sábado, 29 de março de 2014
Diz que tenho um casamento não tarda
Alberta Ferretti
Ou então, poupo-me a gastos e a canseiras de provas e adapto o meu Malene Birger, muito parecido com este, com cinco anos mas intemporal.
Wishlist
Até sonho com isto...
Este Marc Jacobs rock chrono watch, esta carteira Michael Kors que tanto dá para usar ao ombro com à tiracolo, ideal para viagens, e estas deliciosas e absolutamente irresistíveis Josefinas Luanda.
Para os casais desavindos...
Não vale mesmo a pena perderem tempo...
É o que eu digo sempre ao homem cá de casa. Uma pessoa encontra o amor e depois vai-se a ver e brinca com a sorte a não aproveitar cada minutinho em que pode ser feliz?! Não é uma opção inteligente!!!
Por isso, meus queridos, bora lá fazer as pazes, sim?!
quinta-feira, 27 de março de 2014
Cheguei!
Ainda falo com voz de homem das obras, ainda tenho muito ranho para deitar cá para fora, ainda respiro pela boca (Bruno Nogueira, é só mesmo por causa da porra da faringite... não te ponhas com ideias), ainda tenho uma tosse que faz temer que me saia um pulmão pela boca a qualquer momento, as caixas dos comprimidos (vários) ainda só vão a meio, ainda sinto um miar no peito e ainda dou por mim a deixar de suar e a ir aquecer a botija de água quente, no espaço exíguo de poucos minutos. De resto, já estou boa. Segunda feira, se tudo correr bem, volto às aulas e tudo. Nunca me lembro de ter faltado a uma aula por estar doente, mas pronto, na segunda feira não falava, basicamente sussurrava e com dores na garanta como se estivesse a engolir facas afiadas. Achei que isto lá ia com chás e mel, mas o meu homem e os meus pais já sentiam falta de me ouvir e lá me convenceram (a custo) a ir ao hospital. Diz o médico que os brônquios estavam como haviam de ir e que não sabia como é que eu tinha chegado àquele ponto e que, a somar a isso, havia neve em tudo o que se via de cada vez que me mandava abrir a boca e deitar-lhe a língua de fora. Era todo um povoado de pontos brancos que fazia do meu interior uma linda réplica da Serra da Estrela. Tenho estado de molho como não há memória, imprópria para qualquer tipo de serviço mais exigente que fazer a cama ou lavar duas peças de loiça seguidas. Uma miséria. Apesar de tudo, há vantagens, nisto. Dois dias em casa dos meus pais e fiquei a saber que há três novelas à noite na SIC e que a Maya foi substituída por uma tal de Maria Helena que ontem disse que a música boa para os sagitários dançarem era kizomba (!!!) (Só de me imaginar a dançar kizomba, os meus brônquios dão sinais de quererem ficar pior...) Gostava de voltar a trabalhar, mas deve haver qualquer ligação entre a faringe e os meus dois neurónios, porque nada justifica que os tipos se fatiguem mal me dá para pensar em qualquer coisa mais séria. Tem-me restado reflectir aturadamente sobre as vantagens de cada Norte Coreano enfiar uma tigela na cabeça, cortar o cabelo à medida e a seguir gastar um frasco de laca a fazer uma poupa. É a vidinha a acontecer e eu a ver se não a deixo fugir. Voltei, pessoas. Mas ainda só a meio gás.
terça-feira, 25 de março de 2014
A causa das coisas
Uma faringite bacteriana em estado mais que avançado.
Quando passar, volto. Por agora, não há cabeça que aguente nadinha...
quinta-feira, 20 de março de 2014
Hello Spring!
