quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Só assim naquela de acabar mesmo o mês que se associa a férias...


Vou ali a Madrid 3 dias passear e depois a Montico ver casar o meu Bruno Marco-Polo e já venho, sim?!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Geleia de camarinha






Este post é para a Raquel. Este post é para a Raquel. Este post é para a Raquel.

Hoje, depois de ir passear ao Palheirão, fui apanhar camarinhas.
E depois de tirar a barriga de misérias, decidi fazer geleia.

Primeira tentativa:
Lavei as camarinhas
Medi três canecas de camarinhas
Pu-las numa panela
Juntei um terço da medida (uma caneca) de açúcar
Deixei ferver até ponto lágrima
Coei as sementes
Percebi que tinha pouquíssima geleia

Segunda tentativa (de que já não fiz fotos, que ainda tenho de pintar as unhas e acabar a mala):
Lavei as camarinhas
Medi seis canecas de camarinhas
Pus tudo no copo da varinha
Coei as sementes enquanto deixava escorrer o sumo para uma panela
Juntei um terço da medida (duas canecas) de açúcar
Deixei ferver até ponto lágrima
Percebi que, ainda assim, não alcancei sequer um frasco inteiro de geleia

Conclusões:
- geleia de camarinha é óptima;
- camarinhas não rendem a fazer geleia;
- não posso enviar-te um frasquinho, mas a partir de segunda podes aparecer lá em casa para provar.

Palheirão





Hoje fui passear ao Palheirão!
A Praia do Palheirão foi eleita um dos tesouros naturais do nosso país. Quem a conhece, percebe. Se a estrada para lá chegar não fosse tão má, ia lá muitas e muitas vezes, tenho a certeza. Respira-se paz de espírito, sente-se o conforto das coisas simples. Adoro.

Sabes que afinal nem és vaidosa quando

tens de fazer uma mala para viajar em low cost sem despachar bagagem de porão. Sobretudo se for para estar cinco dias fora, dias esses em que tencionas ler, dormir a sesta no Retiro, visitar Museus, calcorrear novamente Madrid, ir a jantaradas com amigos e ver casar um dos melhores. Assim sendo, a mala tem de incluir sandálias para andar e estafar, umas sapatilhas, umas sandálias para o casório, vestidos para andar à vontade, vestido para a boda, umas calças de ganga se der para o frio, um agasalho e coisas que se vistam para cima quando se anda de calças, uma carteira de festa e uma carteira para andar à tiracolo, produtos de higiene, maquilhagens para a festa, dois livros para ler, um guia da cidade, uma máquina fotográfica, roupa interior, pijama, o presente para os noivos, cinto, echarpes às cores, um par de brincos para cada dia e ainda mais uma data de coisas...

Eu sei


e mais ninguém sabe o que significa ir agora para Madrid. Parto alagada de esperanças que se repita ali o que me prometi e cumpri em Barcelona, em Março de 2007. Foram 3 dias. São 3 dias. Estava acompanhada. Entretanto, cresci. Uma história como a que se seguiu àquela viagem faz crescer. Desta vez, vou sozinha. Descobri que me recomendo muito, que me divirto comigo, que fico em paz por saber que, de tempos a tempos, nem que seja só por três dias, só tenho de olhar por mim. Descubro todos os dias que não me cansei de mim. Cansei-me de ti. Foi de ti que eu me cansei. Descobri que há tempo para tudo. E que a pressa com que quis só me fez não ter. E que saber ser sem ti é muito maior que saber estar longe da tua pessoa. Eu sei e mais ninguém sabe que, se tudo correr bem, e eu mereço que corra, eu chegarei pronta para as provas todas e para te dizer, sem nuvens no olhar, que afinal não dá, que os meios termos me desconcertam e que eu nunca mais quero desconcertar-me por ti, que, sim, tinha de ser tudo e que, não sendo, então, terás de aprender a viver sendo nada. Eu sei e mais ninguém sabe que, como há muito tempo não acontecia, tenho o coração cheio de tudo menos de ânsias por que um homem me ame como nas histórias de final feliz os homens amam as mulheres.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Gosto de

pão quente com manteiga, de malmequeres, de muros que se ultrapassam levantando uma perna e depois outra, de pó de arroz, do aroma de todas as maquilhagens da Guerlain, de toalhas de mesa de renda, de algodão, da broa da minha avó, de ramos de papoilas, de água castelo com uma rodela de limão, de leite creme, de cantarias, de gaivotas, de números de porta às cores, de caixas do correio de lata, de labradores, de quem sorri com o corpo todo, adoro quem sorri com o corpo todo, de nuvens brancas, do som das mensagens enviadas pelos amigos, de viajar, de escrever, de ler, de chão de madeira, de tapetes pesados, de cadeiras confortáveis, de bancos pequeninos, das portas das bocas de forno, do cheiro das festas, da primeira chuva de outono, de pestanas longas, de camas de ferro, de jarros de água de vidro, de doces com amêndoa, de carros velhos mas estimados, de bicicletas com cestinho em verga, de panos de linho para o cesto do pão ou para os tabuleiros, de cevada, de fotografias com gente e sem gente, de ouvir uma música de que gosto até à exaustão, de filmes com histórias de encantar, de leques, adoro leques, de objectos com anjos, de fitas a fazerem laços, de tranças no cabelo, de sabrinas, de andar a pé, de interpretar mapas, de gelados, de abraços, de marcadores de livros personalizados, de bules de chá, do som do piano e do violino, do número 5, de ser sagitário, de olhos castanhos, de entrar em igrejas, de vestidos, da calçada portuguesa, de cintos fininhos, de carteiras à tiracolo, de tarefas cumpridas, de peónias, adoro peónias cor de rosa, de calendários com frases, de estrelas, de velas acesas, de clips revestidos de plástico de cores, de finais felizes, de mel, de unhas curtinhas e pintadas de cores garridas, de caderninhos de apontamentos, dos lápis pretos e amarelos n.º2, de brincos espalhafatosos, de anéis quase invisíveis, do cheiro da pele depois de lhe pormos creme hidratante, de corações e de boa gente.

