segunda-feira, 16 de julho de 2012

Só a mim

Estava a falar com uma amiga que não vejo há mais de um ano, ambas a queixar-nos a tempos da vida, mas com o saldo positivo, quando lhe pergunto pelos filhos. Delira. Vai daí, e depois de me contar tudo, acrescenta que são o que lhe dá alento e pergunta-me quando me lanço eu nessa aventura. Disse-lhe a verdade. Que o relógio biológico já soa há uns tempos, que as condições ideais se calhar nunca vão existir, que o melhor momento talvez seja sempre o agora e que até a minha mãe, que sempre achou que devia acabar o doutoramento antes de pensar nisso, agora pede netos e jura que dará muito apoio. A minha amiga interrompeu-me para perguntar, então, o que faltava. "Pai para eles", disse-lhe. Não se riu. E eu assustei-me. Muito séria, como se estivesse a ditar-me uma prescrição médica, sugeriu "Pergunta no blog se alguém se candidata. A malta, por lá, já te vai conhecendo. Tenho a certeza que interessados não vão faltar.". Eu desatei a rir-me. Ela esperou que me calasse e disse, solene, "Estou a falar a sério, pá.". As minhas amigas gostam tanto de mim que nem se importam que tenha filhos com gente que nunca vi na vida e que me responda sim a esse chamado como se estivesse para participar num torneio de pirâmides com caricas. M-E-D-O!

5 comentários:

  1. Tenho uma amiga que casou por anuncio.


    Força R!!!! ;-)

    erva doce

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    1. ahahahahahahahah :)

      Não faz o meu género, erva doce. Lamento desapontar-te. Sou um bocado antiquada nessas coisas :)

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  2. Medo, muito medo!

    (já recebeste muitas propostas? :D)

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    1. Só cá vem gente sensata, Pat. É a conclusão a que podemos chegar por agora. :D

      Beijinhos*

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