Apanhou-me a Primavera a meio caminho entre a minha cidade a cidade dele, ainda com as mãos quentinhas das suas, é certo, mas o coração em míngua porque o homem é teimoso comórraio e não consegui convencê-lo a vir comigo e a gazetar amanhã. Apanhá-lo de cama, persianas corridas, atestou-lhe o estado febril e a maleita grave. O homem pira se não tem luz e gosta muito de laurear a pevide. Tenho-o mesmo doente. A uma hora de caminho. Custa-me, por isso, muito mais apreciar as árvores em flor. Mas chegou a Primavera. E, coitadinha, não tem culpa. Bem vinda sejas, garota!
quarta-feira, 19 de março de 2014
Daddy day
Não precisava de passar a semana com o coração na boca à conta dos meus rapazes. Se no fim de semana tive o pai no hospital, de mão dada comigo e os olhos cheios de fragilidade, esta noite foi o meu homem a fazer-me disparar os ritmos e não pelas melhores razões, já que a passei na luta interior "aguardo serenamente, não é nada grave vs vou mas é pôr pernas ao caminho e depois logo lhe explico por que razão quebrei a promessa de não me fazer à estrada a estas lindas horas". Por mim, estava aqui deitado ao lado, que eu cá é que sei tratar do rapaz. Agora andar às noites nos hospitais e aos dias nos julgamentos é uma coisa que me anda a mexer com os nervos. Vou-me habituando a custo, que há 32 anos privo com uma alma que, que me lembre, nunca tinha ficado um dia de cama até à segunda feira da semana passada, gozando do velho e mítico argumento "eu tenho mesmo de ir trabalhar". Portanto, tal meu pai, tal pai o que escolhi para dar aos meus filhos. Este agora também faz cara feia à proposta de acalmar, porque, já que não é que tem gado para entregar, é que tem julgamentos para fazer. Eu mereço?! Valha-me o homem mano, que, em maré também pouco animada, pelo menos se tem mantido arredado das urgências hospitalares. É daddy's day e eu tenho duas prendas para dar. Uma ao meu pai e outra ao pré pai cá de casa. Não é um mercedes, que não é, mas já é qualquer coisa! Podia estar a ter uma semana mais calma, que ainda assim não me esqueceria de como são importantes as palavras kikas e mimentas aos pais. Ao meu. O meu, para mim, é dos melhores que há. E é por isso, e porque me reconheço alguma vaidade na coisa, que me permito dividi-lo apenas com o mano. E tudo porque o pai é grande. Dá para os dois. Daddy day é todos os dias. Tal como Mummy day. Tal como Love day. Tal como Family day. Gosto deles todos os dias. Todinhos. Não é só hoje.
sexta-feira, 14 de março de 2014
Eu, mulher a dias, me confesso!
Acaba uma amiga de ligar a perguntar se não quero ir tomar café. Interromper o trabalho e ir tomar café. Ia de boa vontade, respondi-lhe, mas ando na lide e imprópria para sair à rua. O cabelo está uma miséria, o verniz já está a lascar, ando descalça e o pijama vai direitinho para lavar assim que eu própria puder ir tomar um banho. Ninguém entende. Pelo menos estes meus amigos, não entendem. E continuam a insistir que perco tempo, que devia ter alguém que me viesse cá limpar, que mimimi e mimimi. Já tive. Toda a gente se lembra, por certo, da minha Dona G. Do sofrimento que foi para decidir-me a contratá-la e do que padeci para a mandar embora sem parecer uma cadela com raiva. É verdade que nem todas as semanas arredo móveis e que na minha casa o pó se acumula como em nenhuma outra que conheço, mas eu cá sei de mim e cá me organizo o melhor que posso para o Texas não assentar arraiais nesta casa. Lembro-me bem que ter empregada não me desonerava de andar atrás dela a pôr as coisas no sítio em que acho melhor e, pior que tudo, do desconsolo que me dava quando não me trilhava bem os lençóis, me passava panos da loiça ainda com nódoas de fruta, me arrumava collants com furos e me deixava a escova a babar cabelos. Não. Há semanas em que este tempo me faz muita falta, de facto. Aliás, normalmente, este tempo faz-me mesmo muita falta, mas continuo a preferir o sossego de saber com o que conto à quebreira de cabeça de ter aquele tipo de surpresas. Desde que me lembro que há empregada em casa dos meus pais, mas também desde que me lembro que as limpezas a fundo são comandadas, não por ela, mas pela minha mãe ou por mim. Tirando a Rosa, que de facto era uma doméstica ímpar, nunca conheci ninguém que limpasse as casas dos outros como os outros poderiam limpá-las. Talvez chegue o dia em que volte a render-me. Mas também sei que o aperto dos castings e o que vou andar em cima da criatura me transformarão no pesadelo de qualquer doméstica. Sou niquenta. Sou, definitivamente, muito niquenta. Mas deixai-me andar. Pior mal é meu, que lixo as costas à conta de tantas avarias...