Eu sou a que, na véspera do casamento dela, pergunta à amiga se ela tem a certeza. Sou a que chora abraçada a ela, com o vestido de noiva estendido em cima da cama, porque o silêncio dela não é de quem consente na minha afirmação a medo. Eu sou a que lhe diz vezes sem conta "estarei sempre contigo, mesmo que descubras hoje o que não queres". Sou a que foi feliz com ela nos últimos dois anos, a viu ser profundamente amada e respeitada e se aliviou pelo abraço macio e forte que lhe acalmou as penas que existiram. Eu sou aquela a quem hoje, passados muitos meses, conseguiu dizer "é o homem da minha vida". Encheram-se-me os olhos de lágrimas. De felicidade. Eu sabia que um dia, do fundo do coração, o passado ficaria para trás.

Quando morre uma história de amor, nem sempre o nosso melhor momento morre com ela.

Verdades e assim assim

Há dores dos nossos amigos que nos doem tanto a nós... Sabem quando um amigo vos chora diante dos olhos ou vos soluça ao telefone e só vos apetece largar tudo e correr e, quando correm, chegam lá e percebem que podem fazer muito pouco?! Sabem quando dizem "Vai passar! Vai correr tudo bem!" e têm, até vocês, de se esforçar muito por acreditar para não parecer que estão a mentir com quantos dentes guardam na boca?! Sabem quando só vos apetece gritar "Porquê?!" mas são obrigados a dizer à pessoa que é apenas uma fase e que é preciso é ter calma?! Sabem quando vos parece que sabem a solução que faria as vossas pessoas felizes mas não lha podem contar porque sabem, tão bem, que não estão preparados para a ouvir de chofre?! E sabem quanto custa ir insinuando isso e vendo que, lá bem no fundo, não conseguem ainda concordar connosco?! Sabem quando a vida vos põe diante dos olhos situações cinzentas quando tudo o que precisavam era das coisas pretas ou brancas?! Sabem?! Sabem o que é estarem a arraialar mas não conseguirem desligar o telemóvel e ter sempre a chave do carro à mão não vá ser preciso sair disparado?! Eu também. E está difícil não me desmanchar com as minhas pessoas que estão nessa vida. Sabem quando há coisas que vos parecem de uma injustiça desmedida?! E da vontade que vos dá de partir tudo?! Pois. Tinha de desabafar isto em algum lado. Bolas.

domingo, 28 de agosto de 2011

Ser arraialeira

Adoro as festas de aldeia, então as desta aldeia, bem, só encontram rival no meu coração com o Santo António da terra da avó. Mas esta, de hoje, também tem rituais associados. Amoçamos em casa da N. e do T., vamos a pé ver a procissão, encostados ao muro dos correios. Deitamos muuuuuita conversa fora. À noite, passamos em casa da D. e do Z. e encontramo-nos todos no largo, cada um com a flor ao peito (é um autocolante, para que quem não anda nestas lides perceba, que comprova que "já demos para a festa"). Ficamos a conversar no bar improvisado até tarde, ainda damos um pé de dança. Chegamos a casa com os pés encardidos do pó e com a combinação feita para uma tardada de cartas amanhã, no largo da capela, a partir das três, seguida de jogo para eles e claque para as meninas, no futebol solteiros contra casados. Vou ali a uma dessas festarolas, com procissão e arraial no largo da capela mais logo à noitinha e amanhã dou notícias, sim?!

Quando dá à minha mãe para parecer Tia

É conhecida a minha mania de arrumações e limpezas. Isto mesmo, compreenderão, só condiz com o facto de não conseguir deixar louça por lavar no lava louça, a não ser que a pressa seja por um caso de vida ou de morte. Mesmo estafadinha, lavo a louça do jantar à noite, a do pequeno almoço de manhã e o copo em que bebo água assim que acabo de beber água. Eu sei... é um exagero. Mas pronto, larguem-me da mão. Sou assim. Ora, depois de um jantar de assado no forno, abre-se, regra geral, uma excepção para o tabuleiro, que é preciso deixar de molho para facilitar a lavagem. No outro dia, em casa dos meus pais, estava eu muito compenetrada para começar a esfregar o tabuleiro de assar o peixe na véspera quando a minha mãe entra na cozinha e, com um ar que só me deu para rir, tipo quase "Aiiicórror!" diz "Ai filha, não não te ponhas a lavar isso que logo à tarde a F. vem e lava. Isso dá cabo das unhas.". Olhem... não me contive. Ri-me tanto. É que, para quem conhece a minha mãe, esta declaração não assenta mesmo nada, que a mulher é das que se põe a arranjar o jardim sem luvas porque faz muito bem à cabeça mexer na terra e continua a lavar as peças de roupa mais delicada à mão (eu também). A sério. Andei uns dias em que ela dizia qualquer coisa e eu respondia "Sim, Rica Tia, por quem é!". Escusado será dizer que lavei o tabuleiro. E sim, que a seguir tive de por um verniz novo.

