quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

As fotografias, a botija de água quente e o suporte para as malas

O meu dia de hoje está bem para o mês que estou a passar: louco, perfeitamente de doidos. Se tivesse dias de 48 horas e cinco assistentes pessoais ainda dava para dizer que não se podia andar à boa vida este Janeiro. Normalmente, não se pode andar à boa vida, mas este Janeiro está a ser particularmente chato de aturar. Pois que então hoje me levantei cedo e dei aulas até à uma da tarde, sendo que, no fim, passei meia hora a tirar fotografias de todos os estilos e feitios com cada aluno. Os alunos brasileiros fazem uma pessoa sentir-se a última coca cola do deserto. Sempre. Hoje a aula até correu muito bem. Não é costume dizer que uma coisa correu bem, portanto, se digo, é porque acho mesmo que correu, mas mesmo que não tivesse corrido, eles sempre bateriam muitas palmas e nos pediriam muitas fotos. Está-lhes no sangue. Entretanto, corri para o supermercado, engoli um almoço rápido e sentei-me a responder aos mails que nascem na minha caixa de correio como cogumelos, antes de me dedicar a voltar a corrigir exames. Nesse meio tempo, recebi um telefonema do meu rapaz. Como sempre, como em qualquer mês, por mais louco que seja, são os detalhes que me fazem ver (quase) sempre que há um maravilhoso bright side da coisa. Ora pensem comigo se não é a coisa mais fofa este homem lembrar-se de me comprar uma botija de "água" quente que se liga à corrente e se pode levar para todo o lado?! É. Às vezes, juro-vos, não sei como raio é que pude viver 31 anos sem esta pessoa na minha vida... É um mistério. Preparava-me já para fechar isto e pegar nos exames, até sem me lembrar de cá vir dizer-vos nada, quando recebo uma mensagem que me deixou a rir uns dez minutos sem parar. "Amiga, explica-me como funciona o anti stress que me deste no Natal!" Puxei o mais que pude pela cabeça e não me lembrava de ter dado nenhum anti stress, muito menos a ela. Puxei outra vez pelo meu tico e pelo meu teco e fez-se luz: o que eu lhe dei foi um suporte para a carteira. Daqueles que evitam que uma mulher a ponha no chão por exemplo quando vai ao restaurante, ou que tenha de ocupar mais uma cadeira com ela. A minha amiga olhou para aquilo e achou que era um anti stress. Eu ainda me estou a rir só de pensar nas hipóteses possíveis para dizer que aquilo tirava o stress às pessoas. E é isto. Vou trabalhar. 

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