quinta-feira, 13 de março de 2014
Eu exonero, tu exoneras, ele exonera
Para a malta, ao que parece, a exoneração dos dois Conselheiros do Presidente é tão pouco relevante para efeitos da erosão do princípio da liberdade como para contar em nota de pé de página num livro da Anita. Só pode. Ninguém diz nada?! Ah... foram eles que a pediram. Ah... o manifesto dos 70 diz que tinha nove erros de palmatória. Ah... isto... e aquilo. Está tudo doido?! É sentença de morte por suicídio assistido divergir da cambada?! É isso?! Dizer diferente deixou de ser digno o suficiente para poder vingar?! Ora vamos lá ver se eu entendo. Porra para a reestruturação da dívida. Saber que os cortes voltam em grande em 2015, inexoravelmente, é coisa para me dar ganas de deitar a mão à goela de quem manda. Isso e voltar a ter de levar com o Relvas pela casa a dentro quando ligo a televisão. Há quem chame lixo televisivo à Casa dos Segredos. Eu acho que, por este andar, os telejornais vão começar a dar cartas na eleição. Portanto, a dívida, o prazo da dívida, o modo de pagamento da dívida, o diabo a sete sobre a dívida, é coisa que me interessa tanto como a arte de cultivar cannabis na varanda. Estou nem aí. Já percebi que o máximo que posso fazer por mim no que toca ao assunto, é arrumá-lo para trás das costas, ver se aumento os rendimentos por meios lícitos e me furto a pedir contribuinte nas facturas sob pena de ter de explicar que às vezes a minha avó ainda me dá vinte euros que eu não declaro e que o meu homem, sendo um gentleman, raramente me deixa pagar o jantar, o que me faz sobrar mais qualquer coisa para carteiras, sapatos, vestidos e corantes das unhas. Este país, salvo seja a bolinha baixa que me obrigo a fazer perante opinião diversa, só numa de não me aborrecer mais, anda a brincar connosco. É a minha profunda convicção. O gajo da mota gasta uma fortuna em estacionamento. Pondera-se luto nacional por morrer um cardeal quando o país é laico (eu não tenho nada contra o cardeal... paz à sua alma... tenho contra a incongruência constitucional da proposta). A imprensa estrangeira no país elege Mário Soares para personalidade do ano (vale a pena pensar nisto... para a nossa personalidade do ano ser o Mário Soares, imaginem como estamos...). And so on. Até que, no meio deste caldo confuso de insólitos provincianos, fica a saber-se que as pessoas se sentem mal por dar a sua opinião quando ela é distinta da daqueles que mandam e, encolhidas, procuram penitenciar-se pelo atrevimento. E que, em vez da salutar palmada nas costas de quem diz "todas as opiniões são boas, porque é da discussão que nasce a luz", se aceita mandar os dissidentes à vidinha. Não entendo.
Foi muita coisa a acontecer
Quando os amuos são postos de parte e as pessoas se emendam uma na outra de maneira ainda mais firme, tão convictas como nunca de que às vezes se dão passos atrás para depois se darem passos em frente, sabem melhor os robalos ao sal e os momentos em que, sem se dizer nada, se adivinha quase tudo. Foi muita coisa a acontecer. Entre os abanões mais fundos na fé, ao ver alguém querido doente, ou a imperiosa necessidade de erguer a cabeça para confortar quem amamos, surgem momentos de profunda introspecção, em que acabamos por converter-nos a uma tendência manienta de pesar os contras e bater-lhes de frente com os prós. Vai-se longe, trabalha-se o melhor que se pode, organizam-se ideias e volta-se a ajustar o eixo da vida. Admirar alguém que nos faz melhores pessoas, ao lado de quem a energia se nos esgota tão mais dificilmente, porque sim, porque é assim, é tão bom... tão bom que, por mais coisas que estejam a acontecer, é dentro de nós que as melhores de todas acabam por revelar-se.
sexta-feira, 7 de março de 2014
Pequena R. pergunta ao leitor*
Vou ter de me esforçar, que eu tenho muitos defeitos mas amuar não consta da lista, mas se me disserem que a estratégia é boa... eu tento.