P.S. Pois, lá em casa há máquina de lavar louça, conhecida por Maria, a Segunda (Maria é a da roupa). Mas a Maria, a Segunda está quase sempre de folga. Eu adoro lavar louça e não tenho paciência para estar a por as coisas na máquina. Demora quase tanto como lavar de uma vez. Quando acabamos de pintar as unhas e há evento em breve, tipo dia seguinte, o pai ou o mano lavam a louça, que também lhes faz muito bem e não lhes cai nenhum parente na lama. Em Coimbra, uso a máquina quando dou uma festa. Mais nada.

Gosto tanto

dos anuais grandiosos festejos em honra de Nossa Senhora da Tainada que fazemos em casa da minha S. com coisas de comer e de beber e tanta música para cantar e dançar e tantas cartas para jogar e tantas anedotas para contar e tanta conversa para fora deitar. Este ano, até há pouco, junto com a festa do mais pequenino membro da família. LOVE IT. E está prometido. Não há tese que nos afaste. Na primeira quarta feira de cada mês, pequena R. e sua S. jantam juntas, ora em Coimbra, ora em Aveiro. Começa dia 7. Aaahhh... gosto tanto das amizades incondicionais, pá!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os chacras

A menina da massagem diz que tenho o anahata em mau estado. Fiquei com ar de burro a olhar para um palácio. Depois ela começou a explicar, em português de leigo, do que tratava e eu fui acenando com a cabeça. É, sou capaz de ter anahata um bocado doído. Mas passa.

Bolas... uma pessoa põe o melhor ar de "está-se tãããooo bem" e vem um raio de um anahata e conta tudo da nossa vida. Coscuvilheiro...

Nem tudo o que parece é(ra)

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa

Coisas de quem tem um blog onde pode ver como andava a vida há precisamente um ano...

So different...

P.S. Mas era mentira. Só que eu ainda não sabia.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Minha música essencial #30

O meu melhor amigo


começa os mails por "Olá Zé Toina!". Depois tenta desarmar-me com a parte das "tantas saudades"... mas é só até eu perceber que é do calor que o homem emigrado no país da D. Ângela há um mês sente mais falta.

P.S. O mail era para me perguntar que presente quero que me traga da Disney, que vai lá num instante. No fundo, no fundo, é bom mocinho!

Para que não restem dúvidas

Façam-me o favor de ler isto e dizer se eu não tinha razão. Ah, importa perceber que a indicação de que eu saí está mal. Eu fiquei. Quem saiu foram eles.

*

ADORO mirtilos!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MAS

eu sei que o teste ainda não chegou, ainda demora, que a moinha de que fala o MEC é pior quando não pode dizer-se à pessoa "nunca mais te quero ver", quando isso não é, simplesmente, possível, ou, pelo menos, suficientemente fácil para ser uma solução aceitável. E... ainda assim, sabes, passado todo este tempo, o meu coração já vagueou tanto por tantas lembranças, já se esgotou em tantas teorias, já adoeceu tantas vezes de saudades e de tristeza e de desilusão que, hoje, só consigo dizer-te que não quero. Não quero mesmo, não é um daqueles não quero que mais significam eu quero não querer e isso chega. Não. Eu, simplesmente, não quero. Há poucas coisas que me fazem desistir. Uma delas, descobri-a contigo, é a dúvida adiada, o banho-maria, o ora agora quero tanto ora agora não quero nada, o ai dá-me tanto jeito que aí fiques que és tão querida e apresentável mas não me peças mais que isso e, o pior de tudo, a mania de não se falar, com todas as letras, do que vai na alma. Sou absolutamente convicta de que 99% dos dramas de amor se evitariam se as pessoas se sentassem, umas em frente às outras, e falassem. Sem rodeios, sem metáforas, sem reticências. Tenho pouca habilidade para adivinhas e, para ajudar à festa, apaixonada sou perita em convencer-me que não vi, não ouvi, não senti e não previ. Acreditei até ao fim que não querias magoar-me. Agora, acho só que não soubeste medir o que me magoaria mais. Não foste feliz na escolha. Lamento. Por mim. Lamento por mim. Doeu. E não foi nada pouco.

MEC

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si, isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.".

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Verdades e assim assim

Convidaram-me para um jantar no domingo. Perguntaram se desta vez já irias comigo. Eu disse não. E fiz cara de "Oi?!". Pois... Para a próxima dou-lhes o teu número e armo-me em Pôncio Pilatos. Não há pachorra.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Coisas minhas

Estou a ver roteiros para 3 dias em Madrid. Acredito que se o meu artigo quiser ser bestial comigo se acaba sozinho. Se não acabar, é porque a nossa relação não valia assim tanto a pena.

