Se há coisa com que me preocupei desde cedo, foi com a reforma. Não acho nada disparatado fazer algumas concessões agora com os olhos postos no futuro. Toda a gente sabe que sou uma consumista da pior espécie e que, em fases de vacas gordas, perco-me por mimos dispensáveis. Ainda assim, acho que tenho conseguido equilibrar as três velhas máximas que me ensinaram em pequena. É que, se "Mais vale um gosto na vida que viver para sempre desgostoso.", a verdade é que "Quem compra sem poder, vende sem querer." e "O dinheiro não é de quem o ganha, mas de quem o poupa.". Tudo pode virar-se do avesso e pode acontecer que chegue daqui a 40 anos com pouco mais que boas intenções. Mas, no limite, até podemos morrer todos antes da idade da reforma e, por essa linha de raciocínio, não devíamos preocupar-nos com isso, adiando essa responsabilidade com a fé posta na afirmação "Alguma solução há-de dar Deus." Como devem imaginar, ainda sem 30 anos e com uma vida normal, não, não sou paga a peso de ouro, pelo que é impossível poupar quantias chorudas. Apesar disso, há quatro iniciativas de que, com menor ou maior esforço, não tenho prescindido. Desconto religiosamente para a Segurança Social, pago, desde a agregação, e embora não exerça, para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, tenho uma poupança bancária, em que deposito um determinado montante mensal e todos os dias ponho, num mealheiro, 1 euro. É isto. Não dá para dormir descansada. Mas dá para sentir que se está a fazer alguma coisa.
Adorei o "mealheiro".
ResponderEliminarÉ uma boa lembrança para pôr em prática.A tarefa agora é encontrar um mealheiro com grandes dimensões.
Bj.
C(en)