*Post com delay, que o rapaz já desamarrou o burro!
quinta-feira, 6 de março de 2014
Não gosto de estar longe
Não me importo (muito) de estar longe fisicamente. Sei que é temporário, sei que tem de ser, sei que é o que menos importa. O que me assusta é pensar em ficar longe do coração de alguém, deixar de lhe bater forte lá dentro, como diria a outra. Não gosto nem de pensar, enxoto o pensamento para longe. As certezas das horas boas, em que se garante sem regateio que a falta que alguém nos faz não se deve a qualquer solidão mas ao tanto que nos enche o peito, ah... gosto delas ditas e repetidas, como se o gostar não se gastasse ou cansasse a renovar votos. Não me canso nem faço deles letra morta por uso aleatório. Digo-o sempre muito sentidamente, do fundo do coração e com as mãos a suarem frio. Não é cá paixão, que agora dizem durar possivelmente três anos, é uma coisa toda diversa para que ainda não arranjei nome novo e me obrigo, encantada, a render à nomenclatura amor. Do que eu sinto falta não é de companhia, mas daquela companhia. Não porque ache que se pode fazer tudo e mais alguma coisa (continuo a achar a escatologia uma coisa do domínio da pessoa e só dela), mas porque o mundo anda melhor e os relógios sem acertam em horas menos forçadas quando tudo está bem. E, para tudo estar bem, não preciso ter a certeza que o outro está aqui à beira, mas preciso muito de continuar segura que lhe moro no peito sem ses. As relações heterossexuais têm uma coisa que as outras não conhecem e que as torna mais difíceis e, talvez por isso, mais desafiantes intra muros (lá fora, é outra coisa): os homens e as mulheres são mesmo muito diferentes. Há-de haver malta a excepcionar a regra, mas conta-se em números rápidos. Falo do que conheço. Gosto de falar e de esgotar o assunto reduzindo-o a uma ninharia fatigada, demasiado gasta para que volte a olhar para ele. Os homens, o meu, pelo menos, preferem o silêncio reflexivo de quem, cheio de introspecções, digere a sós os nós da vida. Isolam-se, vão embora, viram costas, respiram fundo. Quando nos amam (acho mesmo que é sinal disso, não me estraguem o castelo) despedem-se com modos e acrescentam que a hora má não tem sequer a ver connosco. Mas vão. E demoram a vir como dantes, por mais que lhe afiancemos que já passou, que já lá vai. Demoram-se a chegar sorrindo com o corpo todo e mais ainda a fazer vozes de aves em declarações de amor. Por mais que lhe ronronemos ao ouvido, empenhadas muito em ser felizes, fecham as caras. E é nessas horas que o que sobra é não estar longe do peito, continuar aninhada no ventrículo mais confortável e sossegar a espera.
Em busca da chave perdida
Andei duas horas e meia à procura de um sítio onde me fizessem uma cópia de uma chave. Não encontrei. Em lado nenhum da cidade. Ou não têm, de todo (ex. Casa Baltazar... espantem-se!) ou não sabem se podem vir a ter (ex. Chaviarte). Desisti. Tinha trabalho à espera e era preciso fazer opções. No último sítio a que fui, porém, talvez pelo meu ar já muito descabelado e uma lágrima chata a querer saltar-me das vistas, que isto há dias em que uma pessoa nem devia era sair da cama, espanto-me com o moço a tratar-me por tu. TU. Assim: "Dessas, para já, não te arranjo, mas estou a ver que a caixa da do teu carro também está toda lixada. Quando quiseres, vens com um bocadito de tempo e eu oriento-te isso e depois até ta programo." Agradeci-lhe. Ficou para outro dia, que eu precisava digerir as várias hipóteses que o terão levado a tratar-me por tu. Se me acalenta o peito pensar que foi por ter cara de miúda e as brancas do cabelo ainda disfarçadas, a verdade é que algo me diz que foi o meu ar desajeitado, e não propriamente a jovialidade da coisa, a induzir assim o moço no erro meio grave de se por a fazer a figura de tu cá- tu lá com alguém que nunca viu...
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