Do que me faz continuar a acreditar no casamento para a vida

Os meus pais fazem hoje 31 anos de casados. O meu pai ligou-me há bocadinho. Depois de me contar que estava para ir buscar o ramo de flores que tinha encomendado para a minha mãe, pergunta, com ar sério: "Não é piroso escrever "Do teu eterno apaixonado", pois não?!"

Verdades e assim assim

Estou a trabalhar. Até estou a gostar. Vamos ver se limpo um dos artigos e começo outro até ao fim da semana. Buuuuu... é capaz de não ser fácil!

Portanto...

a questão é a seguinte:
pela primeira vez que me lembro desde que era uma criança encalorada, dormi esta noite todinha destapada. Camisa de dormir e depois... rien. Nem uma pontinha de lençol. Nada. Este calor não se aguenta. Detesto.

Mine, by mum!

Um mimo para o pós-férias. A-D-O-R-O!!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O mundo é uma ervilha

No dia a seguir a eu ter saído de Pavia, chegou o P. Eu fiz Erasmus no primeiro semestre, o P. no segundo. A maior parte das pessoas que estava em Pavia fazia Erasmus o ano todo. Ao longo dos últimos sete anos ouvi falar muito, mesmo muito do P. O P., pelos vistos, também ouviu falar muito, muito de mim. O P. é de Coimbra. Nunca nos encontrámos. Não calhou. Mas temos muitos e grandes amigos em comum. Um deles, é o meu Bruno Marco Polo, que casa em Espanha, dia 3. Eu vou. O P. também. O Bruno começou a mandar mails conjuntos. O P. decidiu procurar-me no facebook (!!!). Encontrou-me. Não me via bem. Mas mandou-me um mail a dizer que eu era amiga da irmã dele. Não estava a perceber. Eu também não. Fui procurá-lo. É o ex-namorado de uma colega minha de curso e irmão de uma actual colega minha de trabalho na faculdade. O mundo é uma ervilha.

domingo, 21 de agosto de 2011

Lisbon

Museu do Fado, almoço numa esplanada da Rua Augusta, peregrinação pelas sapatarias da Baixa ao Chiado (preciso de umas sandálias pretas, baixinhas mas com ar de festa), geladinho na Santini e sessão no Politeama. Porque nem tudo o que luz é ouro, enjoo no alfa. Muito. É tiro e queda. Vou começar a ir de carro... ou de regional. Mas um dia destes de quando em vez faz muito bem à cabecinha.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

*


E pronto...

Esta noite durmo na minha cama de casa dos meus pais, amanhã vou para Lisboa e a partir de segunda trabalha-se, que diz que tem de se fazer pela vidinha. No fim do mês, voltamos à rambóia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Este post é para ti e, sim, isto é um recado!

TELEFONA. ESCREVE CARTA. MANDA MAIL. ENTOPE-ME A CAIXA DE MENSAGENS COM SMS. FAZ UMA AVIONETA SOBREVOAR A GRALHEIRA COM UMA FAIXA EM QUE ME FALES. NÃO SEI. INVENTA. MAS... PÁRA DE ME FAZER SENTIR QUE QUERES FALAR COMIGO E NÃO PODES, SIM?!

Eu não sei quem és, mas estou farta de deixar cair pelo menos duas vezes dois em cada três objectos em que pego. Se é verdade que isto acontece quando alguém nos quer falar e não pode, a sério, sejas lá tu quem fores, FALA. Se fores uma pessoa muda, ESCREVE. Já parti coisas e tudo. Não tem piada.

A dúvida é uma coisa que me assiste

Esta noite sonhei com o acordo ortográfico. Cá para mim, foi por ter lido o post da Pipoca. De qualquer modo, dizia eu, esta noite sonhei com o acordo ortográfico. E não foi bom. Discutia, no Largo da Porta Férrea, com uma alminha que insistia que a palavra "compêndio" já não era acentuada e que modernamente se escrevia "compendio". Eu argumentava que, por essa ordem de razões, a língua portuguesa se tinha tornado órfã (orfa?!) de palavras esdrúxulas e que não estava certa se o mesmo não poderia ainda dizer-se quanto às palavras agudas; que isto era uma monotonia pegada e que agora só tínhamos palavras graves e que, caso ele ainda não tivesse percebido, isso era grave; que lamentava, pois lamentava, mas não contassem comigo para a chacina que se propunham levar em frente contra a minha língua materna; e que se refizessem os curricula das Faculdades de Letras porque deixava de ter sentido estudar latim e grego, uma vez que de onde a palavra vem deixava de ter importância atendendo a que todas as palavras caminhavam a passos largos para o abismo da mesmidade. Acordei cansadinha. A dúvida é uma coisa que me assiste. Alguém concorda com as "ceifadelas" cegas deste acordo na riqueza da língua portuguesa?!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Verdades e assim assim

A-D-O-R-O O M-E-U T-E-M-A D-E D-O-U-T-O-R-A-M-E-N-T-O.

É oficial. Mas isto passa-me não tarda...

Futilidades


Globe, 2011

A última aquisição. Para andar com os pés tapadinhos, porque sou pequena e ainda vou ter de lhe cortar um bom bocado sem estragar o feitio do folho em baixo (abençoada Dona V., que me põe tudo à medida) e também porque (quase) só uso sandálias rasteirinhas e não gosto nada destes looks nem carne nem peixe (ou bem que é curto, ou bem que é comprido).

