domingo, 28 de agosto de 2011

Quando dá à minha mãe para parecer Tia

É conhecida a minha mania de arrumações e limpezas. Isto mesmo, compreenderão, só condiz com o facto de não conseguir deixar louça por lavar no lava louça, a não ser que a pressa seja por um caso de vida ou de morte. Mesmo estafadinha, lavo a louça do jantar à noite, a do pequeno almoço de manhã e o copo em que bebo água assim que acabo de beber água. Eu sei... é um exagero. Mas pronto, larguem-me da mão. Sou assim. Ora, depois de um jantar de assado no forno, abre-se, regra geral, uma excepção para o tabuleiro, que é preciso deixar de molho para facilitar a lavagem. No outro dia, em casa dos meus pais, estava eu muito compenetrada para começar a esfregar o tabuleiro de assar o peixe na véspera quando a minha mãe entra na cozinha e, com um ar que só me deu para rir, tipo quase "Aiiicórror!" diz "Ai filha, não não te ponhas a lavar isso que logo à tarde a F. vem e lava. Isso dá cabo das unhas.". Olhem... não me contive. Ri-me tanto. É que, para quem conhece a minha mãe, esta declaração não assenta mesmo nada, que a mulher é das que se põe a arranjar o jardim sem luvas porque faz muito bem à cabeça mexer na terra e continua a lavar as peças de roupa mais delicada à mão (eu também). A sério. Andei uns dias em que ela dizia qualquer coisa e eu respondia "Sim, Rica Tia, por quem é!". Escusado será dizer que lavei o tabuleiro. E sim, que a seguir tive de por um verniz novo.

P.S. Pois, lá em casa há máquina de lavar louça, conhecida por Maria, a Segunda (Maria é a da roupa). Mas a Maria, a Segunda está quase sempre de folga. Eu adoro lavar louça e não tenho paciência para estar a por as coisas na máquina. Demora quase tanto como lavar de uma vez. Quando acabamos de pintar as unhas e há evento em breve, tipo dia seguinte, o pai ou o mano lavam a louça, que também lhes faz muito bem e não lhes cai nenhum parente na lama. Em Coimbra, uso a máquina quando dou uma festa. Mais nada.

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