavrinha", que "se não dizemos exactamente a palavrinha a resposta já não está certa", que "não se percebe por que raio não se pode dizer por palavras nossas, sem usar a palavrinha", etc. E eu sempre achei que, salvo raríssimas excepções, tipo definições cujas palavrinhas são todas precisas e absolutamente consonantes com o que se quer definir, as palavrinhas não eram nada de crucial na vida de uma pessoa e que ninguém seria mais feliz por usar determinada palavrinha.
Até ontem.
Depende, meus caros, mesmo, da palavrinha, do contexto da palavrinha, de quem diz a palavrinha e de quem ouve/lê a palavrinha, muitas vezes, um momento feliz ou o prefácio de uma história que não nos parece que vá acabar lá muito bem. Porque, por exemplo, "ir a um sítio" é muito diferente de "ir para um sítio".
Sem comentários:
Enviar um comentário