Lembram-se

deste post?!

Eu também. Tantas vezes.

Boa, pequena R!

levantei-me, fui tomar o pequeno almoço, estive a ler um bocadinho na varanda, voltei ao quarto e posicionei-me para trabalhar à secretária. Estava calor. Decidi ir abrir a janela e, por isso, tive de arredar a poltrona que ontem lá pus juntinho para ler com luz natural. Não fui de modas. Com as mãos cheias de livros, empurrei a dita cuja com o joelho e decidi dar um jeitinho com o pé. Não sei como, caiu-me em cima do dedo maior do dito pé. Tenho, neste momento, ali chegadinha à unha pintada de coral, uma ferida sem tamanho e toda ensanguentada. Temo não conseguir calçar coisas fechadas nos próximos dias. É óptimo saber disto quando tenho andado a abusar nos doces e só consigo fazer caminhadas longas de sapatilhas. Boa, pequena R. Arranjaste-a mesmo, mesmo boa!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Verdades e assim assim


Há momentos, breves mas intensos, em que acho que não vou ser capaz, que, quando menos se esperar, quando tudo parecer sereno, me deixarei cair novamente num desalento e numa prostração à custa da ferida que teima em não se curar, mas depois olho para trás e lembro-me de tudo o que não tivemos e percebo que o que tivemos não pode, mesmo, ser tudo aquilo que mereço. Hei-de, definitivamente, merecer mais. Quando mais não seja, mais paz de espírito.

Huuummm


Depois de um sprint nocturno e de um pequeno almoço com chá verde e um croissant com compota de morango, acabei agorinha mesmo de ler a tese da R. Vou tomar banho e estender-me na espreguiçadeira da varanda. Logo à tarde começo a mexer nas minhas coisas e ao cair da noite entrego-me nas mãos de uma das meninas dos balneários termais para uma massagem de relaxamento. Fico cá até sexta e é preciso aproveitar. Para a semana, já se trabalha mesmo a sério.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Estamos cá para ver...

Vamos por partes. O Primeiro Ministro promete que, até ao final do mês de Outubro, emagrecerá substancialmente as despesas do Estado. Eu aplaudo. Mas. Pois, eu aplaudo com um mas. O mas, as reticências que ponho no meu aplauso, não são, note-se bem, uma tentativa dissimulada de manter a minha fatia de rendimento que provinha directamente de uma aposta mais ou menos recente do Estado, um Organismo de Investigação, mais propriamente, em que entrei desde a primeira hora. Não. Não mesmo. Se o quadro dos cortes na despesa for consequente e me provar por A+B as vantagens na eliminação daquele Organismo ou a sua reconfiguração, mesmo que isso implique o meu afastamento e o dos meus colegas, continuarei a aplaudir. Portanto, não é com o rabo preso que ponho um mas nos meus aplausos, como se, juridicamente falando, os meus aplausos pudessem dizer-se sob condição. O que me faz torcer o nariz é o pânico de corte cego e por onde for mais fácil, o que quase nunca corresponde ao corte sério e por onde seria mais justo. Há despesas que facilmente se eliminam, mas que, no plano global dos investimentos do Estado, significam muito pouco em termos financeiros comparativamente à importância qualitativa que vêm demonstrando. O corte nas bolsas de investigação (sim, sim, também me tocaria a mim, mas como ainda não tenho nenhuma atribuída e sou contra contar com o ovo no cu da galinha e tenho planos B e C, continuo à vontade para discutir), na contratação de professores, na abertura de concursos para a magistratura, na conservação de monumentos históricos, na reabilitação dos centros das cidades, na proliferação das opções de transporte público, no incentivo fiscal às PME, na dotação do Estado de meios de combate aos incêndios (estou cansada de ver começar a época dos fogos no dia a seguir a serem celebrados os contratos de prestação de serviços com os privados que andam por aí de helicóptero e tal), na valorização do trabalho agrícola, da pecuária e da pesca, e em tantas outras coisas que agora não me lembro, por si só, não resolverá nada. Não quero fazer papel de oposição, até porque, não tendo qualquer filiação partidária, como já aqui disse, simpatizo com este Ministro das Finanças. Mas a verdade é que as políticas que vimos seguindo me parecem assemelhar-se muito a quem vive de remediar situações. E eu não gosto disso. Não gosto de ter de decidir se cubro a cabeça e fico com os pés de fora ou se tapo os pés e me gelam as orelhas. E se há momentos em que essa ponderação ingrata é inevitável, não posso acreditar que um país com nove séculos de história ainda não está dotado de suficiente inteligência para sair da cepa torta. Portanto, eu estou ansiosa para ver os cortes na despesa que o Governo vai anunciar até ao final do mês de Outubro. Estou mesmo. E espero, sinceramente, que, pelo menos desta vez, o retrato do meu país não se aproxime de uma caverna com sistema wireless ou de uma alma faminta num desfile de prêt-à-porter. Estou a precisar que me invadam a alma de esperança, varrendo os fiscais de finanças que aplicam multas a quem transporta mais um cacho de uvas na dorna e fecham os olhos a quem traz carros da Alemanha e lhe muda as matrículas em garagens manhosas. Estou cansadinha de ver a Ti Isaura vender cabazes de sardinha a dois euros e ouvir que a nossa pescada vem do mar não sei de onde. Já não posso mais suportar que o leite suba quando passo na antiga ordenha da minha aldeia e ela está em ruínas. Deixei de ficar indiferente à necessidade de importar cereais quando disseram ao Ti Nuno que tinha de fechar o moinho. Sinto-me insultada quando o único aluno da minha mãe que tem escalão A é filho de um senhor que tem um jaguar. E quero mais é que vá tudo à merda quando dizem que as vacas são loucas, as galinhas têm gripe e os porcos tremem de febre, porque os velhotes da minha infância têm os currais vazios que já não conseguiam fazer dinheiro sequer para a farinha. Há dias em que, lamentavelmente, tenho de comprar uvas no supermercado. É que as vinhas do meu vizinho, onde as roubava com autorização, deram lugar a terrenos em pousio. E se há quem se queixe do desemprego, eu lamento, mas lamento mesmo. Mas lamento ainda mais que pouca gente arregace as mangas e se disponha a aceitar um trabalho. Ser contra, assim mesmo contra, sou contra o Programa Novas Oportunidades. Muito, muito contra. E não, não falo de cor. Já tive direito a sessão de esclarecimento com uma das responsáveis na capital e tudo. E continuo a ser contra. E sou contra, mesmo contra, a subsídiodependência. E também sou contra as verbas a Fundo Perdido para plantar kiwis ou criar minhocas. E acho que devia dar direito a usar da violência quando aparece uma daquelas alminhas do purgatório que se sentam nos rebates das capelas e dizem que querem uma casa. Eu também quero muita coisa. Mas, por agora, quero acreditar que ainda há gente capaz de pôr isto a andar no trilho. E é isto. Hoje deu-me para desabafar.

