Ok... senhor, olhe que eu até já pintei as unhas... de vermelho, que se não sabe fica a saber que dá uma trabalheira para ficar um serviço minimamente decente... Agora, vá lá, senhor, baixe lá a musiquinha. Eu não quero partir para a ameaça, mas se esse ramboié continuar o senhor corre o risco de eu começar a explicar-lhe tudo mal naquilo das extremas. E de lhe indicar as conservatórias todas trocadas para tratar dos assuntos. E de me fingir de morta quando receber daquelas cartas que a pessoa tem de assinar e que deixam logo a aldeia toda aflita. E de não saber dar dicas no IRS. Olhe que o IRS está aí a chegar... Olhe eu a não saber nada do que está escrito nesses papéis. Ai eu a não perceber essas letras miúdas. Ai eu a ficar tão cansada que estou numa de não atender a campaínha... Olhe eu a fugir, vizinho.
Pronto, chega: ou eu, ou esse bailezeco de meia tigela!
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