domingo, 14 de agosto de 2011

A minha carteira deste Verão

não é uma carteira, é um saco de pele e tecido, fúcsia, vermelho, bege, preto e dourado, da Moschino Cheap and Chic, com uma mensagem. O meu saco diz-me a mim, todos os dias, antes de sair de casa, e anda na rua a dizer a toda a gente, uma coisa muito, muito importante. O meu saco é este aqui


Coisas

O filme é tãããooo giro, pá!

Na volta às modas, não vim de mãos a abanar. Ora então, dá-se prémio (beijinho e xiii) a quem adivinhar o que me fez perder a cabeça. Uma pista, só uma: A terra é redonda :)

Vou ali a Viseu


ver isto e dar uma volta pelas modas do Palácio do Gelo e já volto para a doce pasmaceira cá do sítio.

Também acho!

sábado, 13 de agosto de 2011

Gosto de






Quanto ao Governo, eu tenho de confessar #1

Eu gosto do Ministro das Finanças e a entrevista dele ontem à Judite de Sousa só veio dar-me ainda mais razões para isso.

Verdades e assim assim


Quanto mais relações conheço, mais me apetece dizer a quem aparece "Não me toques, logo agora que ando a ver se me afino!"

Nós, por cá


hoje andamos assim.*

O que se vê:
- Vestido - uma loja online qualquer que já não me lembro qual foi
- Sandálias - Fornarina (ano passado ou há dois anos... já não me lembro)
- Verniz dos pés - Coral, Dermacélsia
- Pernas - by mum and dad, salvo uma pequena cicatriz na perna esquerda que teve o alto patrocínio da Ortopedia C, HUC

O que não se vê (acreditam se quiserem)
- Top branco - zara
- Roupa interior - a marca de sempre :)
- Verniz das mãos - Flamme rose, Chanel
- Pulseira azul e dourada - oysho
- Brincos azuis e dourados - presente das kikas afilhadas numa Páscoa de há uns anos
- Relógio - Technomarine
- Óculos de sol - Givenchy (são os de todos os dias, que óculos graduados são uma coisa cara, sim?!)

*Sempre quis fazer um post destes :)

Férias que se querem férias


têm de incluir, pelo menos, uma sessão de teatro.

Dia 20, vou ver isto.
Bilhetes: Check :)

Operação Madrid #1

Viagem de avião para Madrid: Check
Hotel em Madrid: Check
Hotel em Montico: Check
Viagem de carro de Montico para Coimbra: Check

A tratar:
Viagem de comboio de Madrid para Valladolid
Transfer de Valladolid para Montico
Presente (susto... àquela malta, surpresa, surpresa, só se lhes oferecer um salto de pára-quedas versão casal :))

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Nós, por cá

estamos bem, obrigadinha. Deitada abaixo que é uma pena, mas bem. Ainda não pus um pé na piscina. De manhã, tenho aproveitado a fresca para ler o que falta da tese da R. e os trabalhos de pós graduação que me caíram no mail esta semana (Sim, sim, ainda não peguei em nenhum dos artigos... Aaaaaiiiii!!!). À tarde, com a brasa que está aqui (43 graus à sombra, pessoas!), só me apetece dormir. Por tudo às escuras e dormir. Venho contrariando a tendência porque ontem o médico cá do sítio, velho conhecido (há 15 anos que paro por estas bandas todos os anos por um bocadinho), viu-me e lembrou-se que bem que me fazia, à coluna, uma coisa tão boa de nome, que é a massagem vichy, mas que me deixa completamente KO. Saio de lá mais morta que viva. Tenho de pedir licença a um pé para mudar o outro e arrastar-me até ao quarto. Estou, neste momento, e ainda só foram duas massagens vichy, com um mapa mundi em pisaduras pelo corpo todo. Hoje, para cúmulo, a menina achou que me tinha encontrado uma contractura nas costas, aqui do lado direito. Estou a escrever este texto e dói-me carregar nas teclas. Por isso, ainda não pus o pé na piscina. Nem sei se vou por. A alergia ao sol continua activa (pois, estava a esquecer-me de dizer que ando com neostil no corpo, de 12 em 12 horas, o que, como é sabido, me faz estar bem apenas em vale de mantas). Está calor. Tanto calor. Mesmo os passeios a pé, que eu adoro, estão reduzidos a meia volta ao quarteirão e à noite, quando está mais frescote. Mas andava a morrer de saudades de pequenos almoços de hotel. Bem... vou ver se trabalho um bocadinho, que daqui a pouco está, novamente, na hora da caminha.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Então, até depois!


Vou para aqui uns dias. Quem não descansa aqui, não descansa em lado nenhum. De qualquer modo, levo uma mão cheia de alinhavos de artigo para compor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

E pronto, está feito!

A entrevista está dada e a reportagem fotográfica está feita. Sou assim a modos que alguém candidato a 15 segundos (já não digo minutos) de fama. Vá... não exageremos... fama entre os amigos a quem, como quem não quer a coisa, parecer familiar a cara da tipa da revista. Inevitavelmente, porém, tenho pensado na ironia de andar a estudar há 25 anos e vir a ter o meu momento de maior glória pública porque não gosto do Verão. Ele há coisas...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Verdades e assim assim

Eu tenho uma ex-futura sogra que continua a fazer-me coisas em renda para o enxoval...
A última coisa foi um entermeio para uns lençóis de linho.

As teses

são más e dão ares de polvo. É mesmo difícil para uma pessoa libertar-se delas depois de lhes dar um bocadinho de confiança e tempo. As teses são amantes obcecados, ciumentos, violentos. As teses moem. As minhas amigas com deadline tésica à porta estão que não dá para reconhecer. Há bocadinho, dizia a uma "Sai espírito tésico mau... deixa a minha amiga em paz!" e... nada. A miúda não dorme, não come e não nada há 21 dias. Antes disso, dormia 3 horas por noite e comia uma refeição sentada. As teses não dão saúde a ninguém e eu digo-vos sinceramente que não sei como é que me meti noutra sabendo já tão bem como isto esmifra as almas. Aiii! Vou só ali continuar a ler capítulos de representação de género nos média e crime para lhe enviar entretanto e já volto.

P.S. Eu tenho um pacto com duas pessoas e que consiste nisto: eu leio tudo o que elas produzem e elas lêem tudo o que eu produzo antes que quem quer que seja no Mundo dê de caras com os escritos. As pessoas cansadas escrevem grandes disparates. Por isso, é preciso ter um amigo sempre por perto a lembrar como se escreve a palava "também" e outras coisas difíceis do género. As minhas duas pessoas para esse efeito são o G. e a R.. Não se conhecem. São de formações diferentes. É bom. Segundo a R., às vezes escrevo chinês. Só depois, a custo, é que lá me lembro que aquilo não é só para juristas e que o sol quando nasce é para todos.

domingo, 7 de agosto de 2011

Datas

Hoje faz um mês, daqui a nada fará um ano e um dia há-de fazer uma vida. É assim.

Os manos

combinaram isto há semanas. Vão passar a tarde só os dois, um em cada sofá, com tudo às escuras, a ver filmes de empreitada. Aaahhh... tão booooom!

sábado, 6 de agosto de 2011

Sinto que

assim que, na segunda feira, a minha J. se puser a espalhar a cera nas minhas pernas e a puxar as bandas, grande parte do meu bronzeado de cinco dias, tom de mel misturado em água de chá de limão, assim clarinho, irá à vida. É triste.

O drama só não me faz sucumbir já aqui porque tenho uma alergia ao sol pelo corpo todo a lembrar-me que sim, sim, este ano também houve praia. É preciso ver o bright side da coisa... dizem os entendidos!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O livro #1

Gravei a avó toda a tarde. Tenho pena de não ter continuado a gravá-la no carro. A avó é única. Hoje, ficámos a saber que há 62 anos a avó e o avô tiveram lua de mel, de 12 dias. Na lua de mel, entre outras coisas, o avô foi à caça e a avó passeou. Quando estavam juntos, às vezes davam passeios de barco. O avô remava. A avó rezava, com medo de tanta água junta. Hoje, também ficámos a saber que avó não acha nada bem as moças novas que têm maridos que não ajudam com os filhos. É que hoje soubemos ainda que a avó, que em 24 anos teve 12 filhos, os passeava de noite a fazer a-a-a-a-a-a-a, mas que às vezes se saturava e ia acordar o avô. A avó dizia "toma lá tu agora que o filho também é teu" e o avô levantava-se a andava "toda a noite de alavanto a pagear os bebés". A avó diz que o avô fazia o que fosse preciso aos filhos: dava banho, dava comida, vestia, penteava e punha a dormir. Isto, homens deste meu mundo, há... mais de 60 anos. A avó é... um monumento. E o avô... também. Mas fala menos, porque aproveita todos os minutos para passar pelas brasas. O avô tem 91 anos e a avó tem 78. Ainda dão beijos na boca. E dizem "amo-te".

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Gosto de


loiça com alma!

Avó

Amanhã começam as gravações!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Verdades e assim assim

É isso aí, S. Pedro!

Continua. Eu nem aprecio praia, mas a tarde de hoje não foi boa, foi perfeita!

...

Sabes?!


Todos os dias morro mais um bocadinho de saudades.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Frases da minha avó

Hoje, na praia:

Gosto tanto de te ver com essas farripas despenteadas. Não gosto nada das cachopas com o cabelo todo colado à cabeça.

Farripas é um eufemismo para despenteio total ou look caracóis por todólado.

Verdades e assim assim

Sabes que ADORAS o teu irmão mais novo no dia em que ele tira a carta de condução, chega a casa a pedir para ir com o melhor amigo festejar a dar uma volta e lhe emprestas o teu carro.

Sabes que o teu irmão te ADORA quando ele te liga a dizer que já chegou ao destino, passado um bocado te liga a avisar que já está em casa do melhor amigo para jogarem matrecos e passado ainda mais um bocado te manda uma mensagem a dizer que já está em casa e que o teu carro está seguro na garagem e que és a melhor irmã do mundo e se quiseres até lhe podes espremer a borbulha que tem na testa, do lado direito.

Hoje foi este dia.

Vá... podem começar a sugerir!

Pequena R. sabe que os seus leitores são poucos mas do melhor que há. Por isso, sente que pode confiar nas dicas que aqui gentilmente vierem a deixar-lhe. Assim sendo, pequena R. precisa de saber de:

- Hotéis bons e baratos (eu sei que é possível, tá?!) no centrinho, centrinho, centrinho da capital espanhola para pernoitar no fim do mês e início do próximo. E não, não me aconselhem o Praktik Metropol porque já estou com uma neura do tamanho do mundo por não ter quarto numa das noites em que ficarei na cidade. Queria tanto que fosse este, pá... Vá... vejam lá o estilo pretendido e digam de vossa justiça.

- Contactos de sítios onde se façam workshops de pastelaria. Preferencialmente, em Coimbra. Mas também dá no Porto ou em Lisboa ou assim. Coisas giras. Quero mandar para lá dois homens por alturas de distribuir os presentes de Natal (Gosto de pensar nestas coisas com tempo; detesto dar presentes só para dizer que dei; gosto de preparar cada presente como se fosse o único alvo da minha atenção, de surpreender os felizes contemplados e de ver que, bolas, e não é que acertei mesmo em cheio?!).

E isto, hein?!

E isto?! Como é que é a nossa vida?! Mais ninguém me faz a vontade de responder ao desafio?!

O pecado da gula

Segunda feira: bolacha americana
Terça feira: bola de berlim
Quarta feira: gelado
Quinta feira: camarinhas
Sexta feira: amêijoas

Diz que ando pela praia...

E assim de repente...

é um dos eleitos. Para sempre.

"... e quando já não tiverem mais nada que dizer ou quando as palavras começarem a ir por um lado e os pensamentos por outro, então se verá se algo poderá suceder que valha a pena recordar quando formos velhos... As esperanças têm esse fado que cumprir, nascer umas das outras, por isso é que, apesar de tantas decepções, ainda não se acabaram no mundo... Aprende, pensava, aprende de uma vez, pedaço de estúpido, portaste-te como um perfeito imbecil, puseste os significados que desejavas em palavras que afinal de contas tinham outros sentidos, e mesmo esses não os conheces nem conhecerás, acreditaste em sorrisos que não passavam de meras e deliberadas contracções musculares... em verdade o mundo está mais que farto de episódios como este, ele esperou e ela faltou, ela esperou e ele não veio... sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras."

José Saramago, As intermitências da morte

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

São Pedro

Eu sei que sempre disse que não gostava de Verão. Não era fita, não gosto mesmo. Mas, chegada a ter férias e a ser suposto pelo menos corar na minha praia, lamento profundamente que tenhas escolhido precisamente os únicos cinco dias em que penso pôr os pés na areia para nos dares mostras de como podes ser perito a prender o burro. Não teve assim piada por aí além. Não pude andar à beira mar porque o terreno estava com uma inclinação um bocado parva, não pude despir sequer o vestido e por-me ao sol porque... não abriu o sol, acabei o meu livro, é certo, mas nem dormir foi porreiro depois disso porque... cobertinha dos pés à cabeça com um pareo e de casaco vestido, acordei com dores nos ossos. Obrigadinha, sim. Amanhã volto, que sou teimosa.

Plano de férias







Deve ser normal

Quando há pedacito cheguei à feira e encontrei uns amigos e eles me perguntaram se tinha gostado do concerto de ontem e eu disse que não tinha ido e eles disseram que... mas... te tinham visto e eu respondi pois e eles fizeram cara de quem não estava a perceber, tive uma meia dúzia de lágrimas a querer saltar dos olhos, mas, descansa, só perguntei se sabiam a que horas começava o artista de hoje.